quarta-feira, 2 de junho de 2010

UM ESTADO DE LADRÕES

Por estar dentro dos parâmetros de intervenção deste espaço, espero que o Senhor General Paula Vicente não se oponha à divulgação. Publicamos o que vale a pena... embora tenhamos a ideia de que o 25 de Abril aconteceu por acaso!


é só putas e ladrões”:

O ESTADO PORTUGUÊS, FRUTO DO 25 DE ABRIL, SÓ PROTEGE OS LADRÕES
Neste 36º aniversário da malfadada revolução de 25 de Abril, que hoje o calendário assinala, os ditos “militares de Abril” que, por razões meramente corporativas fizeram um golpe de Estado e, de seguida, entregaram o País à escumalha nacional para esta fazer uma revolução, estarão todos a celebrar as conquistas que pensam ter feito para a democracia, mas o que podem mesmo celebrar é o facto de Portugal se estar a transformar rapidamente num “paraíso para os criminosos”, como afirmou, no Diário de Notícias do passado dia 10 de Abril, e com toda a propriedade o Senhor General Leonel de Carvalho, ex-secretário-geral do Gabinete Coordenador de Segurança e, acrescentaria eu, num gigantesco e sofisticado couto de ladrões.


Esta minha percepção faz-me abrir o livro das memórias da minha meninice e tenra infância e particularmente, neste caso, daquelas que registam a recordação da minha avó materna, Maria Rosa, na aldeia conhecida apenas por Maria do Mestre, por ser filha do mestre-escola (assim era designado o professor primário da época). Diga-se, já agora, que nem essa sua filiação lhe valeu, porque, ao jeito do último quartel do século XIX português, aprender a “ler, escrever e contar” era coisa só para homens e não todos e, por isso, ela ficou lamentavelmente analfabeta. Nem por isso se diminui o meu enorme orgulho de ter sido seu neto, porque ela adorava crianças, era uma avó muito carinhosa, carregava consigo um acervo enorme de sabedoria de vida e era uma grande contadora de histórias.
Histórias cuja autoria, em muitos casos, atribuía aos “antigos”, as quais contava no círculo dos adultos mas, por vezes, também aos netos, algumas delas sob a forma de “profecia” e em jeito de lengalenga. Delas recordo, expressos na linguagem algo desbragada mas limpa do Portugal recôndito dessa época, apenas fragmentos dispersos, tais como, por exemplo:

“…aqui na aldeia já passam mais carros que antes / passavam na ladeira de Abrantes / …No futuro as estradas serão de luto (só muito mais tarde percebi que se referia ao alcatrão) e nelas os carros serão mais que formigas em carreiros / …Haverá camiões gigantes no ar / Os bichos comerão tudo / Haverá novas eleições / mas… só putas e ladrões”.

Não creio que os autores de tais “profecias” quisessem ofender todas as mulheres de uma forma geral, o que equivaleria a chamar “filhos de puta” a todos os seus descendentes no regime democrático e isso não faz sentido. Mas acredito que a crítica social que a lengalenga obviamente pretendia fazer contém uma clara referência, entre outros tipos de ladrões, a todos os tipos de “devoristas”, uma fauna que Vasco Pulido Valente tão bem descreveu na sua análise daquela época histórica, a qual deixou descendência, por exemplo, nos prostitutos que hoje proliferam nos círculos do poder constituído e que, para além dos seus salários milionários, alguns deles, como foi abundante e claramente publicado na semana passada, sugam ainda por um dia de suposto trabalho, no bordel das empresas de capital público e de direito privado, valores que podem ir aos quinze mil euros, importância que, pelo menos dois milhões de portugueses, que vivem no limiar da pobreza e da miséria, não conseguirão ganhar num ano ou mesmo em vários anos.
Quanto a isso, a “profecia” está-se cumprindo. De facto, muitas “putas”, sim, com actividade legitimada pelas “novas eleições”, no quadro de uma “ética republicana” que, negando-se a si própria pelos actos praticados, nos enche os ouvidos e nos torra a paciência a falar de liberdade, mas que finge ignorar que, em paralelo com qualquer liberdade, existe sempre uma responsabilidade que, lamentavelmente, a nossa terceira República - cujo bolo do seu primeiro centenário que este ano alguns portugueses comemoram e todos os portugueses pagam e que custará, que se saiba, dez milhões de euros - insiste desavergonhadamente em ignorar.
Mas eu não pretendo aqui falar de prostitutas. Quero, sim, falar de ladrões. Ladrões, há-os de todas as espécies! Como diz o povo, “…os que vão à horta, e os que ficam à porta”! Os que nos roubam os bens materiais e os que nos roubam a tranquilidade de espírito. Os que nos roubam por acção e os que nos roubam por omissão. Diz-se por aí que a prostituição é a mais velha profissão do mundo, mas eu estou inclinado a pensar que a mais velha mesmo é a de ladrão, já que o primeiro ladrão conhecido terá sido Adão, que roubou a maçã no jardim de Éden, e que a sua única companheira Eva, existindo então apenas um homem, não tinha processo de se prostituir. A profissão de roubar transformou-se mesmo em arte – actualmente uma arte requintadíssima e altamente proveitosa. Para quem tiver curiosidade sobre esta matéria e não conheça, recomendo, como um bom ponto de partida, a leitura do tratado “Arte de Furtar”, atribuído – ao que parece, erroneamente – ao Padre António Vieira, quando deveria ter sido ao Padre Manuel da Costa, também jesuíta.
No contexto da nossa sociedade, organizada supostamente para promover o bem comum, sempre aprendi de todas as fontes que a função de nos proteger dos ladrões pertence exclusivamente ao Estado que, como se tem visto recentemente, até aceita mal e pune qualquer cidadão que, em legítima defesa, se defenda a tiro quando é assaltado em sua casa com armas apontadas à cabeça, o mesmo se aplicando aos polícias que, confrontados com o criminoso ou ladrão que lhes põe a vida em risco, se defendem também a tiro, mas que, se têm a sorte de sobreviver e o azar de matar o ladrão são processados como criminosos comuns e presos. Isto é, o exercício da violência é uma prerrogativa exclusiva dos ladrões e do Estado, mas só aqueles
podem matar e fazem-no quase impunemente, porque o Estado protege os ladrões. O cidadão comum, cumpridor da lei, incluindo o polícia, fica sempre esmagado entre os dois, sai sempre prejudicado ou morto. E, vergonhosamente, o Estado, que falha em nos proteger, comporta-se como o maior dos ladrões, dando inteira razão à afirmação contida naquele tratado e escrita já no século XVII, que “…os maiores ladrões são os que têm por ofício livrarnos de outros ladrões”.
No mínimo, e seria já bom que fosse só por omissão, o Estado rouba-nos a tranquilidade de espírito a que temos direito e deixa-nos à mercê de todas as quadrilhas que por aí proliferam. O
problema é que é o próprio Estado, através dos grupos organizados que o representam, é o maior dos ladrões e, se houvesse dúvidas, a comunicação social destes tempos mais recentes encheu-nos de exemplos concretos que seria fastidioso relembrar aqui. Criminosos ou ladrões de todas as espécies que possam pagar a bons escritórios de advogados beneficiam de um sistema judicial que por vezes parece ser feito à medida para que, usando todos os artifícios da lei, os ladrões possam roubar, para benefício próprio sem dúvida, mas também para “…os que ficam à porta”, por forma a que ninguém vá preso. Não venha autoridade alguma do meu querido Portugal perguntar-me quem eram, porque eu não sei dizer, mas, recentemente, enquanto almoçava num restaurante de Lisboa, não pude deixar de ouvir um dos cidadãos de uma mesa vizinha confidenciar ao outro, em voz suficientemente alta para eu poder ter ouvido, que já há em Portugal escritórios de advogados a escrever as sentenças que alguns juízes proferirão de seguida a clientes seleccionados desses escritórios. Não sei se isto é ou não verdade, mas, se for, temos à vista a falência total do sistema judicial português.
Os indícios do mau comportamento do Estado nesta matéria estão à vista. O mais recente está no facto de o Estado se preparar para criar, no âmbito do combate à corrupção, o estatuto do “arrependido”, isto é, mais ou menos dá aos corruptos e ladrões a faculdade de roubar e, quando apanhados nas malhas da lei, se arrependerem, porque serão perdoados. Faz lembrar a anedota, e perdoe-se-me o brejeiro da linguagem, que circula por aí na internet, do “peregrino, crente profundo, que vai em romagem ao Santuário e, sorte sua, consegue arranjar um quarto para dormir, por acidente em casa de uma jovem viúva. A meio da noite é acordado pela viúva que, toda nua, se lhe mete na cama. O peregrino salta da cama e sai da casa a correr para não ceder à tentação e logo na abertura do Santuário, vai confessar-se. O padre ouve a confissão e dá-lhe de penitência comer cinco quilos de favas, ao que ele replica que não percebe a penitência, porque não é cavalo. O padre respondeu-lhe que, de facto, ele não é cavalo, mas é burro. Primeiro devia ter “comido” a viúva e depois vinha confessar-se”. O estatuto do arrependido, imagino, será uma coisa do mesmo género.

Este é o Portugal fruto da revolução de 25 de Abril que hoje alguns celebram e muitos choram: o mais pobre, o mais iliterato, o mais corrupto dos membros da União Europeia, dominado pela partidocracia de muitos ladrões que, em vez de nos proteger, defende os ladrões, seus comparsas. Um exemplo? Aqui vai. Tenho uma modesta segunda residência no Ribatejo que foi assaltada. Na procura exaustiva de valores facilmente transaccionáveis, que não existiam, o recheio foi altamente remexido, mas foram roubados apenas pequenos haveres de baixo valor. Chamei a polícia (PSP) que prontamente compareceu, tomou nota da ocorrência e prometeu enviar nessa tarde um técnico para colher impressões digitais. À tarde, esse técnico telefonou para dizer que não viria colher impressões digitais, porque o produto do roubo era de baixo valor, inferior a um certo número de “unidades de conta” que não soube especificar, e que, assim sendo, a PSP não o autorizava a iniciar o respectivo processo por roubo. Consequentemente, por força da lei que antes me devia proteger, as impressões digitais do ladrão ou ladrões não foram colhidas. Insisti e fui à PSP de Santarém fazer uma participação do roubo. Cerca de oito meses mais tarde, recebi dos Serviços do Ministério Público do Tribunal da Comarca de Santarém (Processo nº 1283/08.3PBSTR) o Despacho de Sua Excelência o Senhor Procurador Adjunto, de 13 de Julho de 2009, que, com todo o respeito pela sua pessoa e sua figura institucional, transcrevo: “Os factos comunicados pela PSP são susceptíveis de integrar a prática, por desconhecido, de um crime de furto qualificado, pp artº 204º nº 2 al e) do Código Penal, ocorrido entre os dias 3 e 22 de Novembro de 2008 na habitação de Fernando Paula Vicente, sita no…….., Santarém. No entanto, até à presente data não foi possível apurar quem foram os autores dos factos denunciados e de momento, os autos não fornecem dados que permitam o prosseguimento de diligências conducentes à sua descoberta. Pelo exposto, determino o arquivamento dos autos… sem prejuízo de serem reabertos caso surjam novos elementos”. Isto é, caso o ladrão, profundamente arrependido de ter violado a minha intimidade, decida um dia auto denunciar-se! No entanto, a colheita de impressões digitais poderia tê-lo identificado.
O que é verdadeiramente dramático é que, na data daquele Despacho de Sua Excelência o Senhor Procurador, tenho a certeza que, sem ponta de ironia e em relação ao meu caso, no fim do dia, todos os agentes do Estado envolvidos, o Senhor Procurador Adjunto de Santarém, o Comandante e agentes da PSP de Santarém, o Senhor Ministro da Justiça, o Senhor Primeiro-Ministro e o Senhor Presidente da República, regressaram a casa e quando, finalmente, se deitaram e pousaram as sua cabeças na almofada, todos adormeceram com uma profunda noção do dever cumprido. Talvez tenha sido melhor assim, porque o mesmo Estado que protegeu o assaltante em vez de me proteger a mim, se tivesse prendido o ladrão, iria eventualmente dar-lhe o benefício que dá a carradas de criminosos e ladrões que se encontram presos, ao permitir-lhes um regime de saídas precárias, das quais muitos já não regressam à prisão, e durante as quais muitos aproveitam para cometer novos roubos e outros crimes, resguardando-se de imediato nas prisões onde ficam a salvo, nunca sendo apanhados.
Este é o meu querido Portugal que hoje assiste à celebração de mais um aniversário da fatídica revolução.

Razão tinha a minha avó: “…é só putas e ladrões”:

Fernando Paula Vicente - Major-General da Força Aérea Portuguesa (Reformado)


segunda-feira, 19 de abril de 2010

Partidos e Tachos

O ESTADO DE SÃO BENTO

Entristece-me ver a voragem dos ratos nos corredores de São Bento; habilidosos defensores dos seus egoísmos, proclamando justiça para os desprotegidos e desfavorecidos mas, desvairados, sempre a resvalar para a mediocridade onde atolam a sociedade que deviam defender e que amachucam com os pés sujos na lama da corrupção. A incapacidade dos moinas é tal que os fracassos diagnosticados se dilatam à medida que passam os anos e se esbanjam os milhões vindos da Europa, sem se incomodarem com a degradação do ambiente político e social; são tantos os vícios que nem se dão conta dos pedregulhos que vão espalhando para tolher ainda mais a vida dos pobres cidadãos.

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

OS DESEMPREGADOS E OS PREGUIÇOSOS


RECURSOS HUMANOS E OS PREGUIÇOSOS

Estão em discussão os aumentos salariais e aumentos de pensões de reforma e outras. Mas é curioso e habitual que esta discussão não interessa aos aumentos dos gestores, administradores e directores das empresas públicas ou privadas, nem tampouco para os governantes e políticos oficializados. Para esses, os aumentos estão garantidos pelas leis e normas feitas por eles próprios e sem qualquer remoque de fiscalização. Basta ver a diferença abismal entre os salários dos operários dessas empresas ou órgãos do Estado e os vencimentos reais dos cabeças de topo.
No mesmo saco dos aumentos salariais para a “raia miúda” estão as pensões de reforma dos que trabalharam uma vida para serem descriminados.
Os iluminados do Banco de Portugal lançam o absurdo alerta de que os aumentos de salários acima da inflacção são um desastre para o país; logo os patrões mais retrógrados aproveitam a deixa e lançam o aviso solene das falências de empresas, por causa dos aumentos de 5 ou 6 euros mensais. Para os inteligentes e conhecedores do valor do trabalho justamente remunerado, percebe-se que estamos perante uma ideia falaciosa e fraudulenta de objectivos que engendram a produtividade com os salários baixos, quando sabemos que as empresas com trabalhadores bem remunerados e bem organizadas estão no topo das empresas de sucesso. A Gestão dos Recursos humanos é perigosamente desprezada pelos empresários e gestores mal formados que são uma praga altamente prejudicial para o desenvolvimento do país e da sociedade portuguesa.

Os recursos humanos são, em qualquer empresa, sociedade ou país, o principal filão da riqueza duma nação. Por irracionalismo ou por uma visão demasiado curta, muitos empregadores desprezam essa parte do valor do seu empregado e os resultados são catastróficos. Diz-me a experiência e o conhecimento do desempenho das boas empresas que um colaborador satisfeito nas funções que desempenha rende o dobro daquilo que se sente obrigado a cumprir como mínimo, porque está desconte.
Quando são as leis do trabalho a promover as condições de trabalho “selvagem” em desfavor das relações de trabalho participadas e responsáveis, com garantias de futuro, é o “salve-se quem puder”, e o país ressente-se da fraca produtividade e todos ficamos a perder. No que respeita às mentalidades dos gestores e à filosofia do trabalho reconhecido, há muito a fazer por esse país fora para aumentar os níveis de produtividade e competitividade.
Por outro lado, há um filão de riqueza completamente desprezado pelos governantes: milhares e milhares de ociosos e preguiçosos, no desemprego e nas prisões, a viver à custa do orçamento do Estado e que poderiam fazer trabalhos de limpeza nas florestas, prestar serviços à comunidade social e tantos outros serviços úteis ao país. Dando ocupação a essa gente, seriam criadas condições de integração dos presos na sociedade, evitava-se que muitos desempregados façam trabalho clandestino e controlavam-se os milhares de vagabundos que vivem às custas do subsídio de reinserção social; com a riqueza assim criada, o Estado teria condições para ajudar muitos milhares de desempregados de longa duração que descontaram para a Segurança Social e que vivem sem qualquer meio de subsistência. Enfim, seriam corrigidas muitas injustiças sociais.
Enquanto se não avançar com este conceito de justiça social, o Estado tratará bem os “vagabundos e ociosos” e maltrata os “trabalhadores” que não conseguem arranjar trabalho.
Ou se mudam as regras da atribuição dos subsídios sociais e se faz uma fiscalização eficaz contra os falsos necessitados ou estaremos perante um caso grave de negligência na delapidação dos recursos financeiros da Segurança Social.




sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Novas Oportunidades



O LOGRO DOS CURSOS DE FORMAÇÃO e Novas Oportunidades

Já não bastavam as empresas da “especialidade” para a difusão dos Cursos de Formação profissional, temos também os Centros de Emprego da Segurança Social sem mãos a medir na criação e administração de “Turmas” para “cursos de formação”. São centenas de milhar de desempregados a frequentar pretensos cursos que, na prática, não têm servido para nada!
Além da demora na entrega dos respectivos “certificados”, o titular leva com um balde de água fria quando o apresenta como mais-valia curricular nas propostas de emprego a que responde: “Temos pena, mas esses cursos de três ou quatro semanas nada valem para o nosso mercado de trabalho”.

Há desempregados que, sem receber qualquer subsídio, são obrigados pelos Centro de Emprego a frequentar cursos, uns atrás dos outros, pagando deslocações e perdendo o seu tempo a troco de nada! A ocupação nesses cursos serve, apenas, para diminuir o número de desempregados nas estatísticas; são centenas de milhar os desempregados nessas condições.
A confusão nos Centros de Emprego é tal que já não sabem que mais inventar para retirar desempregados das contas e forjar os dados das estatísticas oficiais. É lamentável que isso seja feito à custa dos desempregados que andam, á vários anos à procura de emprego e não o conseguem devido à idade.
Então, quando chegam à conclusão de que os empregadores não dão valor ao esforço e tempo dispendido nos “cursos de formação” dos Centros de Emprego, estamos perante mais um logro a enganar os desempregados em situação dramática para a sua sobrevivência.


Depois temos os "Cursos das Novas Oportunidades": mais uma maneira de enganar as estatísticas e tentar dar "Diplomas" às pessoas que, apesar da boa vontade em frequentarem os cursos, continuam semi-analfabetas e sem bases do conhecimento correspondentes. Para receberem o certificado, os alunos esperam muitos meses; o pagamento aos formadores demora e demora... meses. Vergonha das vergonhas, só em Portugal!



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sábado, 19 de setembro de 2009

A Educação e o Magalhães

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ENSINO DEGENERATIVO e o Magalhães

O esvaziamento da memória da natureza alegórica da juventude é um facto que pode considerar-se estranho, quando falta a dinâmica de vida no ser humano. As actuais formas de ensino transformam as Escolas em lugares repugnantes e decadentes, quando não de preguiçosos e imbecis.
Os responsáveis pela Educação não ignoram os males que a ambiguidade das suas “doutrinas” causa na sociedade onde se compromete o futuro. Os mentores do ensino e da formação dos cidadãos com responsabilidades podem considerar-se criminosos por efeito dos seus actos. Pode haver um assombramento das imagens reais do crescimento do saber nas mentalidades, abstraído da malvadez genérica do mundo; mas não há perdão para os responsáveis pela evolução decadente dos valores que rastejam nos “bas fond” da languidez ébria.
A ambiguidade de análise das realidades degenerativas das Escolas conduz a uma espécie de acções pontuais que acumulam erros de muitos anos. Por causa disso, as condições de sobrevivência levam ao desrespeito dos valores, sem os quais, entramos no mundo do aniquilamento da razão e da ética da consciência. Tudo isto acontece por causa dos incompetentes que manobram os meandros da Educação em Portugal, gastando dinheiros públicos para promover ensaios que degeneram na burrice e no analfabetismo que compromete o futuro da sociedade portuguesa.


Para entreter os “meninos” nas escolas e agravar mais o estado lastimoso do Ensino, o engenheiro Sócrates e seus apaniguados na área da Educação começaram a distribuir um brinquedo chamado “Magalhães”, em forma de mini-computador com imagens e jogos adequados à tenra idade. Ora aí temos mais uma forma inteligente de dar palha a “burros”, porque o governo precisa de tal clientela para se manter na manjedoura do Estado.



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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ensino e Laxismo com Vídeo

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A TEORIA DO LAXISMO

Quando ouvimos e lemos notícias a comprovar que há alunos do ensino secundário a passar de ano com mais de 80% de notas negativas é caso para pensar que os servidores do Estado na Educação estão a conduzir a juventude para o caos. Pois, se a base de formação dos cidadãos é precisamente o saber, o facto de ser o Estado a oferecer facilidades curriculares, falseando o dever de ensinar com exigência na aprendizagem, fomentando o laxismo para criar bandos de preguiçosos e irresponsáveis, quando a sociedade precisa de cidadãos que saibam respeitar e conviver com as regras da vivência solidária para que a humanidade não caia na bestialidade. Uma sociedade assim, implica que os cidadãos devem cumprir os seus deveres para poderem reclamar os legítimos direitos.
Um país onde tudo são facilidades para os jovens, onde se oferecem diplomas de habilitações duvidosas como se dão tremoços a porcos, onde tudo se oferece a troco de abrandar o escândalo das Estatísticas que nos envergonham aos olhos desta Europa onde pertencemos como pedintes e preguiçosos, pouco mais há a esperar do que a degradação do sistema produtivo e, por consequência, o colapso social. Isso acontecerá tanto mais depressa quanto menor for o controlo das benesses e subsídios que se desvanecem no laxismo dos dirigentes da Segurança Social.
Um país onde se subsidia a malandragem, se não houver uma fiscalização apertada e eficiente os que produzem bens e riqueza para alimentar aqueles que tudo fazem para viver sem trabalhar, só têm dois caminhos a seguir: emigrar para terras mais promissoras ou revoltar-se contra o sistema que os escraviza e explora.
Sendo a juventude a promessa dos cidadãos de amanhã, muito mal formada está quando se lhe oferece tudo graciosamente. Quando chegar a idade adulta e lhes faltarem as facilidades, o choque será tremendo porque foram formados numa cultura de facilitismo; aí disparam os gangs de delinquentes ou grupos de deprimidos.



É necessário que o Estado tenha mecanismos para ajudar os necessitados e deserdados da sorte que, por situações anómalas do mercado de trabalho, caem na pobreza. Isso é compatível com um Estado social solidário, mas pagar o ócio dos malandros que enganam deliberadamente as Assistentes sociais, muito permeáveis ao compadrio e ao laxismo, isso é que não. Deixemos de ser pacóvios!


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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Portugal e a Justiça

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Ontem ouvi alguns altos representantes da Justiça em Portugal e fiquei a pensar se não estaria a sonhar com outro qualquer país mais organizado. É vergonhoso ver essas pessoas a falar com tanta leviandade sem darem conta das realidades que todos os dias nos incomodam. Aqui deixo o meu protesto com vídeo imagem:
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A MORALIZAÇÃO DA JUSTIÇA

Sem que sejam seguidos os princípios da equidade, da moral e da ética formal, não pode haver justiça. Se não forem punidos os criminosos e os culpados pelas grandes fraudes e roubos que abalaram o sistema financeiro, a segurança da economia e a justiça social, com graves prejuízos para os cidadãos honestos e cumpridores, como é que pode haver moral para manter dentro das grades os pequenos delinquentes. Enfim, como é que se pode garantir o correcto funcionamento das instituições do estado democrático, quando os dirigentes da Nação não têm estatura humana nem consciência ética para os cargos que ocupam?
É inadmissível que os Códigos Penal, do Processo Penal e Civil tenham facilitado a promiscuidade nos negócios escandalosos e dolosos que lesaram o Estado e a concorrência económica. Não podemos tolerar que uns tantos recebam reformas milionárias sem que tivessem produzido para tal, enquanto muitos outros são esquecidos do mínimo para a sobrevivência e esmagados pelos gananciosos sem escrúpolos.
Um Estado que permite estas desigualdades provocadas pela usura dos juros e pelos abusos do enriquecimento ilícito a cujos crimes os reguladores fecharam os olhos, é um Estado doente dirigido por pessoas dementes ou castradas dos valores da moral, da ética e da justiça social.
Ao analisarmos o panorama que nos mostram as estatísticas da justiça em Portugal, só podemos concluir que os governantes e os administradores da Justiça andam a abusar do estado deprimido e da moleza dos cidadãos deste país. Dos milhares de processos por fraudes e toda a forma de ladroagem levantados contra políticos e administradores de alto gabarito, poucos conseguem sobreviver às artimanhas e a todas as nuvens de poeira que uma teia de poderes bem instalados nos gabinetes de conhecidos advogados vai urdindo.
Noutro nível de criminalidade diária, as estatísticas mostram que, por efeito da aplicação do novo Código do Processo Penal, nos primeiros quatro meses de 2009, dos 773 indivíduos detidos por suspeita da prática de crimes diversos foram postos em liberdade 446. O mais grave é que a segurança dos cidadãos e dos polícias está cada vez mais insegura. Vejamos:
- De 52 crimes de homicídio (tentado ou consumado) só 30 deram prisão preventiva;
- De 160 assaltos com armas de fogo, só 64 deram prisão preventiva:
- De 41 crimes de rapto e sequestro, só 7 deram prisão preventiva;
- De 221 crimes por tráfego de droga, só 131 deram prisão preventiva;
- De 16 crimes por posse de armas ilegais, só 1 deu prisão preventiva;
- De 185 crimes diversos, apenas 58 deram prisão preventiva.
Bem-hajam senhor Ministro da Justiça e senhores Juízes, estamos todos moralizados… até que tenhamos que correr essa cambada que nos causa grave inquietação.





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terça-feira, 25 de agosto de 2009

DEMOCRACIA - PROTESTOS

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Democracia - PROTESTOS

Os conflitos gerados na sociedade em função das desigualdades sociais tornam-se banais e banalizam o civismo apregoado nas campanhas eleitorais. Sintoma duma democracia fragilizada e decadente, protagonizada por politiqueiros que andam a reboque dos interesses egoístas, em busca das benesses dos grandes investimentos com direito a chorudos “bónus”. A falsa apologia dos bens da democracia que se demarcam do “Robin dos Bosques” para melhor encherem os bolsos, transporta-nos para uma sociedade de contornos escabrosos, onde os homens públicos se transformam em sagazes negociantes capazes das mais tenebrosas acções de pilhagem dos bens da Nação.
Para agravar mais a descrença nesta forma de praticar a democracia, esse poder corrupto confraterniza com os promotores das fraudes e falências de empresas que recebem apoios públicos, mas que nunca chegam para os larápios e engenhosos esquemas dos desvios a olhos vistos. São os gastos selvagens, são os compadrios e proveito próprio do património do estado, das empresas e dos trabalhadores que produziram a riqueza. E os governantes, que têm todos os meios para fiscalizarem e punirem os desmandos, desculpam-se com as desculpas do “foi inesperado, desconhecíamos a situação...” - santa ignorância, um cinismo atroz. O absurdo desta desgraça está na retórica descarada com que se propagam as mais pavorosas heresias da sociedade de consumo.
Só denunciando este pesadelo do espectro da fome e da miséria social em consequência do desemprego, que atinge cada vez mais famílias, causando males incalculáveis à auto-estima dos desafortunados. O cinismo contundente só pode gerar tensões perturbantes na harmonia das famílias, intranquilidade e angústias destruidoras da vontade, e a competição construtiva transforma-se numa guerra de sobrevivência, onde não haverá moral nem ética que trave essa perigosa derrapagem para a violência.
Sente-se que o conflito está instalado na sociedade. Os sinais de intranquilidade são evidentes, e os detentores do poder e da justiça continuam cegos aos clamores dos famintos, porque vivem o seu nefasto egoísmo. Enquanto isso, os valores basilares da sociedade humanizada são destruídos, e vemos a era da globalização a transformar gente generosa em delinquentes, homens bem formados em vilões e já se ouvem os murmúrios dos escravos deste tempo sem esperança.
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Prof. Medina Carreira diz:

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sábado, 22 de agosto de 2009

Corrupção - Ganância do poder

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A GANÂNCIA DO PODER

Os Boys são arrabanhados nas Escolas secundárias e Universitárias. E os Partidos com acesso ao governo são os mais activos nesta campanha de inscrição de habilidosos com futuro garantido à sombra do Orçamento do Estado.
Quase sempre entram na comandita através de amigos ou familiares integrados no mundo dos interesses partidários. Daí divergem para todos os sectores de actividade onde há subsídios da Comunidade Europeia, subsídios à formação, subsídios à criação de empresas, especulação imobiliária, valorização de terrenos através dos PDMs “Planos directores municipais”. Enfim, sempre em comandita, vivem airosamente à custa do orçamento do Estado e das mais enviezadas vigarices que proliferam por tudo quanto é subsidiário.
Depois, é vermos a qualidade do trabalho na Assembleia da República: leis ambíguas e direccionadas para determinados sectores onde proliferam os “amigalhaços” e os escroques que lhes devem favores; comissões de inquérito que nada apuram; deputados faltosos sem qualquer punição – veio ao conhecimento público que houve 5.500 faltas de deputados só num ano; se fossem empregados de qualquer empresa, tinham sido despedidos por excesso de faltas!
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. Prof.Medina Carreira dá o mote...

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