quinta-feira, 3 de março de 2011

Sinais da Borrasca



FUTURO SEM ESPERANÇA

O mais deplorável da sociedade moderna é que um bando de parasitas possua avultadas riquezas e viva do supérfluo luxo desmesurado, enquanto uma multidão de famintos vive na mais miserável pobreza sem qualquer esperança de futuro. Qual é a moral dos que gozam os privilégios sem se perturbarem com a supressão brutal dos direitos humanos mais elementares como a alimentação. A revolta dos espezinhados e o grito dos famintos será o rastilho a incendiar o mundo dito civilizado. Os custos para suster a insegurança dos acomodados serão tão elevados que nenhum estado ou grupo de estados ficará imune à revolução e à desgraça que se avizinha.
Imagine-se o que será o mundo daqui a uma dezena de anos, quando os estudantes universitários de hoje chegarem ao poder, depois de passarem pelas prateleiras dos partidos da governação, enquanto outros, que não encontram trabalho para ganharem o seu sustento, já traumatizados, protestarem contra a ditadura da alienação colectiva. O que se passa com os actuais sistemas da governação, cheia de vícios e promiscuidade, não é mais do que um metódico processo de alienação dos desempregados sem esperança.
Um dia, os deserdados da sorte perdem a paciência e entram em ebulição, ao ponto de massacrarem os carrascos que os torturam até à demência.

Joaquim Coelho



Um senhor com razão, merece divulgação.


Data: 2 de Janeiro de 2011 17:07
Assunto: A esperança desesperada
 
 Baptista Bastos

Todos nós estamos em perigo.
Poucos serão indiferentes à situação em que o País se encontra. Mas que os há, há.
São aqueles que, de uma forma ou de outra, contribuíram para esta tragédia. Não é preciso nomeá-los: todos nós sabemos quem são. E o que me parece mais desprezível é a firmeza com que ainda haja pessoas a defender um sistema não só doente económica e financeiramente mas, sobretudo, com graves enfermidades morais.

Chegamos ao fim de mais um ano e a esperança surge como desesperada.
Já ninguém duvida das convulsões sociais que se adivinham, e só mesmo
o primeiro-ministro é capaz de proferir afirmações tão absurdas como
aquelas que faz. Ele o diz que é difícil decapitá-lo politicamente. É
verdade. O homem possui uma tenacidade e uma obstinação invulgares.
Não quer dizer nada. Apenas que está ali de pedra e cal. Até ver.

As sondagens dão-no como morto-vivo. E as coisas vão de mal a pior.
Cavaco, que tem a simpatia dissimulada de quase toda Imprensa, o que
se tornou na vergonha do pensamento crítico, tem demonstrado, nos
debates televisivos, que não está à altura de coisa alguma. É um
medíocre enfatuado, que mal oculta a raiva que o assola quando
contrariado. E nada sabe de coisa alguma. Passos Coelho, inicialmente
um falador sem continência, parece mais prudente e equilibrado.
Aguarda, como um predador de tocaia, que a sua presa mais se estenda
ao comprido. Depois, fará o que muito bem entender.

Vem aí o novo ano e todas as indicações são de molde a deixar-nos
prostrados. O desejo improvável de Sá Carneiro - um Presidente, um
Governo, uma Maioria - está quase a tornar-se realidade. A ausência de
ideologia, a capitulação do PS de Sócrates, a desistência ética dos
"intelectuais" portugueses permitiu esta anomalia histórica. Todos
aqueles que, durante estes anos "socialistas" vão ser substituídos por
uma trupe arfante de ganância e poder, já têm empregos garantidos em
administrações de grandes empresas. Estou para ver para onde vai
Sócrates. O despudor da "alternância" sem "alternativa" transformou a
política portuguesa num modo de vida de um grupo que se protege e se
resguarda. Não me canso de o dizer.

Estamos a perder a configuração moral de nação. Os que vêm nada
trazem. Os que vão embora organizaram as suas vidinhas. Seria curial
que o "jornalismo de investigação" procurasse indagar sobre o
paradeiro profissional daqueles, do PS, do PSD e do CDS, que nos
últimos trinta e quatro anos têm sido governantes. Mas o "jornalismo
de investigação", que dá a ideia de possuir apenas um sentido e uma
direcção, não está interessado em desvendar essas minudências.

Sócrates preparou o caminho, por inércia e atroz incompetência, para a
Direita actuar de mãos livres. E o que a Direita tem dito, das suas
opções, desígnios e objectivos só pode turvar as mentes de beócios.
Mais: a Direita prepara-se para se instalar, durante muitos anos, na
cadeira do poder. As consequências sociais e políticas do que se
avizinha são imprevisíveis. O que não é imprevisível é a movimentação
que já se nota, os conluios que estão a estabelecer-se, as intrigas
que se urdem. O tal "jornalismo de investigação" talvez devesse
noticiar os almoços, os jantares, os encontros, que tornam supérfluos,
ou quase, os protestos de indignação dos que ainda se não dobraram.
Ainda os há. Mas perdem, lentamente, essa capacidade.

b.bastos@netcabo.pt
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O NOSSO AMBIENTE

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PROTEGER O AMBIENTE
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Não podemos ficar indiferentes perante a degradação sistemática dos prédios históricos das cidades, e temos que denunciar as obras mal executadas, especialmente as que roubam o erário público, a coberto de interesses que penalizam o desenvolvimento do país. A engrenagem burocrática continua dominada por pessoas incapazes e incompetentes bem acompanhados por outros espertos e escabrosos usurpadores dos direitos dos cidadãos contribuintes. Ninguém de bom senso poderá continuar indiferente perante tantos prejuízos, pelo que só denunciando as situações se poderão punir os responsáveis pela delapidação dos bens públicos.
Com tanto património do estado desaproveitado e em degradação, os governantes deveriam por em execução programas de recuperação em colaboração aberta e desburocratizada com a sociedade civil, especialmente com as colectividades associativas, muitas vezes necessitadas de um pequeno espaço para melhor desenvolver a sua actividade comunitária e produtiva.
Por outro lado, devemos manifestar repúdio pelos desperdícios e atentados ao ambiente, obrigando as empresas a aproveitar melhor os recursos existentes; pois é um dever patriótico e ajuda a fomentar a cultura e o respeito no meio das populações mais carenciadas. Se o Estado e as grandes empresas fornecedoras de energia, comunicação e bens de consumo respeitarem mais o ambiente e preservarem a natureza, será uma maneira prática de melhorar a formação cívica e intelectual dos portugueses, aumentar as suas capacidades básicas e diminuir focos de tensões sociais.
A natureza vai-nos avisando das agressões que lhe fazemos, sem atendermos à regeneração dos bens que delapidamos; o consumismo é fonte de perigosos desequilíbrios e as empresas que exploram os recursos naturais até à exaustão deixam atrás de si uma vergonhosa enxurrada de detritos e lixos tóxicos que nos envenenam o ambiente e degradam as terras de cultivo.

Na concorrência à produção de energia e acumulação de riqueza, essas empresas Ignoram a razão dos nossos desejos e esquecem os direitos dos cidadãos, entramos num delírio colectivo... de consumismo. Comportam-se como demónios na prática de horrorosas sacanices. Para muitos, nem os enredos da inveja rasteira os conforta ou diminui a maldição da turbulência da existência delirante. Nada é absoluto em cambiantes e do caos tudo recomeça esgotado, mesmo de improviso renasce a vida e a vertiginosa ironia do destino que o futuro nos vai ofertar.
Joaquim Coelho
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Clik no Link:

http://player.vimeo.com/video/15000542

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sábado, 22 de janeiro de 2011

O VOTO SECRETO


.. O MEU VOTO SECRETO

É propósito dos governantes
comungar os desejos de Deus
honrar os compromissos
para com os desprotegidos
satisfazer as necessidades
dos fracos e desfavorecidos
e premiar a nobreza do trabalho
dos cidadãos mais honestos.

Para valorizar o seu povo
fazem uma exemplar gestão
do património da Nação
ao serviço da comunidade
que os há-de eleger de novo
numa salutar democracia
que só nos dá felicidade
de viver melhor cada dia.

Para não falhar na educação
vão-se desenvolver as mentes
no trabalho mais profícuo
a gerar boas sementes
para bem da sociedade
onde o cidadão comum
possa viver de verdade.

A prevenção da saúde é o sinal
e a mais fiável garantia
de qualquer doença banal
ser curada com prontidão
dos que trabalham com galhardia
em solidária comunhão.

Serão punidos os abusos
da governação contra o povo
e em favor dos poderosos…
quando for votar de novo
contra a usura do costume
vou derrotar os mentirosos
que nos enterram no estrume
e protegem os gananciosos.

Joaquim Coelho


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O Desertor\Traidor de PORTUGAL
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...Manuel Alegre, durante a guerra do Ultramar e depois da sua fuga, era locutor da rádio Argel, onde se congratulava pela morte de soldados portugueses...
A voz da Argélia, emissores criados por desertores que, através de infiltrados nas forças armadas, denunciavam as n/operações.
Muitas das emboscadas que sofremos resultaram da traição desses “grandes filhos da p.ta“. Uma das vozes que se ouvia era a desse pulha, Pateta Alegre. Lembro-me que 48 horas após se ter instalado um posto de observação, um grupo de combate, um canhão, um radar no cimo do morro de Noqui, donde nós observávamos toda a movimentação de aproximadamente, 2.000 “turras” concentrados numa sanzala no outro lado da fronteira, ouviu-se a voz do Alegre a denunciar a nossa posição. Andámos a levar porrada na estrada entre S.Salvador e Nóqui durante mais de 4 meses. Numa das viagens sofremos 9 ataques. Tudo por causa desse desertor e traidor.
Paulo Chamorra
Manuel Alegre - um DESERTOR
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Muito obrigado pelo seu concordante comentário sobre a potencial candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República.
Teria preferido, a bem da nossa Nação, que o seu comentário fosse no sentido de me provar que estou errado, o que, lamentavelmente eu não vou ouvir de ninguém.
Sabe, o que mais me incomoda é que, com 2 filhos e 6 netos, olho para o meu "prazo de validade" a chegar ao fim e sei que vou morrer com a angústia de lhes deixar um País, uma Nação, governados por aquilo que já o nosso saudoso Rei D. Pedro V - infelizmente morto na flor da idade - descrevia, na sua correspondência para o seu tio Alberto, marido da Rainha Vitória de Inglaterra, como uma "canalhocracia".

E inquieta-me profundamente que, desse último quartel do século XIX até aos nossos dias, não só nada tenha mudado para melhor, como a imunda República que nos governa, cujo primeiro centenário que este ano os socialistas irão celebrar e que custará aos contribuintes DEZ MILHÕES DE EUROS tenha, pela sua prática política legitimado que possamos dizer, hoje, que não é mais uma canalhocracia que nos governa, mas sim (e salvo raras e honrosas excepções) uma "quadrilhocracia".

Na minha qualidade de cidadão em uniforme que dedicou à nossa Pátria os melhores anos de toda a sua vida, a troco de um prato de lentilhas, já vi quase de tudo e, como anteriormente afirmei, só me falta ver Manuel Alegre - um DESERTOR - eleito PRESIDENTE DA REPÚBLICA e, nessa qualidade e por inerência do cargo, como Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas.

Espero que os portugueses acordem antes que tal possa acontecer. Cordialmente,
Fernando Paula Vicente Maj-General da FAP

Caro MBC
Junto um texto do AJS que esclarece algumas das tuas dúvidas que - acho eu - o MA escamoteou naquela sessão e conseguiu enganar alguns dos presentes.
Eu também partilho da ideia que pode não ter sido "tecnicamente" desertor, mas foi garantidamente traidor, não somente em relação ao seu País, mas para com os seus concidadãos que lutavam com armas na mão - e alguns certamente morreram por culpa desse MA e seus apaniguados da Rádio Argel.
Mas há uma pergunta prévia: porque é que a PIDE o quis fora da guerra?
Porque houve muitos militantes do PC que foram para a guerra - como o MA - e até se portaram bem, havendo mesmo alguns com cruzes de guerra. E a PIDE, embora mantendo-os debaixo de olho, nunca os prendeu!
Eles cumpriam a sua parte da missão como militantes sintetisada na frase "quanto pior melhor" - querendo com isto dizer que quanto mais o regime se enredasse naquelas guerras, mais depressa cairia, como veio a acontecer.
Num aparte, direi que fala quem sabe pois, durante mais de dois anos (1970-1972), fui chefe da Secção de Contra-informação do QG/RMA e depois QG/CCFAA (quando as 2.ª e 3.ª REP foram transferidas para lá) e muitos processos dessa malta me passaram pela mão.
Outra pergunta é sobre as gravações dessas catilinárias da Rádio Argel.
Será que foram destruídas? Por quem? Se não foram, onde estão?
Gostava de saber e, se alguém puder informar-me, fico grato.
Outro aspecto é que o MA diz que morreu lá o seu melhor amigo - se calhar é o Sebastião de um dos seus livros. Mas esse não era amigo dele, era ele próprio, em termos literários, o seu alter ego.
E também nunca disse qual era a Unidade a que pertenceu, quem era o comandante de Companhia e/ou de Batalhão, que poderíamos confrontar com algumas das suas histórias.
Abraço Coronel Albero Ribeiro Soares

Um DESERTOR seja qual for a cultura ou civilização É E SERÁ SEMPRE UM DESERTOR!

HOUVE TEMPOS EM QUE ATÉ ERAM FUZILADOS!

Conheci um HOMEM, EUGÉNIO ROSA (e de cuja cor politica até nem partilho), que esse sim, tem dignidade para se poder aceitar uma candidatura à Presidência da República, mas, dele, pouco ou nada se ouve para além de uns escritos sobre as suas lutas pela igualdade. Este homem era contra a guerra no ultramar mas não fugiu. Recusou sempre as suas mobilizações, mas cumpriu o serviço militar como todos os outros da sua geração. Penalizado, mas cumpriu, NÃO DESERTOU!
Este HOMEM que lutou "no terreno" em prol das suas convicções, esteve ao serviço de Portugal e cumpriu 7 anos na Trafaria e mais 2 destacado em Cabo Verde, onde com ele privei.
POR ISSO, UMA POTENCIAL CANDIDATURA DE MANUEL ALEGRE (UM DESERTOR) Á PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA PORTUGUESA, INDIGNA-ME!
IBz

NÃO SEI A VOSSA COR POLITICA MAS NEM TEM QUALQUER INTERESSE PARA O CASO.
SOMOS PORTUGUESES E ESTAMOS PRONTOS PARA DEFENDER O NOSSO PAÍS JUNTOS OU NÃO ???????

SE A RESPOSTA FOR NÃO ENTÃO É PARTIR E ESQUECER QUE TEVE PAÍS ALGUMA VEZ, MAS ESQUECER MESMO !

SE FOR SIM ENTÃO CONTINUEM A LER. SE OS NOSSOS PAIS, PRIMOS, IRMÃOS, AMIGOS FOREM MANDADOS PARA UMA GUERRA NÃO TEMOS NÓS O DEVER DE NOS JUNTARMOS A ELES ???? QUE RAIO DE GENTE SERÍAMOS NÓS SE OS TIVÉSSEMOS ABANDONADO QUANDO CHEGOU A HORA, ESCOLHENDO PARA NÓS « MELHOR SORTE» ?????? NO MÍNIMO TÍNHAMOS QUE ESTAR DISPONÍVEIS PARA. COMO PODE UM DESERTOR, QUE RENUNCIOU A ESTES PRINCÍPIOS BÁSICOS
PRETENDER SER PRESIDENTE DO NOSSO PAÍS. MAIS GRAVE COMO PÔDE ALGUMA VEZ SER ADMITIDO COMO CANDIDATO.
ISTO ULTRAPASSA TUDO. ESPERO SINCERAMENTE QUE A MINHA INDIGNAÇÃO SEJA TAMBÉM VOSSA PARA COMEÇARMOS A TOMAR CONSCIÊNCIA DE QUE ALGO TEM DE SER FEITO PELO NOSSO PAÍS. REPASSA PELO TEU CÍRCULO.
ISTO NÃO PODE FICAR ASSIM . Carlos Frade
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.....................
No coments!
Estava há dias a falar com um amigo meu nova-iorquino que conhece bem Portugal.
Dizia-lhe eu à boa maneira do "coitadinho" português:
Sabes, nós os portugueses, somos pobres ...Esta foi a sua resposta:
Como podes tu dizer que sois pobres, quando sois capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu? Quando vos dais ao luxo de pagar tarifas de electricidade e detelemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA? Como podes tu dizer que sois pobres quando pagais comissões bancárias por serviços e por cartas de crédito ao triplo que nós pagamos nos EUA? Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso.
Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 21% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 21%, pagais ainda impostos municipais.
Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...
Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da Nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e dos seus autarcas.
Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada. Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.080 €uros. Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e da electricidade. Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres nos conformamos com a segurança pública.
Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto nós aqui nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.
Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro.
Vocês, portugueses, não são pobres, são é muito estúpidos..........
Outores...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

DENUNCIAR A CORJA DE LADRÕES

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..DENUNCIAR A CORJA DE LADRÕES.
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Não sei quem escreveu...
Mas parece-me que vale a pena ler...e até concordo com o gajo a abater em 1º lugar (e não sou funcionário público!)


“Aparentemente, passámos de um destino de navegadores a clientes de segunda de alfaiatarias, uma, dos anos 50, da Rua dos Fanqueiros, outra, ainda mais miserável, de um gajo "licenciado" nas Novas Oportunidades, que se deslumbra com tecidos que lhe assentam francamente mal.
Vou ser breve, e introduzir já a frase com que se deverá concluir este texto: chegámos ao tempo em que é preciso fazer cortes, mas não nos salários, e, sim, em certas cabeças.
O Sr. Aníbal, de Boliqueime, com a sua corja de Ferreiras do Amaral, de Leonores Belezas, de Miras Amarais, de Dias e Valentins Loureiros, de Duartes Limas, do Eurico de Melo, de Durões Barrosos e tantos outros nomes do estrume que já se me olvidaram, inaugurou o derradeiro ciclo de declínio de Portugal, quando vendeu o Estado a retalho, e permitiu que os Fundos, que nos iam fazer Europeus, fossem fazer de forro de fundo de bolsos de gente muito pouco recomendável. A apoteose dessa desgraça teve vários rostos, as Expos, do ranhoso Cardoso e Cunha, e a mais recente, o BPN, onde estavam todos, 20 anos depois, refinados, enfim, tanto quanto o permite o refinamento da ralé, e isso custou ao Estado um formidável desequilíbrio, que a máquina de intoxicação, feita de comentadores de bancada, de ex-ministros que tinham roubado, e queriam parecer sérios, e de carcaças plurireformadas, de escória, em suma, que há muito devia estar arredada do palco da Opinião, nos fez crer ser uma "Crise".
Depois, veio a outra "Crise", a Internacional, cozinhada em Bilderberg, e que se destinava, como se destinará, a criar um Mundo mais pobre, de cidadãos mais miseráveis, cabisbaixos, e impotentes. Nem Marx sonhou com isso: é mais Asimov, Orwell e uns quantos lunáticos de ficção científica reciclada em Realidade, e vamos ter, nós, os intelectuais, de prever e preparar as novas formas de reagir, contra esse pântano civilizacional. A seu modo, será uma Idade do Gelo Mental e Social, minuciosamente preparada, para a qual, aviso já, não contem comigo.
Como na Epopeia de Jasão, depois do miserável Cavaco, vieram os Epígonos, os "boys-Matrix" do Sr. Sócrates, um Matrix de Trás os Montes, o que, já de si, cheira a ovelha, animal que só estimo naquela classe de afetos que São Francisco de Assis pregava, e nada mais. Podem chamar-se o que quiserem, Pedros Silvas Pereiras, a Isabel Alçada, a aquecer os motores para substituir o marido na Gulbenkian, mal ele se reforme; a mulher-a-dias do Trabalho, e aquele pequeno horror, chamado Augusto Santos Silva, que parece, uma barata de cabelos brancos. Esta gente toda convive connosco, quer-nos levar ao abismo, e fala da inevitabilidade de "cortes".
Eu também estou de acordo: toda a frota de carros da Administração Pública deve ser vendida em hasta pública -- pode ser aos pretos da Isabel Dos Santos, que adoram essas coisas... -- e passe social L123, para todos os Conselhos de Administração, com fedor de Vara, Cardona, Gomes, ou Zeinal Bava. Os gabinetes imediatamente dissolvidos, e os assessores reenviados para os centros de reinserção social, para aprenderem o valor do Trabalho, e não confundirem cunhas com cargos; os "Institutos", de quem o Vara era especialista, e o Guterres, num súbito fulgor de não miopia chamou "o Pântano"; os "off-shores"; a tributação imediata de todas as especulações financeiras com palco português, feitas em plataformas externas; a indexação do salário máximo, dos tubarões, aos índices mínimos das bases, enfim, uma espécie de socialismo nórdico, não o socialismo da treta, inaugurado pelo Sr. Soares, e transformado depois, nesta fase terminal, em esclavagismo selvagem, pela escória que nos governa.
Acontece que, se os Portugueses sentissem que estavam a ser governados por gente honesta, e tivesse acontecido um descalabro financeiro, prontamente se uniriam, para ajudar a salvar o seu pequeno quintal. Na realidade, a sensação geral é a de que há, ao contrário, um bando de criminosos, inimputáveis, que se escaparam de escândalos inomináveis, de "Casas Pias", de "Freeports", de "BPNs", "BPPs", "BCPs", "Furacões", "Independentes", Hemofílicos", "Donas Rosalinas", "Noites Brancas" e tanta coisa mais, que dispõem de um poder de máfia e associação tal, que destruíram a maior conquista do Liberalismo, a separação dos Poderes, tornando o Judicial uma sucursal dos solavancos políticos, do rimel das Cândidas e das menos cândidas, das Relações, e das relações dos aventais, das "ass-connections" e das Opus, enfim, de uma Corja, que devia ser fuzilada em massa, que roubou, desviou, pilhou e, agora, vem tentar sacar a quem tem pouco, muito pouco, ou já mesmo nada.
Somos pacíficos, mas creio que chegou a hora de deixarmos de o ser.
Pessoalmente, mas não tenho armas, já escolhi alguns alvos.
Curiosamente, se pudesse, nem seria um Político aquele que eu primeiro abateria, seria uma coisa, uma lêndea, um verme pútrido, chamado Vítor Constâncio, que julga que, por estar longe, fugiu da alçada de um qualquer desvairado que se lembre de ainda o esborrachar com o tacão.
Infelizmente, ou felizmente, nem sou violento, nem tenho armamento em casa, porque é chegada a hora, não dos cortes no bem estar de quem tem pouco, mas nas cabeças que provocaram, ao longo de décadas, o imenso horror em que estamos.
Toda a gente lhes conhece os rostos, e suponho que será unânime na punição.
Por muito menos, há quase 100 anos, deitou-se abaixo um regime, cuja corrupção era uma brincadeira, ao lado do que estamos a presenciar.
Não tenho armas, digo, mas menti, porque, de facto, tenho uma, e que é a pior de todas, o Dom da Palavra, e acabei, esta noite, de voltar a tirá-la do bolso.

Espero que vos faça acordar.”

Um cidadão português
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Também não sou violento... mas que há muita gente a merecê-las há, e para lá caminhamos!
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O Meu Grito de Revolta

ESTOU FARTO DISTO!

Estou farto de ver a nulidade dos nossos intelectuais peritos em economia perante as doenças da nação. Salvo raras excepções, onde estão os economistas e gestores de eleição nascidos em Portugal?
Estou farto de comentadores anafados pelo sistema que lhes distribui umas bolotas como petisco para dizerem ámen com os propagandistas do governo; ainda mais dos jornalistas bajuladores e entrevistadores com a bíblia estudada ao sabor da manipulação de opiniões que mais não fazem do que lavagens ao cérebro dos infelizes bacocos.
Estou farto de ver este país sem valores pátrios, onde se perde a alma de nação e a identidade dos conquistadores e descobridores de outrora. Estou farto de assistir aos constantes fracassos das soluções engendradas na penumbra dos gabinetes dos governantes para combater a crise. Enfim, estou farto de ver portugueses sem esperança e sem vontade de arregaçar as mangas para procurar novos rumos com soluções consistentes e vigorosas para arrancar o país do marasmo. Estou farto do proteccionismo provinciano dos subsídios desviados para os bolsos dos oportunistas. Estou farto de assistir ao beija-mão dos bajuladores que são a praga do imobilismo e da decadência da nossa economia.
Estou farto dos apoios aos parasitas que vagueiam pelos cafés e pelas salas de jogos, sem interesse em ter ocupação útil em prol da comunidade. Com tanta malandragem a viver à custa do orçamento do estado, o futuro deste nosso Portugal apresenta-se muito negro, porque vamos ter mais delinquentes e indigentes a degradar a vida dos portugueses.
Estou farto de ver políticos virados para a manutenção dos interesses particulares em organismos de reinserção social de toxicodependentes, acções sociais com duvidosos resultados, que nada fazem para curar, mas apenas pretendem receber os meios financeiros do estado. Muitas dessas organizações conotadas com a Reinserção social dos toxicodependentes são autênticas coutadas de interesses particulares, que procuram manter uma “clientela” que lhes garanta mais “postos de trabalho para amigos”, desviando os “clientes endinheirados” para falsas clínicas de psicólogos amigos, onde se pagam avultadas quantias na tentativa de melhorar os estado de saúde do Toxicodependente. É mais uma coutada que as entidades oficiais deveriam fiscalizar.
A falta de seriedade e de eficácia transformam estes organismos em autênticos cancros a corroer as finanças do Estado, que somos todos nós cidadãos.

Valongo, Agosto de 2010

Joaquim Coelho

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A Festa dos Ladrões

DOIS ORDENADOS?...

Pagos por nós, pobres contribuintes!
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mais gatunagem…com as leis “à medida” dos colarinhos brancos, feitas pela deputaria “boy”, a mando dos “chefes”, é vê-los a enricar… e a gente a pagar. Continuamos a caminho… a luta continua… eheheheh

Mário Lopes

----------Data: 26 de Dezembro de 2010 17:23
Assunto: Dois ordenados...

Isto já não vai à bala tem que ser a tiro de canhão……

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Presidente dos CTT recebia dois ordenados

23 de Dezembro, 2010 - Por Graça Rosendo

A descoberta foi feita pela Inspecção-Geral de Finanças numa auditoria já enviada à Procuradoria-Geral da República.

O Presidente do Conselho de Administração dos CTT, Estanislau Mata da Costa - que se demitiu no final do mês passado, sem ter terminado o mandato - recebeu, durante cerca de dois anos, dois vencimentos em simultâneo: um pelo cargo nesta empresa, de cerca de 15 mil euros, e outro correspondente às suas anteriores funções na PT, de 23 mil euros. E isto apesar de ter suspendido o vínculo laboral com a PT.
A descoberta foi feita pela Inspecção-Geral de Finanças (IGF), na sequência de uma auditoria realizada após denúncias da comissão de trabalhadores dos CTT sobre actos de alegada má gestão na empresa. Segundo soube o SOL, o Conselho de Administração da empresa terá recebido o relatório preliminar desta auditoria no dia 29. A demissão de Mata da Costa foi anunciada no dia seguinte e justificada pelo próprio com «razões exclusivamente do foro pessoal e familiar».
A IGF classifica esta acumulação de vencimentos por parte de Mata da Costa - num valor mensal de cerca de 40 mil euros (ao todo, um milhão e 575,6 mil euros recebidos entre Junho de 2005 e Agosto de 2007) - como «eticamente reprovável, ainda que possível do ponto de vista legal». Ainda assim, a IGF decidiu encaminhar o caso para a Procuradoria-Geral da República, por ter «dúvidas quanto à legalidade» da situação.

Segundo o relatório preliminar da IGF, a que o SOL teve acesso, Mata da Costa, que era quadro da PT, foi nomeado para presidir aos CTT em Junho de 2005. Mas, em vez de se desligar desta empresa, fez um acordo de «suspensão do contrato de trabalho, embora estranhamente sem perda de remuneração».

graca.rosendo@sol.pt

Não há cadeia para estes ladrões ? !...


Hoje mesmo, véspera do Fim de Ano, para festejarmos com mais vontade a avalanche de crimes dos malfeitores instalados nas gamelas do Estado, a Televisão acaba de informar que o Ministério das Finanças publicou em Diário da República a PROMOÇÃO de todos os quadros de chefia (diga-se boys), com efeitos a 1 de Janeiro de 2010, na Segurança Social.
Ora aqui temos mais uma boa acção em prol dos probrezinhos que iam sofrer um corte nos salários, por aplicação do Orçamento para 2011! Em vez de sofrerem redução de salários, são aumentados desmesuradamente!
Com esta ladroagem sem vergonha, os portugueses não conseguem fugir ao abismo. Até quando o descaramento impúdico desta gentalha que nos atrapalha a vida?
Sem mais, Joaquim Coelho

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

TEMPO DE BOAS FESTAS

Com esperança e com acções acertadas temos que acreditar num mundo melhor. Aos amigos deste espaço deixo os Votos de BOAS FESTAS e saúde para festejar.




... BOAS FESTAS
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Que o Natal faça renascer a esperança
E a meditação traga um novo impulso,
Para que das guerras nasça a bonança
E cada beligerante assine com o seu pulso
As tréguas que mais ambicionamos…
Em vez dos cantos fúnebres e chorosos
Saudemos aqueles que mais amamos
Oferecendo presentes simples e vistosos.

Joaquim Coelho

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A CRISE DOS VALORES


Mesmo festejando o NATAL, festa da família, devemos procurar entender para agir e evitar o colapso!

O SUICÍDIO DOS DIREITOS E A PRODUTIVIDADE

Com a galopante perda de direitos fundamentais à liberdade e à vida saudável, os seres humanos estão em vias de perderem os valores mais sagrados da existência humana: privacidade, vida familiar, harmonia social, direito a decidir segundo as suas convicções, direito à saúde, direito a consumir produtos saudáveis. E quem está a usurpar todos esses direitos? São as multinacionais e as grandes empresas que, espalhando os seus tentáculos por todos os locais onde podem assaltar os cidadãos, estrangulam a economia regional em prol da economia global, desarticulando o mercado de trabalho. À custa do desemprego e do flagelo da miséria que se instala na sociedade, a prática dessas empresas é a busca do lucro a qualquer preço, mesmo que seja atentar contra os mais elementares direitos dos cidadãos: o direito à vida com um mínimo de dignidade. É uma autêntica falácia espalhar a ideia de que facilitando os despedimentos se fomenta o emprego! Então não contam com o fomento da produtividade? Esse argumento falacioso serve apenas as empresas fantasma que vivem à custa do erário público ou que pertencem ao grupo parasitário das subsídio-dependentes, sem perspectivas de futuro. As empresas a sério procuram estabilidade, o bem-estar dos seus colaboradores e produzir com qualidade para serem rentáveis.
É estranho como os quadros mais inteligentes e estrategas da sociologia não ousam entender o fenómeno da falta de produtividade! Está devidamente provado (pelos psicólogos, sociólogos e psiquiatras) que a instabilidade no trabalho é o maior inimigo da produtividade; a generalidade dos trabalhadores bem compensados e com ligações à empresa com perspectivas de futuro rendem mais cerca de 40% do que os que vivem situações de trabalho precário e com futuro incerto; a precariedade, além do nefasto retrocesso no desempenho, provoca sérios problemas de saúde mental – segundo um estudo da Universidade Nacional Australiana. Nos anos 90, fiz parte da gestão de pessoal em três grandes obras na Alemanha, onde dirigi cerca de 430 trabalhadores (alemães e portugueses); depois de uma pequena reestruturação nas equipas de trabalho e um acerto de salários na ordem de 3%, melhoria das instalações de habitação e transportes da empresa, nos meses seguintes tivemos um aumento de produção na ordem de 20%.
O sucesso das empresas está no aproveitamento racional e humano do potencial dos seus trabalhadores; enquanto os empresários portugueses não entenderem que o seu capital principal está no desempenho dos trabalhadores, jamais conseguirão sair do marasmo e da dependência subsidiária.
Depois temos aquele tipo de empresas multinacionais que se instalaram em Portugal no tempo da mão-de-obra barata; as deslocalizações das fábricas para países onde impera o trabalho sem regras nem direitos está a provocar uma onde de choque nas economias com efeitos catastróficos na vida das populações mais pobres – ainda há muitos governos ditos democráticos a fechar os olhos a esse fenómeno de escravatura moderna. O problema é tão grave e dramático que nem os governos socialmente mais democráticos conseguem travar o nefasto efeito destruidor das bases da democracia numa sociedade justa e socialmente estável.
Sabendo-se que os bens naturais não pertencem às multinacionais, que vivem na ganância do roubo e da pirataria, as pessoas não podem continuar a ser espoliadas sem que haja consequências. Com o agudizar das injustiças sociais, as convulsões serão cada vez mais graves e os efeitos irreparáveis. Depois da actual competição social, onde os valores básicos do convívio humano estão a ser destruídos, só poderemos esperar o agravamento das condições de vida em comunidade até à chegada da barbárie global.
NOTA: palavra corrigida (instabilidade) no 2º parágrafo.

Joaquim Coelho
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ABUSOS de PODER

Há decisões políticas que são absurdos abusos de poder... mesmo festejando o Natal da família, devemos protestar.

HAJA RESPEITO
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A decisão dos governantes em cobrar mais portagens nas vias fundamentais para ligações com o interior do país, a redução de locais de atendimento de casos urgentes de saúde, bem como a decisão de fecharem mais umas centenas de escolas, sem que tenham criado condições de dialogo e de mudança no respeito dos interesses das populações atingidas, é mais uma afronta aos cidadãos que tentam levar a vida respeitando as regras do equilíbrio entre os deveres e os direitos consignados na Constituição. As decisões avulsas quanto à educação, saúde e justiça, de tão disparatadas e desconexas, são um factor de grave perturbação na vida dos portugueses. Os decisores e os fazedores de leis são um constante factor de instabilidade, por estarem tão longe da realidade da sociedade que humilham com normas e leis sem qualquer nexo de funcionalidade.
É nesta atmosfera de preocupação que se movimentam algumas resistências que, ancoradas na razão ética e na decência, reforçam a ideia da indignação e dos protestos que estão a ganhar força numa dinâmica irresistível que pode conduzir alguns mais corajosos para a acção directa contra os poderes da arrogância instalada nos gabinetes ministeriais. Nunca como nestes tempos se mexeu tanto com a vida das pessoas. São os constantes cortes nos direitos consignados em acordos e tratados devidamente legais, fazendo tábua rasa das expectativas criadas no âmbito da reforma e da saúde. São os atropelos às leis do trabalho, fazendo dos desempregados uma brigada de coitadinhos à míngua do trabalho escravo. A verdade é que a indiferença e a falta de equidade dos decisores perante os que discordam começa a ser odiosa e pode levar à desobediência civil generalizada. Estamos à mercê dos gangs da ladroagem instituída na administração pública; independentemente da justeza ou abuso de autoridade contra os cidadãos, a imposição do pagamento nas SCUTs é mais um caso de flagrante desorganização encapotada para sacar mais uns milhares de euros aos utentes dessas vias, nenhum dos organismos com competência para “vender” os ditos “chips” ou “via verde” tiveram o cuidado de providenciar condições para satisfazer todos os pedidos em tempo útil; vai daí, para quem tem de percorrer um ou dois quilómetros com controlo a pagar, além do custo inerente ao percurso paga mais a “despesa administrativa” só porque o utente não tem o tal “chip”, o qual já o pediu há mais de dois meses. Acontece que em determinados casos, o custo administrativo é cerca de 60% do custo total da passagem no controlo, em muitos milhares de casos os concessionários engordam.
Não são só as SCUTs portajadas, nem as escolas e centros de saúde que fecham, nem os dinheiros do QREN que se evaporam, nem os grandes eventos despesistas; são muitos os sinais de evidente descriminação e abuso que os poderes públicos lideram na sociedade portuguesa, tendencialmente humilhantes para a pacatez da vida dos cidadãos que pagam os seus impostos.
Joaquim Coelho
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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A CRISE e o Monstro Invisível

Eu não acredito em bruxas, mas...

O CIRCULO DIABÓLICO

Quando paramos umas horas para observar o que se passa com esse “monstro invisível” dos mercados ficamos baralhados com as embrulhadas causadas pelas “bolsas financeiras”. Se reflectirmos calmamente, percebemos os contornos da engrenagem que está montada à volta desses “mercados” e que tipo de gente negoceia, controla, especula, ganha rios de dinheiro e vive nas catacumbas da criminalidade.
Começando pelas empresas “cotadas na bolsa”: há empresas cuja produção de bens transaccionáveis dão lucro e mantêm uma situação financeira e de património estabilizada; o mal está na grande maioria das empresas tecnicamente falidas, sem grande património e geridas por mafiosos aliados aos especuladores profissionais; piores do que estas são as empresas com sedes em “ofshores”, sem qualquer espécie de controlo sobre os seus bens ou património que, além de permitirem o encobrimento de negócios fraudulentos, servem de plataforma para a lavagem de dinheiro das organizações de droga, contrabando de armamento e exploração de pessoas.
Depois, temos os bancos com sede nos “paraísos fiscais” ou “ofshores” para onde são transferidos os ganhos fraudulentos dos tais negócios e lucros especulativos com as transacções nas “bolsas”. E como é que jogam estes mercenários do mundo financeiro? Existem diversos “lóbis” organizados com “gestores” dentro das “bolsas”; quando pretendem sacar lucros numa determinada empresa, lançam uma onda de choque especulativo de modo a baixar drasticamente o preço das respectivas acções; dão ordem de compra aos seus “gestores” e adquirem grandes quantidades de acções; entretanto, os mesmos especuladores fazem subir artificialmente os lucros de outras empresas, colocando à venda as suas acções e usufruindo desses lucros; voltam a fazer o mesmo com as empresas onde tempos antes adquiriram a baixo preço títulos e acções, que colocam à venda e voltam a ganhar fabulosas quantias. Assim, continuam nos “mercados” especulando e ganhando sempre até ao dia em que percebem que as ditas empresas não têm mais condições para “espremer”, porque tecnicamente estão falidas ou à porta da insolvência. Aí rebenta a “bolha” e os mercados financeiros deixam um rasto de pobres investidores na ruína, porque jogaram o pouco dinheiro nos bancos que geriam as suas poupanças e perderam tudo! Quem ficou com o dinheiro foram os tubarões dos negócios fraudulentos das engenharias financeiras, os quais retiram para as catacumbas onde vivem bem com o “monstro invisível” dos mercados financeiros.
Após assentar a poeira resultante do terramoto que abala toda a economia mundial, esse “monstro invisível” volta a atacar as economias mais frágeis e exigem juros altíssimos para “ajudar” a recuperar da crise! Percebemos que a razão da exigência de juros altos permite-lhes sacar mais uns milhões à conta dos pobres e assegurarem o dinheiro que emprestaram, sabendo que não está garantido o reembolso total.
Então quem é que contribui para toda esta engrenagem especulativa? Comecemos pelos gestores das grandes empresas cotadas em “bolsa”: assessorados por especialistas na fuga ao fisco e na especulação económica, elaboram relatórios de contas com demonstração de “lucros” mentirosos, recebendo chorudas percentagens sobre esses “falsos” lucros e alimentando a especulação dos mais poderosos accionistas em bolsa. A seguir temos os lobistas e informadores infiltrados nas “bolsas”, ao serviço dos especuladores, para divulgarem falsas notícias sobre negócios, fusões ou aquisições, factores que mexem com os preços das acções e títulos das empresas onde pretendem investir ou desinvestir. Ora aí temos algumas das razões da crise! O dinheiro não se evaporou, está bem guardado à espera de melhores negócios.
Agora, perguntamos nós, porque é que os governantes não acabam com os “ofshores” ou “paraísos fiscais”? Porque é que não levam à justiça todos os especuladores e informadores que manobram fraudulentamente os mercados financeiros e a gestão das empresas? Porque é que os governos mantêm a confiança nos gestores que determinam as suas próprias mordomias e remunerações escandalosamente altas? Os gangs de ladrões sabem encobrir-se mutuamente, em caso de perigo para a sua comunidade de interesses. Só que as coisas estão a ficar complicadas, porque o poderio de alguns desses gangs ultrapassa o poder dos Estados, até ao dia em que os pobres e humilhados se revoltarem.
Joaquim Coelho

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