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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

A paranoia das Pandemias

Amigos que estais confinados
Não abuseis dos petiscos a jeito,
Cudai dos corpos aprumados
Para evitardes qualquer defeito.

A pandemia põe tudo em confusão
E deixa os doentes ao abandono...
Há muitos atirados para o caixão
Por causa da cegueira do patrono.



Por acaso, alguém percebeu porque é que este senhor ex.secretário de Estado da Saúde de 2009 a 2011, passados 8 anos, foi escolhido para presidente da Associação dos Portuguesa dos Hospitais Privados? Já se deram conta da propaganda que vai fazendo para liquidar o Serviço Nacional de Saúde, cujos orçamentos passarão a sustentar os privados? Eu tenho acesso a todos eles, mas a grande maioria dos portugueses ficarão simplesmente sem assistência na doença, caso não tenham um seguro de saúde (que não garante tudo) ou não pertença a Serviços de Saúde como a ADSE ou das forças de segurança e militares.

«A hospitalização privada tem revelado um crescimento sólido e justifica-se quer pelo contributo efetivo e diferenciador em termos de sistema de saúde, quer pelo importante papel que desempenha como motor da atividade económica. Terá pela frente desafios de diversas naturezas, mas a reconhecida excelência na prestação de cuidados, a flexibilidade de gestão, a capacidade e vontade de investir e a liberdade de escolha que concede ao cidadão permitem lhe encarar o futuro de forma sustentável e ser considerada, quer um parceiro efetivo do SNS, quer um pilar do Sistema de Saúde Português», afirma Óscar Gaspar, presidente da APHP.




 


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A CRISE DOS VALORES


Mesmo festejando o NATAL, festa da família, devemos procurar entender para agir e evitar o colapso!

O SUICÍDIO DOS DIREITOS E A PRODUTIVIDADE

Com a galopante perda de direitos fundamentais à liberdade e à vida saudável, os seres humanos estão em vias de perderem os valores mais sagrados da existência humana: privacidade, vida familiar, harmonia social, direito a decidir segundo as suas convicções, direito à saúde, direito a consumir produtos saudáveis. E quem está a usurpar todos esses direitos? São as multinacionais e as grandes empresas que, espalhando os seus tentáculos por todos os locais onde podem assaltar os cidadãos, estrangulam a economia regional em prol da economia global, desarticulando o mercado de trabalho. À custa do desemprego e do flagelo da miséria que se instala na sociedade, a prática dessas empresas é a busca do lucro a qualquer preço, mesmo que seja atentar contra os mais elementares direitos dos cidadãos: o direito à vida com um mínimo de dignidade. É uma autêntica falácia espalhar a ideia de que facilitando os despedimentos se fomenta o emprego! Então não contam com o fomento da produtividade? Esse argumento falacioso serve apenas as empresas fantasma que vivem à custa do erário público ou que pertencem ao grupo parasitário das subsídio-dependentes, sem perspectivas de futuro. As empresas a sério procuram estabilidade, o bem-estar dos seus colaboradores e produzir com qualidade para serem rentáveis.
É estranho como os quadros mais inteligentes e estrategas da sociologia não ousam entender o fenómeno da falta de produtividade! Está devidamente provado (pelos psicólogos, sociólogos e psiquiatras) que a instabilidade no trabalho é o maior inimigo da produtividade; a generalidade dos trabalhadores bem compensados e com ligações à empresa com perspectivas de futuro rendem mais cerca de 40% do que os que vivem situações de trabalho precário e com futuro incerto; a precariedade, além do nefasto retrocesso no desempenho, provoca sérios problemas de saúde mental – segundo um estudo da Universidade Nacional Australiana. Nos anos 90, fiz parte da gestão de pessoal em três grandes obras na Alemanha, onde dirigi cerca de 430 trabalhadores (alemães e portugueses); depois de uma pequena reestruturação nas equipas de trabalho e um acerto de salários na ordem de 3%, melhoria das instalações de habitação e transportes da empresa, nos meses seguintes tivemos um aumento de produção na ordem de 20%.
O sucesso das empresas está no aproveitamento racional e humano do potencial dos seus trabalhadores; enquanto os empresários portugueses não entenderem que o seu capital principal está no desempenho dos trabalhadores, jamais conseguirão sair do marasmo e da dependência subsidiária.
Depois temos aquele tipo de empresas multinacionais que se instalaram em Portugal no tempo da mão-de-obra barata; as deslocalizações das fábricas para países onde impera o trabalho sem regras nem direitos está a provocar uma onde de choque nas economias com efeitos catastróficos na vida das populações mais pobres – ainda há muitos governos ditos democráticos a fechar os olhos a esse fenómeno de escravatura moderna. O problema é tão grave e dramático que nem os governos socialmente mais democráticos conseguem travar o nefasto efeito destruidor das bases da democracia numa sociedade justa e socialmente estável.
Sabendo-se que os bens naturais não pertencem às multinacionais, que vivem na ganância do roubo e da pirataria, as pessoas não podem continuar a ser espoliadas sem que haja consequências. Com o agudizar das injustiças sociais, as convulsões serão cada vez mais graves e os efeitos irreparáveis. Depois da actual competição social, onde os valores básicos do convívio humano estão a ser destruídos, só poderemos esperar o agravamento das condições de vida em comunidade até à chegada da barbárie global.
NOTA: palavra corrigida (instabilidade) no 2º parágrafo.

Joaquim Coelho
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