quarta-feira, 6 de abril de 2011

A ALIANÇA DA DESGRAÇA

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.Ora, cá temos os coveiros da nação... e outros que faltarão!


      VALORES DA NAÇÃO

Porque temos a nova profecia
deste país atolado na corrupção
onde se atropela a democracia
e os nobres valores da Nação.
Vamos acabar com a mordaça
e combater os políticos da gamela
até por fim ao governo de chalaça
que nos atrofia nesta viela
onde a pobreza é um fatalismo
e a miséria fruto do servilismo.

Parece um caos civilizado
onde só o povo é martirizado…
mas o tempo da mudança
vai acabar com as barreiras
e restaurar a universal confiança
neste mundo sem fronteiras.

Atolados nas dívidas a granel
para os “boys” encherem o farnel
os governantes perderam o tino…
mas a maralha em grosso desatino
há-de varrer a corja de ladrões
que nos roubam os últimos tostões.

Virá depois o conforto merecido
neste país belo e tão querido
onde cada um tenha o seu lugar
sem necessidade de mendigar;
toda a miséria vai ser enlatada
numa sociedade transformada.

   Joaquim Coelho




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sábado, 2 de abril de 2011

GASOLINAS - Estamos a ser enganados

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Um Vídeo bem conseguido, ajuda a perceber como nos enganam!

LINK:       http://imgs.sapo.pt/sapovideo/swf/flvplayer-sapo.swf?v7&file=http://rd3.videos.sapo.pt/flHWZvffDzTEl0ic2Jdz/mov/1

O negócio das gasoleiras continua a prosperar
e os viajantes continuam a pagar! 

O descaramento é tal
que incomoda qualquer mortal.

Joaquim Coelho



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segunda-feira, 21 de março de 2011

Guerras Ultramarinas - Opiniões

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GUERRAS ULTRAMARINAS - Opiniões

A questão das guerras ultramarinas tem merecido uma avalanche de opiniões e comentários cujos autores mais parecem mixordeiros a atirar lama para cima das muitas centenas de milhares de combatentes que cumpriram, o melhor que puderam e souberam, os seus deveres patrióticos. Alguns dos comentadores e contadores  de estórias chegam a resvalar para o ridículo das narrativas abstractas conjecturando cenários jamais imaginados. O que lemos e ouvimos são incongruências desfasadas da realidade que muitos viveram naquele tempo. Custa-me acreditar que os homens, com graves responsabilidades nas acções brutais de repressão e chacina aquando dos acontecimentos da revolta na Baixa do Cassange, tenham a veleidade de vir para a praça pública tentar justificar os excessos cometidos pelos seus comandados. Seria mais razoável que essa gente se recolhesse no silêncio, resguardando no esquecimento os seus actos selvagens.


Ao longo dos tempos, muitos dos intervenientes nas primeiras operações de guerra (caçadores especiais, polícias, pára-quedistas, especialistas da Força Aérea) que comigo conviveram ou convivem, manifestam cautela e incomodam-se quando vem à tona alguma referência a esse período negro do tempo das operações militares em Angola.
Os crimes cometidos contra as populações trabalhadoras, que as autoridades desprezaram em favor dos exploradores da Cotonang (empresa de capitais maioritariamente belgas), são monstruosos e irreparáveis. A administração portuguesa determinou o aniquilamento de muitos milhares de agricultores que a Cotonang escravizava. Para isso, usou as armas da polícia e dos militares mal preparados para acções de policiamento, enquanto a Força Aérea bombardeou e arrasou aldeias inteiras. Os mais conscientes tentaram conter a brutalidade das acções repressivas, mas cedo perceberam a sua incapacidade para suster a máquina destrutiva.
Na tentativa de silenciar aqueles que pudessem testemunhar para o mundo tamanha chacina, as autoridades nomearam “grupos especiais” para fazer buscas de casa em casa e “caçar” os presumíveis “cabecilhas” dos revoltosos. Numa dessas vergonhosas missões de “assassinatos” selectivos, o próprio comandante do grupo recusou estar presente no acto de fuzilamento sumário. Ainda hoje, alguns dos intervenientes numa acção de fuzilamento, levada a cabo na Gabela, não entendem como foi possível a tropa portuguesa, que se presume civilizada, chegar ao ponto de praticar actos de tamanha crueldade.




Depois, veja-se o que fizeram as autoridades policiais e militares, bem como os colonos brancos nos muceques de Luanda, a partir do dia dos funerais dos sete polícias vítimas dos assaltos na noite de 4 de Fevereiro de 1961 – foi uma autêntica caça ao “bandido” com muitos milhares de sevícias e assassinatos. Os ódios foram atiçados e a resposta selvagem não tardou. Dizer que o Salazar estava avisado da preparação das atrocidades contra os brancos e negros bailundos era pura fantasia. O que se passou teve tamanha dimensão e foi tão macabro que ninguém imaginou tal hecatombe. Não venham, agora, os adivinhas do costume tentar justificar o que quer que seja. Meus caros, não há desculpas para tanta crueldade e chacinas a sangue frio, como aconteceu na Baixa do Cassange, nos últimos meses de 1960, nos muceques de Luanda, em Fevereiro e no norte de Angola, a partir da noite de 15 de Março de 1961.


Dos exemplos de incongruências, temos os actos de “bravura” do alferes Fernando Robles, da 6ª companhia de Caçadores Especiais, que não são mais do que desmandos por lhe ter sido dada liberdade para matar indiscriminadamente as populações indígenas. A loucura foi tal que o levou a descorar as regras elementares de precaução e deixou que o inimigo causasse dezenas de baixas entre os seus homens, quando progredia em zona infestada de bakongos instrumentalizados para estripar e esquartejar seres humanos. Provavelmente, a sua experiência na Baixa do Cassange, contra populações desarmadas, o tenha deslumbrado ao ponto de tamanha leviandade. A crueldade não justificou as chacinas nem os ódios que se tornaram intoleráveis. As consequências foram dramáticas, mas ninguém poderia saber o que esperava as populações das roças do café e das povoações das terras do norte de Angola. A ideia de que Salazar poderia saber dos planos para o massacre de 15 de Março de 1961 só pode ser falaciosa e mostra quanto de ignorância anda na cabeça de muitos escribas que pretendem deformar a história. 
Tenhamos respeito pelos mortos e estropiados, bem como pelos desenraizados que o ambiente de guerra mutilou no corpo e na alma. O sofrimento e as angústias dos soldados e dos familiares deve merecer a mais alta estima da nação. Deixemos que a história faça o seu percurso serenamente e acreditemos que ainda há escribas honestos e livres para fazer o seu trabalho com competência.

Joaquim Coelho – combatente, em Angola por convicção, e em Moçambique, por imposição.


Capitão Mendonça da 6ª CCaçEspeciais
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domingo, 20 de março de 2011

Guerras Ultramarinas - 50 anos


MEMÓRIAS DA GUERRA ULTRAMARINA – 50 ANOS
A tragédia que anunciou o fim do Império ultramarino chegou em 4 de Fevereiro de 1961 a Luanda. A Casa de Reclusão Militar, a Cadeia de São Paulo e a 4ª Esquadra da PSP, foram atacadas por grupos de insurrectos que as assaltaram. A refrega sangrenta deu sete polícias e algumas dezenas de bandoleiros mortos. Foi uma madrugada de raiva que se anunciava por causa dos conflitos laborais com os trabalhadores
produtores de algodão na Baixa do Cassange. A agitação na cidade de Luanda era perceptível desde que as autoridades portuguesas começaram a prender os cabecilhas da revolta contra a empresa Cotonang, que quis obrigar os agricultores a cultivar o algodão a preços mais reduzidos. O sossego em Luanda terminou abruptamente. No dia do funeral dos polícias, e nos dias que se seguiram, a população branca avançou contra as populações dos muceques e abateu centenas de negros. Foi o atiçar do ódio que se veio a espalhar pelas terras do norte de Angola, a partir do dia 15 de Março de 1961. Este dia ficará na memória de muitas famílias de colonos como o mais trágico acontecimento no norte de Angola. As atrocidades foram tão violentas e dramáticas que ninguém podia ficar indiferente à quantidade de vítimas, entre as quais, muitas mulheres e crianças esventradas.  
Os primeiros militares intervenientes, que resistiram ao tempo, têm gravado na memória os dramáticos acontecimentos ocorridos durante as missões que os levaram até aos confins daquele vasto território. As picadas cortadas com abatises ou valas profundas demoravam muitos dias a percorrer; o inimigo astuto, escondido entre o capim, aproveitava para atacar nos locais mais complicados para a defesa; as chuvas provocavam lamaçais de difícil progressão; o apoio aéreo, muito escasso, era um factor de preocupação permanente no socorro e evacuação aos feridos. Estes eram os principais obstáculos que os bravos soldados portugueses tiveram de enfrentar, até se conseguir estabilizar a ocupação das localidades vandalizadas, o que demorou cerca de cinco meses.
Nos primeiros tempos da guerra, os combatentes dos reduzidos efectivos militares tiveram que se esforçar até aos limites das suas capacidades humanas para socorrer as populações isoladas nos locais mais desprotegidos das povoações da região afectada pelos bandoleiros. Depois das atrocidades dos primeiros dias, os que escaparam, fugiram para outros locais na busca de protecção; muitas das vezes, acabaram por cair nas mãos dos sanguinários da UPA (União das Populações de Angola), que os mutilaram, deceparam e mataram.
As tropas mais activas e bem preparadas estavam a braços na contenção da revolta dos camponeses do Cassange e nas buscas aos muceques de Luanda. As companhias de Caçadores Especiais avançaram na reconquista das picadas e povoações dos Dembos, tendo sido a 6ª companhia que mais se notabilizou a dizimar tudo que era preto, com o Alferes Fernando Robles a destacar-se na guerra do “olho por olho, dente por dente”; a sua acção na reconquista do terreno da UPA ficou marcada por numerosas baixas entre mortos e feridos. A 5ª companhia andou a bater a zona do Caxito e Úcua, com recurso ao sistema da psico-social para acolhimento das populações, mas bastante repressivo para com os negros acusados de serem infiltrados da UPA.


Para socorrer os colonos e populações atacadas pelos bandoleiros, destacaram-se os grupos de Pára-quedistas organizados em secções, com especial relevo para a defesa das povoações de 31 de Janeiro, Damba, Maquela do Zombo, Sacandica, Quibocolo, Bungo, Songo, Mucaba, Lucunga e outras onde foram necessárias acções rápidas e eficazes. Destacaram-se alguns elementos mais ousados, entre eles, o Alferes Mota da Costa, os Tenentes Veríssimo e Mansilha, o sargento Santiago, os soldados Eugénio Dias e Pimentel. No decorrer das primeiras missões, morreram em combate o Alferes Mota da Costa, o soldado Domingos e o cabo Almeida Cunha (este por não se ter aberto o pára-quedas ao saltar sobre a serra da Canda).
Para avançar com mais força para a reconquista das terras tomadas pela UPA, foram mobilizados os Batalhões de Caçadores 96 e 114 e o Esquadrão de Cavalaria 149, para a reconquista de Nambuangongo (santuário das forças da UPA), com o custo de várias dezenas de mortos e centenas de feridos. A Força Aérea foi conquistando os céus do norte de Angola à medida que foram sendo activadas pistas nas povoações; as condições logísticas e materiais permitiram apoiar os Pára-quedistas nas grandes operações de reconquista de Quipedro, Serra da Canda, Sacandica e Inga, locais de difícil acesso por terra.






Ainda no tempo da reconquista e ocupação de posições no terreno, o Manuel Joaquim da Rocha Bastos, pertencente à Companhia de Caçadores 168 do BCaç159, relatou duas situações bem complicadas no “baptismo de guerra”:
- “Quando a companhia seguia de Catete para a fazenda Maria Teresa, sofremos uma forte emboscada, com tiros vindos do meio do capim; o combate foi prolongado e a reacção obrigou à retirada do inimigo, mas atingiu um companheiro que não resistiu e morreu. O comandante da força entendeu que os bandoleiros não deviam ficar sem resposta adequada e pediu reforços ao Batalhão; com mais um pelotão, desencadeou uma batida por toda a zona e durante dois dias limpámos tudo que nos parecesse bandido. Mais tarde, instalados em Quipedro, não nos deram sossego durante quatro meses, havia semanas em que os ataques eram diários, o que nem permitia a aproximação e aterragem das avionetas para reabastecer ou levar o correio. Tivemos alguns confrontos directos com os bandoleiros, pois chegaram ao ponto de nos desafiar para fora do arame farpado e na zona onde aterravam os aviões.”




A guerra durou treze longos e dolorosos anos, por ela passaram mais de um milhão de combatentes, que deram o seu melhor ao serviço duma causa que pouco lhes dizia. Serviram a Pátria que juraram defender, independentemente de ideologias ou de sofismas. Dos cerca de 10.000 mortos, mais de 1.700 ficaram lá abandonados em cemitérios espalhados pelos mais distantes locais. A guerra deixou mais de 30.000 deficientes; muitos outros regressaram com graves sequelas no corpo e na alma, com as quais vivem os dramas dos traumas e das doenças que lhes tolhem a vida. Mas a grande maioria desses homens souberam manter intacta a dignidade dos bons portugueses, mesmo quando os governantes os desprezam e ostracizam. Foram estes oitocentos mil que, sem qualquer apoio ou reconhecimento pelo serviço prestado à Pátria, se instalaram nas mais diversas actividades produtivas, investindo os seus conhecimentos e dinheiros ao serviço de Portugal. Foi tal o desprezo e a humilhação manifestada pelos poderes públicos que alguns milhares acabaram por seguir o rumo da emigração. A persistência das Associações de Combatentes permitiu que o Estado começasse a prestar alguma ajuda aos antigos combatentes mais necessitados; especialmente a Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra tem prestado valioso apoio médico e logístico, além dos projectos que estão em curso para construção de estruturas capazes de alojar os que vivem mais isolados e carenciados; é um trabalho meritório que devemos apoiar com brio e convicção, mas estaremos atentos aos protagonistas indesejáveis.


Como disse há algum tempo, num debate público sobre a aferição dos valores que equilibram uma sociedade racional, mantenho a opinião de que a questão dos heróis sempre incomodou os cobardes e os acomodados. Seja no combate para defesa da Pátria, seja no combate aos fogos ou nas missões de salvamento das populações atingidas por flagelos e tempestades. A questão é mais pertinente quando ouvimos dizer e lemos comentários a tentar distorcer esses valores, referindo que os que desertaram foram mais corajosos do que os que foram para a guerra; que os cobardes são aqueles que aceitaram ir combater nas terras ultramarinas. Os valores da solidariedade, da colaboração, da defesa dos princípios democráticos e da paz não dependem de ideologias ou de regimes políticos; aceitam-se, defendem-se e praticam-se. Não há meias tintas; ou se é bom cidadão ou não. Os marginais, os parasitas, os cobardes e os traidores são nocivos à sociedade; uns porque são criminosos, outros são acomodados; é preciso reagir, ser solidário e produtivo. São esses arautos do laxismo e do facilitismo que degradam os valores que devem balizar a aquisição dos conhecimentos necessários ao desempenho com competência, saber e respeito. 
Sabemos que já lá vão 50 anos e o assunto das guerras ultramarinas não é tema recorrente nas escolas; o que é vergonhoso para a história de um país que deixou centenas de pessoas desenraizadas ou traumatizadas para o resto das suas vidas. Todos devem merecer respeito pelos anos passados em situações de perigo, sofrimento e privações de toda a ordem; uns aguentaram e foram valentes, outros fraquejaram e continuam a sofrer. Ainda somos muitos com direito de voto democrático, saberemos usá-lo com sentido do dever cumprido.

Joaquim Coelho - combatentes em Angola, por convicção; em Moçambique,
por imposição. 
(Publicado na revista "O Veterano de Guerra" da APVG)





Por coincider com as minhas opiniões, faço vénia ao autor e deixo o seguinte Texto:

Lamentável é a ingratidão

Público 2011-03-17, por Pedro Lomba

A guerra colonial começou há 50 anos. Não é do meu tempo. Só não tem o significado da guerra do Peloponeso, porque, digamos, foi uma guerra que envolveu Portugal, e Portugal sempre é o país onde nascemos. É difícil falar dela sem ceder às brigadas do politicamente correcto. Não foi o caso do Presidente da República, que, numa cerimónia de homenagem aos antigos combatentes, invocou o exemplo da "coragem" e do "desprendimento com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar".
Isto, que em qualquer democracia digna não mereceria mais do que uma nota de pé de página, no nosso Portugalinho ainda não se pode dizer. O policiamento a que somos invariavelmente sujeitos deprime. A terreiro tinha logo de vir o Danton do burgo, Francisco Louçã, criticar Cavaco por "reescrever a História" e "distinguir a intervenção militar". E acrescentou a seguir o líder do Bloco de Esquerda: "Cavaco Silva está em guerra com o passado. Só assim se compreende comparar as "Forças Armadas de hoje com as da ditadura e do colonialismo."
Nunca me ocorreu fazer o mais leve reparo sobre aqueles que, tendo sido forçados pelo regime a combater uma guerra de que discordavam frontalmente, resolveram desertar, fugir ou exilar-se. (Recordo que essa infâmia foi arremessada contra Manuel Alegre nas últimas presidenciais.) Não é só por falta de legitimidade histórica ou política. Por uma questão básica de respeito: eles tinham convicções e se há exercício que testa genuinamente a consciência liberal de uma pessoa é esse. Nenhum Estado, nem mesmo numa democracia quanto mais numa ditadura, pode dispor em absoluto das convicções de consciência de uma pessoa. E não preciso dizer que muitos são credores do nosso agradecimento: lutaram por uma democracia que, apesar de ter chegado a este estado doentio, será sempre superior às alternativas.
Pelas mesmas razões, tenhamos a coragem de "vestir a pele" dos muitos portugueses nascidos na década de 30-40 que tomaram a decisão precisamente contrária. Melhor, que não tomaram qualquer decisão, porque encararam a participação na guerra como um facto inevitável. Foram muitos. Entenderam que o seu dever era estar ali. Fizeram-no pagando um preço pessoal elevado. Para a maioria, presumo, não era Salazar nem Caetano. Eram eles próprios, era o sentido do dever, da dignidade e da sobrevivência. Muitos eram milicianos, não eram bem-nascidos nas burguesias de Lisboa como o próprio Louçã e outros, não tinham tempo para pensar em política. E o que tem Louçã para dizer a esses portugueses: que estavam enganados, que todo aquele empenho, coragem e honra não merecem nenhum respeito, reverência ou admiração. Que eles não são, nem podem ser exemplo para ninguém. É isto que a cabeça totalitária de Francisco Louçã tem para lhes dizer.
Pois, como outros dizem, não apaguem a memória. Os antigos combatente são mesmo um exemplo. E isto, repito, não é reescrever a História. A História está escrita. Tem sido escrita. Não pode é ser a História contada pelos que dela se apropriaram.
Se Louçã percebesse, já não digo valorizasse, um mínimo da ética militar, um mínimo da continuidade de valores que deve animar um país, não diria que existiam umas Forças Armadas da "ditadura e do colonialismo" e outras da democracia. Existia um regime da ditadura, tal como existe outro regime da democracia. Sim, não são iguais. Mas o dever militar, que, entre outras coisas, requer obediência e prontidão, esse tem de ser o mesmo. A culpa e a responsabilidade pertencem aos políticos. Os portugueses impreparados que irresponsavelmente partiram para a Flandres em 1918 sabiam disso.
Louçã e companhia, na sua falta de gratidão e respeito pelo passado, gostariam de esconder os antigos combatentes, fechá-los num armário para que eles não apareçam, porque são a memória de um tempo iníquo. E dizem-se eles democratas e liberais. Não vejo onde.
Jurista

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quinta-feira, 3 de março de 2011

Sinais da Borrasca



FUTURO SEM ESPERANÇA

O mais deplorável da sociedade moderna é que um bando de parasitas possua avultadas riquezas e viva do supérfluo luxo desmesurado, enquanto uma multidão de famintos vive na mais miserável pobreza sem qualquer esperança de futuro. Qual é a moral dos que gozam os privilégios sem se perturbarem com a supressão brutal dos direitos humanos mais elementares como a alimentação. A revolta dos espezinhados e o grito dos famintos será o rastilho a incendiar o mundo dito civilizado. Os custos para suster a insegurança dos acomodados serão tão elevados que nenhum estado ou grupo de estados ficará imune à revolução e à desgraça que se avizinha.
Imagine-se o que será o mundo daqui a uma dezena de anos, quando os estudantes universitários de hoje chegarem ao poder, depois de passarem pelas prateleiras dos partidos da governação, enquanto outros, que não encontram trabalho para ganharem o seu sustento, já traumatizados, protestarem contra a ditadura da alienação colectiva. O que se passa com os actuais sistemas da governação, cheia de vícios e promiscuidade, não é mais do que um metódico processo de alienação dos desempregados sem esperança.
Um dia, os deserdados da sorte perdem a paciência e entram em ebulição, ao ponto de massacrarem os carrascos que os torturam até à demência.

Joaquim Coelho



Um senhor com razão, merece divulgação.


Data: 2 de Janeiro de 2011 17:07
Assunto: A esperança desesperada
 
 Baptista Bastos

Todos nós estamos em perigo.
Poucos serão indiferentes à situação em que o País se encontra. Mas que os há, há.
São aqueles que, de uma forma ou de outra, contribuíram para esta tragédia. Não é preciso nomeá-los: todos nós sabemos quem são. E o que me parece mais desprezível é a firmeza com que ainda haja pessoas a defender um sistema não só doente económica e financeiramente mas, sobretudo, com graves enfermidades morais.

Chegamos ao fim de mais um ano e a esperança surge como desesperada.
Já ninguém duvida das convulsões sociais que se adivinham, e só mesmo
o primeiro-ministro é capaz de proferir afirmações tão absurdas como
aquelas que faz. Ele o diz que é difícil decapitá-lo politicamente. É
verdade. O homem possui uma tenacidade e uma obstinação invulgares.
Não quer dizer nada. Apenas que está ali de pedra e cal. Até ver.

As sondagens dão-no como morto-vivo. E as coisas vão de mal a pior.
Cavaco, que tem a simpatia dissimulada de quase toda Imprensa, o que
se tornou na vergonha do pensamento crítico, tem demonstrado, nos
debates televisivos, que não está à altura de coisa alguma. É um
medíocre enfatuado, que mal oculta a raiva que o assola quando
contrariado. E nada sabe de coisa alguma. Passos Coelho, inicialmente
um falador sem continência, parece mais prudente e equilibrado.
Aguarda, como um predador de tocaia, que a sua presa mais se estenda
ao comprido. Depois, fará o que muito bem entender.

Vem aí o novo ano e todas as indicações são de molde a deixar-nos
prostrados. O desejo improvável de Sá Carneiro - um Presidente, um
Governo, uma Maioria - está quase a tornar-se realidade. A ausência de
ideologia, a capitulação do PS de Sócrates, a desistência ética dos
"intelectuais" portugueses permitiu esta anomalia histórica. Todos
aqueles que, durante estes anos "socialistas" vão ser substituídos por
uma trupe arfante de ganância e poder, já têm empregos garantidos em
administrações de grandes empresas. Estou para ver para onde vai
Sócrates. O despudor da "alternância" sem "alternativa" transformou a
política portuguesa num modo de vida de um grupo que se protege e se
resguarda. Não me canso de o dizer.

Estamos a perder a configuração moral de nação. Os que vêm nada
trazem. Os que vão embora organizaram as suas vidinhas. Seria curial
que o "jornalismo de investigação" procurasse indagar sobre o
paradeiro profissional daqueles, do PS, do PSD e do CDS, que nos
últimos trinta e quatro anos têm sido governantes. Mas o "jornalismo
de investigação", que dá a ideia de possuir apenas um sentido e uma
direcção, não está interessado em desvendar essas minudências.

Sócrates preparou o caminho, por inércia e atroz incompetência, para a
Direita actuar de mãos livres. E o que a Direita tem dito, das suas
opções, desígnios e objectivos só pode turvar as mentes de beócios.
Mais: a Direita prepara-se para se instalar, durante muitos anos, na
cadeira do poder. As consequências sociais e políticas do que se
avizinha são imprevisíveis. O que não é imprevisível é a movimentação
que já se nota, os conluios que estão a estabelecer-se, as intrigas
que se urdem. O tal "jornalismo de investigação" talvez devesse
noticiar os almoços, os jantares, os encontros, que tornam supérfluos,
ou quase, os protestos de indignação dos que ainda se não dobraram.
Ainda os há. Mas perdem, lentamente, essa capacidade.

b.bastos@netcabo.pt
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O NOSSO AMBIENTE

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PROTEGER O AMBIENTE
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Não podemos ficar indiferentes perante a degradação sistemática dos prédios históricos das cidades, e temos que denunciar as obras mal executadas, especialmente as que roubam o erário público, a coberto de interesses que penalizam o desenvolvimento do país. A engrenagem burocrática continua dominada por pessoas incapazes e incompetentes bem acompanhados por outros espertos e escabrosos usurpadores dos direitos dos cidadãos contribuintes. Ninguém de bom senso poderá continuar indiferente perante tantos prejuízos, pelo que só denunciando as situações se poderão punir os responsáveis pela delapidação dos bens públicos.
Com tanto património do estado desaproveitado e em degradação, os governantes deveriam por em execução programas de recuperação em colaboração aberta e desburocratizada com a sociedade civil, especialmente com as colectividades associativas, muitas vezes necessitadas de um pequeno espaço para melhor desenvolver a sua actividade comunitária e produtiva.
Por outro lado, devemos manifestar repúdio pelos desperdícios e atentados ao ambiente, obrigando as empresas a aproveitar melhor os recursos existentes; pois é um dever patriótico e ajuda a fomentar a cultura e o respeito no meio das populações mais carenciadas. Se o Estado e as grandes empresas fornecedoras de energia, comunicação e bens de consumo respeitarem mais o ambiente e preservarem a natureza, será uma maneira prática de melhorar a formação cívica e intelectual dos portugueses, aumentar as suas capacidades básicas e diminuir focos de tensões sociais.
A natureza vai-nos avisando das agressões que lhe fazemos, sem atendermos à regeneração dos bens que delapidamos; o consumismo é fonte de perigosos desequilíbrios e as empresas que exploram os recursos naturais até à exaustão deixam atrás de si uma vergonhosa enxurrada de detritos e lixos tóxicos que nos envenenam o ambiente e degradam as terras de cultivo.

Na concorrência à produção de energia e acumulação de riqueza, essas empresas Ignoram a razão dos nossos desejos e esquecem os direitos dos cidadãos, entramos num delírio colectivo... de consumismo. Comportam-se como demónios na prática de horrorosas sacanices. Para muitos, nem os enredos da inveja rasteira os conforta ou diminui a maldição da turbulência da existência delirante. Nada é absoluto em cambiantes e do caos tudo recomeça esgotado, mesmo de improviso renasce a vida e a vertiginosa ironia do destino que o futuro nos vai ofertar.
Joaquim Coelho
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Clik no Link:

http://player.vimeo.com/video/15000542

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sábado, 22 de janeiro de 2011

O VOTO SECRETO


.. O MEU VOTO SECRETO

É propósito dos governantes
comungar os desejos de Deus
honrar os compromissos
para com os desprotegidos
satisfazer as necessidades
dos fracos e desfavorecidos
e premiar a nobreza do trabalho
dos cidadãos mais honestos.

Para valorizar o seu povo
fazem uma exemplar gestão
do património da Nação
ao serviço da comunidade
que os há-de eleger de novo
numa salutar democracia
que só nos dá felicidade
de viver melhor cada dia.

Para não falhar na educação
vão-se desenvolver as mentes
no trabalho mais profícuo
a gerar boas sementes
para bem da sociedade
onde o cidadão comum
possa viver de verdade.

A prevenção da saúde é o sinal
e a mais fiável garantia
de qualquer doença banal
ser curada com prontidão
dos que trabalham com galhardia
em solidária comunhão.

Serão punidos os abusos
da governação contra o povo
e em favor dos poderosos…
quando for votar de novo
contra a usura do costume
vou derrotar os mentirosos
que nos enterram no estrume
e protegem os gananciosos.

Joaquim Coelho


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O Desertor\Traidor de PORTUGAL
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...Manuel Alegre, durante a guerra do Ultramar e depois da sua fuga, era locutor da rádio Argel, onde se congratulava pela morte de soldados portugueses...
A voz da Argélia, emissores criados por desertores que, através de infiltrados nas forças armadas, denunciavam as n/operações.
Muitas das emboscadas que sofremos resultaram da traição desses “grandes filhos da p.ta“. Uma das vozes que se ouvia era a desse pulha, Pateta Alegre. Lembro-me que 48 horas após se ter instalado um posto de observação, um grupo de combate, um canhão, um radar no cimo do morro de Noqui, donde nós observávamos toda a movimentação de aproximadamente, 2.000 “turras” concentrados numa sanzala no outro lado da fronteira, ouviu-se a voz do Alegre a denunciar a nossa posição. Andámos a levar porrada na estrada entre S.Salvador e Nóqui durante mais de 4 meses. Numa das viagens sofremos 9 ataques. Tudo por causa desse desertor e traidor.
Paulo Chamorra
Manuel Alegre - um DESERTOR
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Muito obrigado pelo seu concordante comentário sobre a potencial candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República.
Teria preferido, a bem da nossa Nação, que o seu comentário fosse no sentido de me provar que estou errado, o que, lamentavelmente eu não vou ouvir de ninguém.
Sabe, o que mais me incomoda é que, com 2 filhos e 6 netos, olho para o meu "prazo de validade" a chegar ao fim e sei que vou morrer com a angústia de lhes deixar um País, uma Nação, governados por aquilo que já o nosso saudoso Rei D. Pedro V - infelizmente morto na flor da idade - descrevia, na sua correspondência para o seu tio Alberto, marido da Rainha Vitória de Inglaterra, como uma "canalhocracia".

E inquieta-me profundamente que, desse último quartel do século XIX até aos nossos dias, não só nada tenha mudado para melhor, como a imunda República que nos governa, cujo primeiro centenário que este ano os socialistas irão celebrar e que custará aos contribuintes DEZ MILHÕES DE EUROS tenha, pela sua prática política legitimado que possamos dizer, hoje, que não é mais uma canalhocracia que nos governa, mas sim (e salvo raras e honrosas excepções) uma "quadrilhocracia".

Na minha qualidade de cidadão em uniforme que dedicou à nossa Pátria os melhores anos de toda a sua vida, a troco de um prato de lentilhas, já vi quase de tudo e, como anteriormente afirmei, só me falta ver Manuel Alegre - um DESERTOR - eleito PRESIDENTE DA REPÚBLICA e, nessa qualidade e por inerência do cargo, como Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas.

Espero que os portugueses acordem antes que tal possa acontecer. Cordialmente,
Fernando Paula Vicente Maj-General da FAP

Caro MBC
Junto um texto do AJS que esclarece algumas das tuas dúvidas que - acho eu - o MA escamoteou naquela sessão e conseguiu enganar alguns dos presentes.
Eu também partilho da ideia que pode não ter sido "tecnicamente" desertor, mas foi garantidamente traidor, não somente em relação ao seu País, mas para com os seus concidadãos que lutavam com armas na mão - e alguns certamente morreram por culpa desse MA e seus apaniguados da Rádio Argel.
Mas há uma pergunta prévia: porque é que a PIDE o quis fora da guerra?
Porque houve muitos militantes do PC que foram para a guerra - como o MA - e até se portaram bem, havendo mesmo alguns com cruzes de guerra. E a PIDE, embora mantendo-os debaixo de olho, nunca os prendeu!
Eles cumpriam a sua parte da missão como militantes sintetisada na frase "quanto pior melhor" - querendo com isto dizer que quanto mais o regime se enredasse naquelas guerras, mais depressa cairia, como veio a acontecer.
Num aparte, direi que fala quem sabe pois, durante mais de dois anos (1970-1972), fui chefe da Secção de Contra-informação do QG/RMA e depois QG/CCFAA (quando as 2.ª e 3.ª REP foram transferidas para lá) e muitos processos dessa malta me passaram pela mão.
Outra pergunta é sobre as gravações dessas catilinárias da Rádio Argel.
Será que foram destruídas? Por quem? Se não foram, onde estão?
Gostava de saber e, se alguém puder informar-me, fico grato.
Outro aspecto é que o MA diz que morreu lá o seu melhor amigo - se calhar é o Sebastião de um dos seus livros. Mas esse não era amigo dele, era ele próprio, em termos literários, o seu alter ego.
E também nunca disse qual era a Unidade a que pertenceu, quem era o comandante de Companhia e/ou de Batalhão, que poderíamos confrontar com algumas das suas histórias.
Abraço Coronel Albero Ribeiro Soares

Um DESERTOR seja qual for a cultura ou civilização É E SERÁ SEMPRE UM DESERTOR!

HOUVE TEMPOS EM QUE ATÉ ERAM FUZILADOS!

Conheci um HOMEM, EUGÉNIO ROSA (e de cuja cor politica até nem partilho), que esse sim, tem dignidade para se poder aceitar uma candidatura à Presidência da República, mas, dele, pouco ou nada se ouve para além de uns escritos sobre as suas lutas pela igualdade. Este homem era contra a guerra no ultramar mas não fugiu. Recusou sempre as suas mobilizações, mas cumpriu o serviço militar como todos os outros da sua geração. Penalizado, mas cumpriu, NÃO DESERTOU!
Este HOMEM que lutou "no terreno" em prol das suas convicções, esteve ao serviço de Portugal e cumpriu 7 anos na Trafaria e mais 2 destacado em Cabo Verde, onde com ele privei.
POR ISSO, UMA POTENCIAL CANDIDATURA DE MANUEL ALEGRE (UM DESERTOR) Á PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA PORTUGUESA, INDIGNA-ME!
IBz

NÃO SEI A VOSSA COR POLITICA MAS NEM TEM QUALQUER INTERESSE PARA O CASO.
SOMOS PORTUGUESES E ESTAMOS PRONTOS PARA DEFENDER O NOSSO PAÍS JUNTOS OU NÃO ???????

SE A RESPOSTA FOR NÃO ENTÃO É PARTIR E ESQUECER QUE TEVE PAÍS ALGUMA VEZ, MAS ESQUECER MESMO !

SE FOR SIM ENTÃO CONTINUEM A LER. SE OS NOSSOS PAIS, PRIMOS, IRMÃOS, AMIGOS FOREM MANDADOS PARA UMA GUERRA NÃO TEMOS NÓS O DEVER DE NOS JUNTARMOS A ELES ???? QUE RAIO DE GENTE SERÍAMOS NÓS SE OS TIVÉSSEMOS ABANDONADO QUANDO CHEGOU A HORA, ESCOLHENDO PARA NÓS « MELHOR SORTE» ?????? NO MÍNIMO TÍNHAMOS QUE ESTAR DISPONÍVEIS PARA. COMO PODE UM DESERTOR, QUE RENUNCIOU A ESTES PRINCÍPIOS BÁSICOS
PRETENDER SER PRESIDENTE DO NOSSO PAÍS. MAIS GRAVE COMO PÔDE ALGUMA VEZ SER ADMITIDO COMO CANDIDATO.
ISTO ULTRAPASSA TUDO. ESPERO SINCERAMENTE QUE A MINHA INDIGNAÇÃO SEJA TAMBÉM VOSSA PARA COMEÇARMOS A TOMAR CONSCIÊNCIA DE QUE ALGO TEM DE SER FEITO PELO NOSSO PAÍS. REPASSA PELO TEU CÍRCULO.
ISTO NÃO PODE FICAR ASSIM . Carlos Frade
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No coments!
Estava há dias a falar com um amigo meu nova-iorquino que conhece bem Portugal.
Dizia-lhe eu à boa maneira do "coitadinho" português:
Sabes, nós os portugueses, somos pobres ...Esta foi a sua resposta:
Como podes tu dizer que sois pobres, quando sois capazes de pagar por um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu? Quando vos dais ao luxo de pagar tarifas de electricidade e detelemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA? Como podes tu dizer que sois pobres quando pagais comissões bancárias por serviços e por cartas de crédito ao triplo que nós pagamos nos EUA? Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso.
Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 21% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 21%, pagais ainda impostos municipais.
Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado. E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...
Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da Nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e dos seus autarcas.
Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada. Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.080 €uros. Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e da electricidade. Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres nos conformamos com a segurança pública.
Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto nós aqui nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.
Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro.
Vocês, portugueses, não são pobres, são é muito estúpidos..........
Outores...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

DENUNCIAR A CORJA DE LADRÕES

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..DENUNCIAR A CORJA DE LADRÕES.
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Não sei quem escreveu...
Mas parece-me que vale a pena ler...e até concordo com o gajo a abater em 1º lugar (e não sou funcionário público!)


“Aparentemente, passámos de um destino de navegadores a clientes de segunda de alfaiatarias, uma, dos anos 50, da Rua dos Fanqueiros, outra, ainda mais miserável, de um gajo "licenciado" nas Novas Oportunidades, que se deslumbra com tecidos que lhe assentam francamente mal.
Vou ser breve, e introduzir já a frase com que se deverá concluir este texto: chegámos ao tempo em que é preciso fazer cortes, mas não nos salários, e, sim, em certas cabeças.
O Sr. Aníbal, de Boliqueime, com a sua corja de Ferreiras do Amaral, de Leonores Belezas, de Miras Amarais, de Dias e Valentins Loureiros, de Duartes Limas, do Eurico de Melo, de Durões Barrosos e tantos outros nomes do estrume que já se me olvidaram, inaugurou o derradeiro ciclo de declínio de Portugal, quando vendeu o Estado a retalho, e permitiu que os Fundos, que nos iam fazer Europeus, fossem fazer de forro de fundo de bolsos de gente muito pouco recomendável. A apoteose dessa desgraça teve vários rostos, as Expos, do ranhoso Cardoso e Cunha, e a mais recente, o BPN, onde estavam todos, 20 anos depois, refinados, enfim, tanto quanto o permite o refinamento da ralé, e isso custou ao Estado um formidável desequilíbrio, que a máquina de intoxicação, feita de comentadores de bancada, de ex-ministros que tinham roubado, e queriam parecer sérios, e de carcaças plurireformadas, de escória, em suma, que há muito devia estar arredada do palco da Opinião, nos fez crer ser uma "Crise".
Depois, veio a outra "Crise", a Internacional, cozinhada em Bilderberg, e que se destinava, como se destinará, a criar um Mundo mais pobre, de cidadãos mais miseráveis, cabisbaixos, e impotentes. Nem Marx sonhou com isso: é mais Asimov, Orwell e uns quantos lunáticos de ficção científica reciclada em Realidade, e vamos ter, nós, os intelectuais, de prever e preparar as novas formas de reagir, contra esse pântano civilizacional. A seu modo, será uma Idade do Gelo Mental e Social, minuciosamente preparada, para a qual, aviso já, não contem comigo.
Como na Epopeia de Jasão, depois do miserável Cavaco, vieram os Epígonos, os "boys-Matrix" do Sr. Sócrates, um Matrix de Trás os Montes, o que, já de si, cheira a ovelha, animal que só estimo naquela classe de afetos que São Francisco de Assis pregava, e nada mais. Podem chamar-se o que quiserem, Pedros Silvas Pereiras, a Isabel Alçada, a aquecer os motores para substituir o marido na Gulbenkian, mal ele se reforme; a mulher-a-dias do Trabalho, e aquele pequeno horror, chamado Augusto Santos Silva, que parece, uma barata de cabelos brancos. Esta gente toda convive connosco, quer-nos levar ao abismo, e fala da inevitabilidade de "cortes".
Eu também estou de acordo: toda a frota de carros da Administração Pública deve ser vendida em hasta pública -- pode ser aos pretos da Isabel Dos Santos, que adoram essas coisas... -- e passe social L123, para todos os Conselhos de Administração, com fedor de Vara, Cardona, Gomes, ou Zeinal Bava. Os gabinetes imediatamente dissolvidos, e os assessores reenviados para os centros de reinserção social, para aprenderem o valor do Trabalho, e não confundirem cunhas com cargos; os "Institutos", de quem o Vara era especialista, e o Guterres, num súbito fulgor de não miopia chamou "o Pântano"; os "off-shores"; a tributação imediata de todas as especulações financeiras com palco português, feitas em plataformas externas; a indexação do salário máximo, dos tubarões, aos índices mínimos das bases, enfim, uma espécie de socialismo nórdico, não o socialismo da treta, inaugurado pelo Sr. Soares, e transformado depois, nesta fase terminal, em esclavagismo selvagem, pela escória que nos governa.
Acontece que, se os Portugueses sentissem que estavam a ser governados por gente honesta, e tivesse acontecido um descalabro financeiro, prontamente se uniriam, para ajudar a salvar o seu pequeno quintal. Na realidade, a sensação geral é a de que há, ao contrário, um bando de criminosos, inimputáveis, que se escaparam de escândalos inomináveis, de "Casas Pias", de "Freeports", de "BPNs", "BPPs", "BCPs", "Furacões", "Independentes", Hemofílicos", "Donas Rosalinas", "Noites Brancas" e tanta coisa mais, que dispõem de um poder de máfia e associação tal, que destruíram a maior conquista do Liberalismo, a separação dos Poderes, tornando o Judicial uma sucursal dos solavancos políticos, do rimel das Cândidas e das menos cândidas, das Relações, e das relações dos aventais, das "ass-connections" e das Opus, enfim, de uma Corja, que devia ser fuzilada em massa, que roubou, desviou, pilhou e, agora, vem tentar sacar a quem tem pouco, muito pouco, ou já mesmo nada.
Somos pacíficos, mas creio que chegou a hora de deixarmos de o ser.
Pessoalmente, mas não tenho armas, já escolhi alguns alvos.
Curiosamente, se pudesse, nem seria um Político aquele que eu primeiro abateria, seria uma coisa, uma lêndea, um verme pútrido, chamado Vítor Constâncio, que julga que, por estar longe, fugiu da alçada de um qualquer desvairado que se lembre de ainda o esborrachar com o tacão.
Infelizmente, ou felizmente, nem sou violento, nem tenho armamento em casa, porque é chegada a hora, não dos cortes no bem estar de quem tem pouco, mas nas cabeças que provocaram, ao longo de décadas, o imenso horror em que estamos.
Toda a gente lhes conhece os rostos, e suponho que será unânime na punição.
Por muito menos, há quase 100 anos, deitou-se abaixo um regime, cuja corrupção era uma brincadeira, ao lado do que estamos a presenciar.
Não tenho armas, digo, mas menti, porque, de facto, tenho uma, e que é a pior de todas, o Dom da Palavra, e acabei, esta noite, de voltar a tirá-la do bolso.

Espero que vos faça acordar.”

Um cidadão português
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Também não sou violento... mas que há muita gente a merecê-las há, e para lá caminhamos!
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O Meu Grito de Revolta

ESTOU FARTO DISTO!

Estou farto de ver a nulidade dos nossos intelectuais peritos em economia perante as doenças da nação. Salvo raras excepções, onde estão os economistas e gestores de eleição nascidos em Portugal?
Estou farto de comentadores anafados pelo sistema que lhes distribui umas bolotas como petisco para dizerem ámen com os propagandistas do governo; ainda mais dos jornalistas bajuladores e entrevistadores com a bíblia estudada ao sabor da manipulação de opiniões que mais não fazem do que lavagens ao cérebro dos infelizes bacocos.
Estou farto de ver este país sem valores pátrios, onde se perde a alma de nação e a identidade dos conquistadores e descobridores de outrora. Estou farto de assistir aos constantes fracassos das soluções engendradas na penumbra dos gabinetes dos governantes para combater a crise. Enfim, estou farto de ver portugueses sem esperança e sem vontade de arregaçar as mangas para procurar novos rumos com soluções consistentes e vigorosas para arrancar o país do marasmo. Estou farto do proteccionismo provinciano dos subsídios desviados para os bolsos dos oportunistas. Estou farto de assistir ao beija-mão dos bajuladores que são a praga do imobilismo e da decadência da nossa economia.
Estou farto dos apoios aos parasitas que vagueiam pelos cafés e pelas salas de jogos, sem interesse em ter ocupação útil em prol da comunidade. Com tanta malandragem a viver à custa do orçamento do estado, o futuro deste nosso Portugal apresenta-se muito negro, porque vamos ter mais delinquentes e indigentes a degradar a vida dos portugueses.
Estou farto de ver políticos virados para a manutenção dos interesses particulares em organismos de reinserção social de toxicodependentes, acções sociais com duvidosos resultados, que nada fazem para curar, mas apenas pretendem receber os meios financeiros do estado. Muitas dessas organizações conotadas com a Reinserção social dos toxicodependentes são autênticas coutadas de interesses particulares, que procuram manter uma “clientela” que lhes garanta mais “postos de trabalho para amigos”, desviando os “clientes endinheirados” para falsas clínicas de psicólogos amigos, onde se pagam avultadas quantias na tentativa de melhorar os estado de saúde do Toxicodependente. É mais uma coutada que as entidades oficiais deveriam fiscalizar.
A falta de seriedade e de eficácia transformam estes organismos em autênticos cancros a corroer as finanças do Estado, que somos todos nós cidadãos.

Valongo, Agosto de 2010

Joaquim Coelho

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A Festa dos Ladrões

DOIS ORDENADOS?...

Pagos por nós, pobres contribuintes!
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mais gatunagem…com as leis “à medida” dos colarinhos brancos, feitas pela deputaria “boy”, a mando dos “chefes”, é vê-los a enricar… e a gente a pagar. Continuamos a caminho… a luta continua… eheheheh

Mário Lopes

----------Data: 26 de Dezembro de 2010 17:23
Assunto: Dois ordenados...

Isto já não vai à bala tem que ser a tiro de canhão……

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Presidente dos CTT recebia dois ordenados

23 de Dezembro, 2010 - Por Graça Rosendo

A descoberta foi feita pela Inspecção-Geral de Finanças numa auditoria já enviada à Procuradoria-Geral da República.

O Presidente do Conselho de Administração dos CTT, Estanislau Mata da Costa - que se demitiu no final do mês passado, sem ter terminado o mandato - recebeu, durante cerca de dois anos, dois vencimentos em simultâneo: um pelo cargo nesta empresa, de cerca de 15 mil euros, e outro correspondente às suas anteriores funções na PT, de 23 mil euros. E isto apesar de ter suspendido o vínculo laboral com a PT.
A descoberta foi feita pela Inspecção-Geral de Finanças (IGF), na sequência de uma auditoria realizada após denúncias da comissão de trabalhadores dos CTT sobre actos de alegada má gestão na empresa. Segundo soube o SOL, o Conselho de Administração da empresa terá recebido o relatório preliminar desta auditoria no dia 29. A demissão de Mata da Costa foi anunciada no dia seguinte e justificada pelo próprio com «razões exclusivamente do foro pessoal e familiar».
A IGF classifica esta acumulação de vencimentos por parte de Mata da Costa - num valor mensal de cerca de 40 mil euros (ao todo, um milhão e 575,6 mil euros recebidos entre Junho de 2005 e Agosto de 2007) - como «eticamente reprovável, ainda que possível do ponto de vista legal». Ainda assim, a IGF decidiu encaminhar o caso para a Procuradoria-Geral da República, por ter «dúvidas quanto à legalidade» da situação.

Segundo o relatório preliminar da IGF, a que o SOL teve acesso, Mata da Costa, que era quadro da PT, foi nomeado para presidir aos CTT em Junho de 2005. Mas, em vez de se desligar desta empresa, fez um acordo de «suspensão do contrato de trabalho, embora estranhamente sem perda de remuneração».

graca.rosendo@sol.pt

Não há cadeia para estes ladrões ? !...


Hoje mesmo, véspera do Fim de Ano, para festejarmos com mais vontade a avalanche de crimes dos malfeitores instalados nas gamelas do Estado, a Televisão acaba de informar que o Ministério das Finanças publicou em Diário da República a PROMOÇÃO de todos os quadros de chefia (diga-se boys), com efeitos a 1 de Janeiro de 2010, na Segurança Social.
Ora aqui temos mais uma boa acção em prol dos probrezinhos que iam sofrer um corte nos salários, por aplicação do Orçamento para 2011! Em vez de sofrerem redução de salários, são aumentados desmesuradamente!
Com esta ladroagem sem vergonha, os portugueses não conseguem fugir ao abismo. Até quando o descaramento impúdico desta gentalha que nos atrapalha a vida?
Sem mais, Joaquim Coelho