sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ministro a Brincar com Insultos

 

O pseudo-ministro "indefeso" aguiar branco, está chafurdando no lodo do Tejo!

Os combatentes das guerras ultramarinas não foram todos "exterminados"...
Tal como há 33 anos, os políticos teimam em insultar os valores da Pátria e os garantes da integridade do país - as Forças Armadas.
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. FATALISMO IMPOSTO
 
Políticos conspiradores, no meu país,
porque abusais do cinismo agudo?
 
Onde está a razão das diatribes
sem nexo? Hipócritas
que excomungais o povo infeliz.
Perdão pela interpelação…
não é meu jeito filosofar
não se brinca com a miséria humana
nem com os valores duma nação!
 
Para vós, insensíveis lunáticos
é inútil falar de dramas humanos.
Tendes a suposta integridade
acima da razão dos simples…
maneira de abafar a opinião
e maltratar os que têm fome
mas que produzem os bens
que atestam a vossa indignidade.
 
Suicidais o entusiasmo do povo
que trabalha em espírito fraterno
na criação do Portugal novo
sem razões para filosofar…
o combate das ideias frias
está nas equações abstractas
sem lugar para a indiferença
dos vagabundos de todos os dias
incapazes de cumprir a sentença.
 
Temos que fugir à tragédia
do fatalismo imposto à medida
dos egoístas de ilusões metafísicas
a semear o mal do pessimismo
na humildade das criações artísticas.
 
Políticos de hipócritas opiniões,
contra o vosso cinismo asqueroso
temos preceitos a defender
no combate de todos os tempos
contra toda a forma de injustiça
através do trabalho generoso
que aglutina as vontades
dos crentes no símbolo dos cravos
e na verdade absoluta dos bravos.
Jamais a humilhação do fracasso
e a perda dos direitos em disputa,
p’ra frente a razão dura como o aço…
o futuro está em cada dia de luta!
 
Lisboa, Abril de 1979
Joaquim Coelho
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Porque tenho opinião semelhante, com a devida vénia pela coragem demonstrada pelo Senhor General da FAP, aqui divulgo o texto que me foi enviado:
 
General da Força Aérea arrasa Ministro da Defesa "Ex.º Sr. General Chefe do Gabinete de S. Ex.ª o Ministro da Defesa Nacional, Caro camarada: Apresento a V. Ex.ª os meus cumprimentos. Tomo a liberdade de me dirigir a V. Ex.ª para lhe solicitar que transmita a S. Ex.ª o Sr. Ministro a minha indignação relativamente à forma pouco respeitosa e mesmo insultuosa como se referiu às Forças Armadas, aos militares e às suas Associações representativas, no passado dia 1 de Fevereiro. De todos os governantes, o Ministro da tutela era o último que deveria proferir palavras dessa estirpe. Sou Tenente-General Piloto-Aviador na situação de Reforma, cumpri 41 anos de serviço efectivo e possuo três medalhas de Serviços Distintos (uma delas com palma), duas medalhas de Mérito Militar (1.ª e 2.ª classe) e a medalha de ouro de Comportamento Exemplar. Servi o meu País o melhor que pude e soube, com lealdade e com vocação, sentimentos que S. Ex.ª não hesita em por levianamente em causa. Presentemente, faço parte com muito orgulho, do Conselho Deontológico da Associação de Oficiais das Forças Armadas. Diz o Sr. Ministro que “a solução está em todos nós. Em cada um de nós”. Não é verdade! A solução está única e exclusivamente na substituição da classe política incompetente que nos tem governado (?) nos últimos 25 anos, e que nos tem levado, de vitória em vitória, até à derrota final! Os comuns cidadãos deste País, nomeadamente os militares, não têm qualquer responsabilidade neste descalabro. Como disse o Sr. Coronel Vasco Lourenço no seu livro, “os militares de Abril fizeram uma coisa muito bonita, mas os políticos encarregaram-se de a estragar…” Diz também S. Ex.ª que as Forças Armadas estão a ser repensadas e reorganizadas. Ora, se existe algo que num País não pode ser repensado nem modificado quando dá jeito ou à mercê de conjunturas desfavoráveis, são as Forças Armadas, porque serão elas, as mesmas que a classe política vem sistematicamente vilipendiando e ultrajando, a única e última Instituição que defenderá o Estado da desintegração. Fala o Sr. Ministro de algum descontentamento protagonizado por parte de alguns movimentos associativos. Se S. Ex.ª está convencido que o descontentamento de que fala se limita a “alguns movimentos associativos”, está a cometer um erro de análise muito sério e perigoso, e demonstra o desconhecimento completo do sentir dos homens e mulheres de que é o responsável político. Este descontentamento, que é geral, não tenha dúvida, tem vindo a ser gerado pela incompetência, sobranceria, despudor e, até, ilegalidade com que sucessivos governos têm vindo a tratar as Forças Armadas. É a reacção mais que natural de décadas de desconsiderações e de desprezo por quem (é importante relembrar isto) vos deu de mão beijada a possibilidade de governar este País democraticamente! As Forças Armadas não querem fazer política! Não queiram os políticos, principalmente os mais responsáveis, “ensinar” aos militares o que é vocação, lealdade, verticalidade e sentido do dever. Mesmo que queiram, não podem fazê-lo, porque não possuem, nem a estatura nem o exemplo necessários para tal. Quem tem vindo a tentar sistematicamente destruir a vocação e os pilares das Forças Armadas, como o Regulamento de Disciplina Militar, destroçado e adulterado pelo governo anterior? Quem elaborou as leis do Associativismo Militar, para depois não hesitar em ir contra o que lá se estabelece? Quem tem vindo a fazer o “impossível” para transformar os militares em meros funcionários do Estado? Apesar disso, tem alguma missão, qualquer que ela seja, ficado por cumprir? Fala S. Ex.ª de falta de vocação baseado em que factos? Não aceita S. Ex.ª o “delito de opinião”? Não são seguramente os militares que estão no sítio errado! Por tudo o que atrás deixei escrito, sinto-me profundamente ofendido pelas palavras do Sr. Ministro. Com respeitosos cumprimentos de camaradagem EDUARDO EUGÉNIO SILVESTRE DOS SANTOS, 
Tenente-General Piloto-Aviador (Ref.) 000229-B P.S. – Informo V. Ex.ª que tenho a intenção de tornar público este texto."
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