......
ESTÁ NA HORA
Está na hora de dizer
BASTA!
A
situação a que o país chegou, por culpa das governações erradas a que tem sido
sujeito, trouxe à maioria do Povo Português visíveis aflições, as quais, no
decurso dos últimos meses, têm evoluído para o desespero, a reflectir o triste
augúrio do próximo porvir.
Portugal,
que conta, na sua História, com a grandeza de ter ajudado o mundo a fazer-se,
encontra-se, hoje, enquanto Nação soberana e independente, na contingência de
se desaparecer.
As providências
tomadas ultimamente, para responder à situação económica e financeira que urge
debelar, correspondem a teorias que, como outras também apregoadas, não passam
de experimentalismos aparentemente fáceis de pôr em prática, mas de solução
duvidosa, se não mesmo impossível, que os “sábios” em tais questões teimam em
deitar mão, por não saberem e/ou não quererem aplicar as medidas que
legitimamente se impõem.
É
certo que, como costumo dizer, «vai para político quem nada sabe fazer». E
penso que é aqui que os problemas se geram. A ser assim, terá de ser o Povo a determinar
o que é necessário fazer-se, a impor a sua vontade e a obrigar a governar bem
aqueles que por ele foram eleitos para dirigir os destinos do país.
Que
me lembre, tal postura do Povo nunca aconteceu, apesar de, em 1974, ter sido
instaurado, diz-se, o regime a que chamam democracia – o PODER DO POVO. Poder
que este mesmo Povo aceita delegar em quem dele se serve, depois, para se
governar, desgovernando o país, conduzindo-o ao estádio em que se encontra.
Chega
de confiar em quem parece ser honesto e competente. Contrariando a célebre
frase…, tantas vezes usada por sofismável conveniência, não chega parecer. É
necessário ser!
Voltando-me
para os actuais governantes, porque são eles (pela legitimidade que lhes foi
conferida, uma vez mais, pelo Povo), que estão à frente dos destinos de
Portugal, porque são eles que estão a tentar, presuma-se, resolver os problemas
da peçonhenta crise que nos afecta (crise originada pela inversão dos direitos
e dos deveres de todos quantos passaram pelas cadeiras do poder, e não necessária
e exclusivamente pela conjuntura internacional dos últimos tempos) e a procurar
cumprir o que fora acordado com os credores estrangeiros, teremos de lhes dizer
que as estratégias por eles delineadas não serão a solução.
Parece
que não sabem o que fazer, como os seus antecessores, ou sabem e, como eles,
nos andam a enganar. Mas prefiro acreditar que não sabem. Coitados, se a vida
lhes correu de feição não será fácil munirem-se dos cuidados necessários para a
enfrentar em momentos de dificuldade, sobretudo se essa dificuldade é para os
outros, para o Povo, quero dizer, do qual se excluem voluntariamente. Parece,
pois, que não sabem o que fazer. E sendo assim, sujeitam-se a acabar com o
resto…
Pois
bem, se não sabem o Povo ensina-os. Nos últimos dias voltou a lume, brando ou
atiçado pouco importa, a questão dos cortes dos 13º e 14º meses, da equidade
nos cortes desses salários entre os trabalhadores dos sectores públicos e
privados, discutindo-se se isso é ou não é constitucional, facto este de importância
relativa porque por essa via não se chegará a lado algum, visto que quem
trabalha, quem produz, quem sustenta o país é que sofre as consequências. E,
como se diz por aí, são sempre os mesmos.
Pois
são! São sempre os mesmos, mas chegou a hora de deixarem de o ser. A pacatez
que nos caracteriza é um dos nossos grandes dons. Mas isso não quer dizer que
nos deixemos levar…, que nos mantenhamos surdos, cegos e mudos. O saco está a
abarrotar, mas de dificuldades, de fome e até de miséria, enquanto uma pequena
casta, com raízes em todos os quadrantes
politico-ideológicos continua a viver à custa
dos que ainda têm alguma coisa que possa ser roubado e até dos que já nada têm.
Os
portugueses sabem que, com a política que vem sendo seguida, não será possível
resolver o problema do deficit; os orçamentos sujeitam-se a derrapagens; os
problemas avolumar-se-ão. Mas também sabem que tudo pode ser minimamente
resolvido se a actuação de quem governa for em conformidade com o que se impõe.
Senhor
Primeiro Ministro, Senhores governantes, não tenham medo de fazer o que devem.
No país ainda há dinheiro, e muito dinheiro, que continua a ser distribuído,
indevidamente, aos milhões.
Quando
decidem acabar com um sem número de institutos e de fundações que apenas servem
para delapidar o erário público?
Quando
resolvem o problemas das parcerias publicoprivadas que são um poço sem fundo
para o resto do tempo…
Quando
se decidem por uma governação séria, capaz de restaurar Portugal?
Se
não querem ou não sabem, por serem políticos, saiam. Ainda há gente capaz de o
fazer.
Se
é por medo… percam-no, pois terá o Povo ao vosso lado.
O
que não há a perder é tempo.
Sérgio
O. Sá
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