domingo, 27 de fevereiro de 2022

Porque há Guerra na Ucrânia?

A cobardia dos que querem dominar o Mundo

Entrevista ao Major General Raul Cunha, antigo comandante de tropas NATO

A população ucraniana merece o nosso apoio e solidariedade, com tudo que possamos fazer para minorar o seu sofrimento e desgaste.  

Por falta de competência dos governantes europeus, estamos a assistir a uma guerra na Ucrânia, que causa graves sofrimentos para as populações da Europa e do mundo; além das perdas de vidas humanas e dos bens pessoais, todos os bens de consumo irão sofrer agravamento de custos.

Tal como referia um prestigiado coronel português, com prestações de serviço na NATO e organismos europeus, o fracasso das negociações preventivas da guerra deve-se à hipocrisia dos governantes, por falta de capacidade para entender o que estava em jogo e por sentirem que a NATO pode resolver tudo. "Os governos dos países europeus integrados na NATO comparam-se a uma matilha de cães amestrados que os falcões americanos, à distância, atiçam contra os povos ou governos que definam como inimigos."

O resultado dramático aí está: destruição de bens e refugiados aos milhares. Que os poderosos se entendam, para que haja paz!







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POR MELVIN GOODMAN

8 DE DEZEMBRO DE 2021

As sementes para a crise na Ucrânia foram plantadas 25 anos atrás, quando o governo Clinton decidiu expandir o Tratado do Atlântico Norte para o Leste Europeu, aceitando a adesão de ex-membros do Pacto de Varsóvia. Ao fazer isso, Clinton deu as costas aos compromissos do presidente George HW Bush e do secretário de Estado James Baker em 1990 de não "saltar" sobre uma Alemanha reunificada para expandir a OTAN. Bush e Baker assumiram esse compromisso em discussões privadas com o presidente soviético Mikhail Gorbachev e o ministro das Relações Exteriores, Eduard Shevardnadze, a fim de obter a remoção de 380.000 soldados soviéticos da Alemanha Oriental e de vários Estados da Europa Oriental. Sem esse compromisso, a reunificação da Alemanha não teria ficado isenta de tensões entre os Estados Unidos e a União Soviética.


Se os Estados Unidos pudessem encontrar uma maneira de reconhecer essa traição e conceder que a adesão adicional da Ucrânia e da Geórgia ameaçaria o universo geopolítico da Rússia, seria possível buscar um meio-termo para a crise atual. O presidente russo, Vladimir Putin, deseja razoavelmente garantias de que a Otan deve interromper sua expansão para o leste e não implantar certos sistemas de armas em suas fronteiras. Em troca, os Estados Unidos devem insistir no retorno ao acordo de Minsk II em 2015, que foi projetado para garantir um cessar-fogo bilateral, para criar zonas de segurança na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, e para descentralizar o poder político no leste da Ucrânia (o Donetsk e regiões de Luhansk). A Rússia seria obrigada a retirar todos os mercenários estrangeiros das regiões; (especialmente os de cariz nazi inscritos no Batalhão Azov, ao serviço do exército ucraniano).

Washington e Moscovo foram capazes de criar um processo para remover as armas nucleares da Ucrânia após a dissolução da União Soviética em 1991; eles devem ser capazes de chegar a um acordo que reconheça a soberania da Ucrânia, mas limite a presença militar ocidental nas fronteiras da Rússia. As negociações de controle de armas abriram as portas para a détente soviético-americana na década de 1980. Um acordo sobre a Ucrânia permitiria melhorar as relações bilaterais em áreas-chave entre os Estados Unidos e a Rússia.

Putin não está procurando ganho territorial ou um renascimento do império soviético na Europa Central e Oriental, mas a grande mídia está convencida de que Putin está preparando uma invasão militar russa à Ucrânia que desestabilizaria toda a Europa. Um editorial do Washington Post na semana passada apontou para as 90.000 tropas russas na fronteira com a Ucrânia, bem como a apreensão e anexação da Crimeia em 2014. O Post e outros jornais importantes se viram convencidos de que apenas a pressão política, económica e militar dos Estados Unidos permitirá uma solução diplomática para a crise.



Mais importante, a mídia deixa de mencionar a responsabilidade dos EUA pela atual tempestade, que pode ser atribuída às administrações de Bill Clinton e George W. Bush que imprudentemente expandiram a OTAN, trazendo aos vizinhos imediatos da Rússia e até mesmo ex-repúblicas soviéticas uma aliança de agora 30 membros. A expansão da OTAN é o principal irritante nas relações russo-americanas e a principal causa do que parece ser o início de uma nova Guerra Fria. A disposição de Gorbachev em aceitar a reunificação alemã sem garantias de segurança explica a difamação russa de Gorbachev e do ministro das Relações Exteriores, Shevardnadze, até hoje. A exploração por atacado da fraqueza russa pelos EUA na década de 1990 explica a insistência inflexível de Putin em interromper o avanço do Ocidente.

Os Estados Unidos tomaram medidas adicionais gratuitas às portas da Rússia nas últimas duas décadas. Os governos de Bush e Obama implantaram um sistema avançado de mísseis terra-ar na Polônia e na Romênia, argumentando que era necessário para conter um possível ataque de mísseis iranianos na Europa Oriental. Quanta besteira! As marinhas dos EUA e da Grã-Bretanha continuam a posicionar navios de combate no Mar Negro que ameaçam entrar nas águas territoriais russas. Vários membros da OTAN na Europa Oriental e no Báltico estão solicitando sistemas militares ocidentais adicionais, bem como uma presença militar permanente dos EUA. A presença de forças militares alemãs no Báltico é uma afronta especial às legítimas preocupações da Rússia sobre sua segurança e soberania.

O presidente Joe Biden não parece mais sábio do que seus quatro predecessores. Ele se reuniu com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em setembro, e eles assinaram uma “Declaração Conjunta sobre a Parceria Estratégica EUA-Ucrânia”. Ele enviou o secretário de Defesa Lloyd Austin a Kiev em outubro para enfatizar a importância da "parceria estratégica". As referências de Austin a um “melhor caso” que significa “não veremos uma incursão da União Soviética na Ucrânia” é o tipo de deslize freudiano que revela o pensamento da Guerra Fria da equipe de segurança nacional de Biden.

Atualmente, uma equipe da Força Aérea dos EUA está em Kiev para avaliar os requisitos de defesa aérea da Ucrânia e, na semana passada, bombardeiros com capacidade nuclear dos EUA sobrevoavam o Mar Negro, representando uma ameaça à Rússia. Não é preciso muita imaginação para antecipar a reação dos EUA às aeronaves estratégicas e aos navios de guerra russos que operassem no Golfo do México ou no Caribe.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

PERIGOSOS "JOGOS DE GUERRA"

TODAS AS GUERRAS SÃO PARA ROUBAR 

Por se tratar de assunto actual, aqui deixo alguns apontamentos interessantes.

Os “jogos de guerra” protagonizados pelos Estados Unidos da América, em todos os cantos do mundo, são criminosos e deixam um rasto de destruição e miséria, matando e causando graves perturbações na vida das populações e nos seus direitos a viver em paz. 

É do conhecimento geral que os Estados Unidos da América e a Rússia têm capacidade bélica (nuclear) para destruir o planeta Terra. Desde há mais de 70 anos que os USA tentam dominar o mundo. Depois de ajudar a reconstrução da Europa Ocidental, onde permanecem militarmente, perdem influência económica devido ao predomínio do euro. No entanto, continuam a ganhar muitos milhões por efeito das transações do petróleo e dos produtos alimentares serem dominadas pelo dólar americano.

O prestígio americano está em decadência, depois dos avanços da China em todos os domínios do xadrez geopolítico: domínio dos mares, (militar e transportes de mercadorias), domínio das comunicações (5G e satélites), domínio económico e financeiro (compra de empresas estratégicas em todo o mundo, incluindo USA e Europa), ascensão do poderio militar, com mísseis supersónicos e navios de guerra.   

Perante as alianças entre a China e a Rússia, os Estados Unidos da América não se conformam com tal cenário mundial, pelo que irão continuar a influenciar no Médio oriente, na Améria latina e um pouco na Ásia e na África, onde ainda há matérias-primas para roubar.






 

 

Outras opiniões:

Carmo Vicente

12 de fevereiro às 21:01  · 

Estou a pensar que os EEUU estão desejosos de uma guerra na Europa, que reponha os seus interesses económicos e estratégicos. Eles seriam os mais beneficiados, conseguiriam ver-se livres dos enormes arsenais armazenados que correm o risco de ir parar ao ferro velho sem cumprirem o fim para que foram fabricados: matar pessoas.

Multiplicariam os negócios do gás até ao limite máximo do que conseguissem enviar, petróleo, etc.

Subjugariam ainda mais a UE, tornando-a numa espécie de quintal da frente à semelhança do quintal das traseiras que durante uma centena de anos foi a América do Sul. Com a UE subjugada e o Reino Unido a seguir à risca tudo o que lhe for ordenado, a Europa recuará 50 anos. A destruição da Europa Social será total, seguir-se- a própria UE e, por fim, a democracia.

Pergunto: se tal desastre acontecer, que fazer a seguir aos escombros?

Respondo: julgar e condenar todos os políticos, todos os dirigentes que permitirem tal desastre.

Isto se a guerra não passar para um holocausto nuclear...

Aí, não haverá por cá ninguém para julgar... nem ser julgado!

Comentário:

Joaquim Coelho

Coitados dos europeus, governados por uma cambada de cobardolas, que preferem ajoelhar-se ao domínio dos USA e deixar o seu povo morrer de frio e sem condições de resistir ao galopante aumento de preços dos bens essenciais.

Jose Antonio Antunes

A guerra começa na quarta-feira, dizem os médias, não dizendo a que horas; convinha que fosse na abertura dos telejornais. Seria uma versão do Iraque II. Os Yankees estão desejosos de entrar em ação e a indústria do armamento made USA está impaciente.



General Carlos Branco: 

“A Rússia não vai permitir bases da NATO à sua porta”

29 jan, 2022  • José Bastos

“A União Europeia, a Ucrânia e a Rússia serão os perdedores num eventual conflito. Quem ganha? Ganham os Estados Unidos e a China”, defende o Major General Carlos Branco para quem a hora é ainda a da diplomacia. “A Europa deve exigir a Kiev que cumpra os acordos de Minsk”, defende o militar que exerceu funções na NATO e ONU.

Os Estados Unidos e a União Europeia comprometeram-se esta sexta-feira a intensificar a sua cooperação energética para garantir o abastecimento na Europa, uma iniciativa acelerada pelo latente conflito russo-ucraniano.

O acordo foi obtido pela presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, e pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Numa declaração comum asseguram que  ”vão trabalhar juntos para que cidadãos e empresas da União Europeia disponham de abastecimento energético fiável e acessível”.

O objetivo do acordo não é outro que não conseguir “um fornecimento contínuo, suficiente e oportuno de gás natural” evitando, desta maneira, “uma crise de abastecimento, incluindo a que pode resultar de uma nova invasão russa da Ucrânia”.

O anúncio surge no contexto da renovada tensão entre o bloco comunitário e a Rússia a propósito do conflito de Moscovo com Kiev. Tanto a União Europeia como os Estados Unidos apelam no comunicado conjunto a “todos os principais produtores de energia mundiais” a unirem-se com o fim de “garantir” que “os mercados internacionais sejam estáveis e estejam bem abastecidos”, uma tarefa que “já começou” e que continuará no Conselho de Energia EUA-UE de 7 de fevereiro.

As reservas de gás dos países da União Europeia, quando no hemisfério norte se está a metade do inverno, estão atualmente nos 40%, face aos 53% dos valores de há um ano. A Rússia responde por 41% das importações do gás natural da União Europeia, a Noruega por 16%, a Argélia por 8% e o Qatar por 5%.

A crise com a Rússia é relevante para o bloco comunitário não apenas pela sobrevivência do seu abastecimento energético em tempos de preço da luz elétrica pelas nuvens, mas, sobretudo por questões vitais para o futuro da segurança europeia.

No contexto da tensão com a Ucrânia, uma das exigências marcadas a vermelho pelo Kremlin é a impossibilidade da expansão da NATO até às suas fronteiras, em especial, Ucrânia e Geórgia. O motor franco-alemão da UE sabe que admitir as duas repúblicas ex-soviéticas na aliança traria mais dores de cabeça que vantagens, mas os 27 contam com passados distintos e, por consequência, é diferente a leitura que fazem das ameaças.

Já “o tio da América” o maior garante da segurança europeia nunca escondeu que sempre se moveu por interesses nacionais e estratégicos. A União Europeia limitada por divisões internas, e falta de operacionalidade na defesa, sempre contou com Washington, mas a administração Obama mudou o rumo da agulha na bússula da Casa Branca: a paragem já não é na Europa, mas sim na Ásia. A prioridade de Biden no tabuleiro geopolítico é agora deter o avanço da China.

É com este pano de fundo que o Major General Carlos Branco, analisa vários ângulos à volta da crise da Ucrânia. O Major General Carlos Branco exerceu funções na NATO, na ONU, no Afeganistão e na antiga Jugoslávia, experiência descrita no livro "A Guerra nos Balcãs - Jihadismo, Geopolítica e Desinformação". A sua obra mais recente é “Do Fim da Guerra Fria a Trump e à Covid-19”.

O que está em causa é geopolítica pura, não são modelos de regimes políticos. Esta divergência não é uma disputa entre democracias e autocracias.





OPINIÃO

Carlos Matos Gomes

15 de fevereiro de 2022

A farsa da Ucrânia. Parece que está a ser desmontada. Para desgosto dos farsantes. Biden não terá o seu número de capitão América, depois da debandada do Afeganistão e que lhe davam grande jeito para as eleições de meio de mandato.

Em desespero, existe a possibilidade do Batalhão Azov, a milícia neonazi criada para impor um governo pró-americano na Ucrânia (Praça de Maiden) realizar um banho de sangue nas populações pró-russas da fronteira.

E os líderes europeus alinharam nesta palhaçada!

Já agora: NÓS somos aliados destes tipos da fotografia.

Na opinião de um general português, "uma barragem de mísseis contra esta gente, basta para os  fazer desaparecer em 5 minutos". 

O Batalhão de Azov confirma que possui vários voluntários estrangeiros em suas fileiras, principalmente georgianos, romenos, alemães, ingleses, franceses, libaneses e até mesmo alguns russos.

O grupo foi fundado por volta de 2014, por Hooligans e ultras do FC Metalist Kharkiv e militantes de extrema-direita. O grupo cresceu e logo se tornou em organização paramilitar bem organizada que apoiava o governo ucraniano na luta contra separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.

O grupo é acusado de vários crimes de guerra, incluindo execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, destruição de locais de culto, tortura, estupros e perseguição de minorias.




Traumatismo ucraniano

César Príncipe 

Os presságios de Joe e de seus acólitos e meninos de coro constituem, a poucos meses da debandada do Afeganistão, um CSMI/Comprovativo da Saúde Mental do Império. As fábricas de pânico laboram noite e dia. É a reindustrialização da América. Mobilizadas por Joe, o Profeta, as meretrizes da Velha Roma regressam às estradas e ao circo mediático: os russos estão às portas da Ucrânia. Fujam. Os russos irromperão, desde logo, em Dezembro de 2021, logo depois, em Janeiro de 2022, finalmente, impreterivelmente em 16 de Fevereiro de 2022. Portanto, daqui a poucas horas, o mundo prestará contas ao Criador e à Reserva Federal.

Joe, Por qué no te callas?

Entretanto, as tropas USA NATO apertam o nó à Rússia. E Portugal também está lá para ence(nações) de músculo. Depois das colónias africanas, as colónias americanas. Os USA e as suas forças instrumentais declaram não intervir, porque a Ucrânia não é membro da NATO. Acreditem os formalistas. A NATO está experimentada em bombardear e massacrar sem considerações formais. Jugoslávia: um dos álbuns sangrentos e radioactivos. Ainda se lembram? Uma coisa está comprovada pelos ERO/Expeditos Repórteres do Ocidente: as meretrizes estão na estrada. O circus maximus está montado em Washington e Kiev e noutras capitais da agitprop. Minhas senhoras e meus senhores, a Rússia está na iminência de cruzar as sagradas fronteiras de uma Antiga República Soviética. Mas a Rússia desmente, farta-se de desmentir e farta-se de denunciar a histeria e até a pretensamente ameaçada Ucrânia não vê sinais de tanques a rolar, aviões a zumbir, fragatas a apontar as canhoeiras na sua direcção. E para lá chegar, a Rússia conhece todos os caminhos, palmo a palmo. Mas Joe é Profeta e tira selfies às intenções do gigante eslavo e previne e manda alinhar os vassalos europeus. E os serviçais e o seu amo estão em retirada das posições em solo ucraniano. Temem ou simulam recear que os russos despejem milhares de mísseis. Faça-se jus: os foragidos não querem ser apanhados pelo fogo de Putin ou – quem sabe – de Joe. Em desespero de causa, Joe faz-se filho de Putin. Sim, os diplomatas e os instrutores e os mercenários da Academi e os inteligentes do costume aviam as malas. Compreende-se: entre tantas lanças e crateras e fragores, sentir-se-iam traumatizados.


Contudo, a Rússia já revelou ter sentido lógico nas artes da beligerância: só atacará se os seus interesses vitais forem alvejados pelas armas oficiais (Crimeia, por exemplo) ou por operações de sabotagem e actos de etnocídio, empreendidos pelos GNB/Grupos Nazis Bandera nas Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk. Na circunstância, o Exército ucraniano seria rapidamente destroçado e o EFK/Estado Fantoche de Kiev colapsaria. E então, o NMN/Nosso Ministro das Necessidades seria dos primeiros a bradar aos ventos da História: Gasodutos, nunca mais. Vodka, de vez em quando. E nuestro hermano Pedro, el Pequeño, faria ecoar as carpideiras das horas graves: Espanha está de nojo. A NIA/Nova Invencível Armada, ataviada e enviada para o Mar Negro, sofreu um percalço instantâneo. Padece de cegueira e surdez electrónicas. Foi neutralizada sem um tiro. Baloiça nas salsas e sombrias águas, sob as ordens de El Rey Emérito, que decidiu tomar o lugar do Duque de Medina-Sidónia, que não se mostrou à altura no Canal da Mancha/Ano da Graça de 1588.

Assim seria. Está escrito nas estrelas. Não são precisos dotes visionários. Não o esclarecem directamente Putin e Lavrov. Têm nervos de aço e pa(ciência) de nação milenar. E, ao contrário de Joe, o Profeta, preferem evitar este cenário. A Rússia não carece de invadir a Ucrânia. Se justificável e imperioso, aplicaria tratamentos teleterápicos: já elimina pequenos alvos na Síria a partir de Moscovo e das águas profundas do Mediterrâneo e do Cáspio. O alarido à volta das manobras (agora em fase terminal) nada tem a ver com os exercícios em si mesmos (idênticos aos do ano passado) mas ao facto de recentemente a Rússia haver apresentado um rol de garantias mútuas de segurança. A invenção da invasão da Ucrânia foi posta em marcha para desviar as atenções da carteira de exigências e para criar a percepção, principalmente na Europa, de que a Rússia é um perigo tenebroso e inconfiável, que tem de ser cercado e punido à medida que levanta a cabeça. A Rússia não exige demais dos ditos parceiros ou sócios. Como confessou, com seriedade e aprumo, o Chefe do Estado-Maior da Armada da Alemanha (de imediato forçado a demitir-se), a Rússia tem todo o direito a relações transparentes e que se respeite a sua dignidade.

Joe diz ser católico. Mas não ouve o Papa. Quer guerra. Quer sanções. Quer mais, mais, mais vagas de refugiados. Mas sempre longe dos USA. E neste momento, eis-nos num apertado beco: onde encontrar abrigo antes do próximo dia 16? A Rússia é uma superpotência militar. Segundo o presidente da Croácia, mil vezes mais poderosa do que o cómico Zelensky. Os USA ficarão deveras decepcionados se os russos não escancarem a Ucrânia ou, pelo menos, não pulverizarem um quartel e uma igreja e um infantário. Vamos todos rezar pela Conversão da Rússia, desígnio que Lúcia, a Vidente, deixou por realizar. Que a Rússia cumpra a Palavra do Profeta. Se preciso for, que Joe se desautorize e desloque as predições do Juízo Final para 13 de Maio. Numa segunda escolha, para 1 de Março, Dia de Carnaval e, em último caso, para 1 de Abril, Dia das Mentiras.

15/Fevereiro/2022

por César Príncipe 



OUTROS INCÓMODOS de Joe Biden
- Mísseis Supersónicos e Hipersónicos

Em poder dos Exércitos da China e da Rússia, além dos novos meios de lançamento intercontinentais.






domingo, 2 de janeiro de 2022

Estratégias Políticas Perigosas

 

O GÁS RUSSO E O FRIO NA EUROPA

Por ser um assunto importante para a estabilidade política na Europa e no mundo, deixo este artigo com rigorosa análise da situação actual (europeus podem morrer de frio):

Sair do Nord Stream 2, entrar no Power of Siberia 2

(Grandes linhas de gasodutos em construção)

– A superpotência militar russa fartou-se das intimidações EUA-NATO e agora dita os termos de um novo acordo

Pepe Escobar [*]

Vindo directamente do Presidente Putin, isto soa como um raio caído do céu:

"Precisamos de garantias a longo prazo juridicamente vinculativas, mesmo sabendo que nelas não se pode confiar, pois os EUA frequentemente retiram-se de tratados que se tornam desinteressantes para eles. Mas isto é alguma coisa, não apenas garantias verbais".

E é assim que as relações Rússia-EUA chegam à crise definitiva – após uma série interminável de polidos alertas vermelhos vindos de Moscovo.

Putin teve de especificar mais uma vez que a Rússia procura uma "segurança indivisível e equitativa" – um princípio estabelecido desde Helsínquia em 1975 – apesar de já não encarar os EUA como um "parceiro" confiável, aquela delicadeza diplomática tão degradada pelo Império desde o fim da URSS.

O trecho da "retirada frequente dos tratados" pode facilmente referir-se ao modo como Washington em 2002, sob a égide de Bush Jr., retirou-se do tratado ABM que fora assinado entre os EUA e a URSS em 1972. Ou pode referir-se ao modo como os EUA sob Trump, destruiu o JCPOA assinado com o Irão e garantido pela ONU. Os precedentes abundam.

Putin estava mais uma vez a exercer a paciência taoista tão característica do ministro dos Negócios Estrangeiros Sergey Lavrov: explicando o óbvio não só a um público russo mas também a um público global. O Sul Global pode facilmente compreender esta referência: "Quando o direito internacional e a Carta da ONU interferem, eles [os EUA] declaram tudo obsoleto e desnecessário".

Anteriormente, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Alexander Grushko fora invulgarmente assertivo – sem deixar nada para a imaginação:

"Simplesmente deixamos claro que estamos prontos a falar sobre a passagem de um cenário militar ou militar-técnico para um processo político que reforçará a segurança de todos os países na área da OCSE, euro-atlântica e euro-asiática. Se isso não resultar, assinalámos-lhes [NATO] que também passaremos à criação de contra ameaças, mas então será demasiado tarde para nos perguntarem porque razão tomámos estas decisões e porque razão implantamos estes sistemas".

Assim, no final das contas, trata-se de europeus que enfrentam "a perspectiva de transformar o continente num campo de confrontação militar". Esta será a consequência inevitável de uma "decisão" da NATO que foi realmente decidida em Washington.

A propósito: qualquer possível e futura "contra-ameaça" será coordenada entre a Rússia e a China.

O Sr. Zircon está em linha, Senhor

Todos os seres sensíveis, desde as costas atlânticas até as estepes eurasiáticas, agora já sabem o conteúdo dos rascunhos russos de acordos sobre garantias de segurança apresentados aos americanos, tais como pormenorizados pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Sergey Ryabkov.

As principais disposições incluem a não continuação da expansão da NATO; a não admissão da Ucrânia; a não existência de travessuras da NATO na Ucrânia, Europa Oriental, Transcaucásia e Ásia Central; o acordo entre a Rússia e a NATO no sentido de não instalarem mísseis de médio e curto alcance em áreas de onde possam atingir o território um do outro; a criação de linhas directas (hotlines); e o Conselho NATO-Rússia activamente envolvido na resolução de litígios.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia reiterou amplamente que os americanos receberam "explicações pormenorizadas sobre a lógica da abordagem russa", pelo que a bola está no campo de Washington.

Bem, o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan pareceu inicialmente chutar a bola, quando admitiu, em acta, que Putin pode não querer "invadir" a Ucrânia.

Depois houve rumores de que os americanos voltariam a Moscovo esta semana com as suas próprias "propostas concretas de segurança", depois de terem escrito de facto o guião dos seus lacaios da NATO, invariavelmente transmitido de forma espectacularmente medíocre pelo secretário-geral Jens Stoltenberg.

A narrativa da Ucrânia não mudou nem um centímetro: "medidas severas" – de natureza económica e financeira – permanecem na calha se a Rússia se envolver numa "nova agressão" na Ucrânia.

Moscovo não se deixou enganar. Ryabkow teve de especificar, mais uma vez, que as propostas russas eram numa base bilateral. Tradução: falamos apenas com quem tem poder de decisão, não com lacaios. O envolvimento de outros países, disse Ryabkov, "irá privá-los do seu significado".

Desde o início, a resposta da NATO era previsivelmente óbvia:   A Rússia está a conduzir uma "acumulação militar substancial, não provocada e injustificada" ao longo da sua fronteira com a Ucrânia e está a fazer "falsas ... reivindicações de provocações ucranianas e da NATO".

Isso provou mais uma vez que é uma monumental perda de tempo discutir com caniches a ladrarem da variedade Stoltenberg, para quem "a expansão da NATO vai continuar, quer a Rússia goste ou não".

De facto, quer os funcionários dos EUA e da NATO gostem ou não, o que está realmente a acontecer no reino da realpolitk é a Rússia a ditar novos termos a partir de uma posição de poder. Em resumo: podem aprender o novo jogo de uma maneira pacífica, incluindo o diálogo civilizado, ou aprenderão do modo mais difícil através de um diálogo com o Sr. Iskandr, o Sr. Kalibr, o Sr. Khinzal e o Sr. Zircon.

O inestimável Andrei Martyanov analisou extensamente durante anos todos os pormenores da dominância militar esmagadora da Rússia, hipersónica e não só, através do espaço europeu – bem como as consequências terríveis se os lacaios dos EUA e da NATO "decidirem que querem continuar a fazer-se de parvos".

Martyanov observou também que a Rússia "compreende a divisão com o Ocidente e está pronta a assumir quaisquer consequências, incluindo a retracção do comércio, já em declínio, e a redução do fornecimento de hidrocarbonetos à UE".

É aí que todo o ballet em torno das garantias de segurança se cruza com o ângulo crucial do Pipelinistão. Para resumir tudo:   sair do Nord Stream 2, entrar no Power of Siberia 2.

Então reexaminemos porque é que a catástrofe energética que se avizinha da UE não está a forçar ninguém na Rússia a perder o seu sono.

A dançar na noite siberiana

Um dos pontos altos da conferência estratégica por vídeo Putin-Xi na semana passada foi o futuro imediato do Power of Siberia 2 o qual serpenteará através da Mongólia a fim de fornecer até 50 mil milhões de metros cúbicos de gás natural por ano à China.

Assim, não foi por acaso que Putin recebeu o Presidente mongol Ukhnaagiin Khurelsukh no Kremlin, no dia seguinte à sua conversa com Xi, para discutir o Poder da Sibéria 2. Os parâmetros-chave do gasoduto já foram estabelecidos, um estudo de factibilidade será concluído no início de 2022 e o acordo – menos as afinações de preços de última hora – está praticamente concluído.

Gasoduto Power of Siberia 1.

O Power of Siberia 2 segue-se ao Power of Siberia 1 com 2.200 km de comprimento, lançado em 2019 da Sibéria Oriental para o norte da China e o foco de um acordo de US$400 mil milhões fechado entre a Gazprom e o CNPC da China. A plena capacidade do Power of Sibéria 1 será atingida em 2025, quando estará a fornecer 38 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano.

O Power of Sibéria 2, uma operação muito maior, foi planeado há anos, mas foi difícil encontrar consenso sobre a rota final. A Gazprom queria a Sibéria Ocidental para Xinjiang através das montanhas de Altai. Os chineses queriam trânsito através da Mongólia directamente para a China central. Os chineses acabaram por prevalecer. A rota final através da Mongólia foi decidida apenas há dois meses atrás. A construção deveria começar em 2024.

Trata-se de um gigantesco jogo geoeconómico, totalmente de acordo com a parceria estratégica Rússia-China, cada vez mais refinada. Mas é também extremamente importante do ponto de vista geopolítico (Recorde-se Xi: a China apoia os "interesses fundamentais" da Rússia).

O gás para o Power of Sibéria 2 virá dos mesmos campos que abastecem actualmente o mercado da UE. Sejam quais forem os cozinhados dementes que a Comissão Europeia – e o novo governo alemão – possam aplicar no retardamento da operação do Nord Stream 2, o foco principal da Gazprom será a China.

Não importa para a Gazprom que a China, como cliente no futuro próximo, não venha a substituir totalmente todo o mercado da UE. O que importa é o fluxo comercial estável e a ausência de politicagem infantil. Para a China, o que importa é uma rota extra e garantida de fornecimento terrestre, impulsionando a sua estratégia de "fuga [do estreito] de Malaca":   a possibilidade, no caso de a Guerra Fria 2.0 se tornar quente, de que a US Navy acabasse por bloquear o transporte marítimo de fontes de energia através do Sudeste Asiático para a China.

Arctic pipeline.

Pequim, claro, está em toda parte quando se trata de comprar gás natural russo. Os chineses têm uma participação de 30% no projecto Yamal da Novatek, de US$27 mil milhões, e uma participação de 20% no projecto Árctico de US$21 mil milhões.

Portanto, bem-vindos a 2022 e às novas altas apostas do Realpolitik Great Game.

As elites dos EUA tinham medo de jogar a Rússia contra a China por temerem que isso levasse a Alemanha a aliar-se à Rússia e à China – deixando o Império do Caos no frio.

E isso leva ao "mistério" dentro do enigma de todo o caso ucraniano:   usar a Ucrânia para forçar a UE a afastar-se dos recursos naturais russos.

A Rússia está a virar todo o espectáculo de cabeça para baixo. Como superpotência energética, ao invés de uma UE corroída internamente e comandada pela NATO, a Rússia ficará concentrada sobretudo nos seus clientes asiáticos.

Em paralelo, a superpotência militar russa, tendo-se fartado da intimidação EUA-NATO, está agora a ditar os termos de um novo acordo. Lavrov confirmou que a primeira ronda de conversações Rússia-EUA sobre garantias de segurança será realizada no início de 2022.

Serão ultimatos? Nem por isso. Parece que Ryabkov, com um didactismo notável, terá de continuar a explicá-lo vezes sem conta:   "Não falamos com ninguém na linguagem dos ultimatos. Temos uma atitude responsável em relação à nossa própria segurança e à segurança dos outros. A questão não é que tenhamos emitido um ultimato, de forma alguma, mas que a seriedade da nossa advertência não deve ser subestimada".

25/Dezembro/2021




























domingo, 26 de dezembro de 2021

Aos Deputados da Nação

 

Aos Órgãos de Comunicação Social,

Ao Ministério da Defesa Nacional,

Aos Grupos Parlamentares na Assembleia da República.

PELO ESTATUTO DOS COMBATENTES

Considerações pertinentes a ter em conta antes da VOTAÇÂO:

1 – Os Combatentes das guerras ultramarinas cumpriram o dever patriótico que ao tempo lhes foi exigido, sofrendo as agruras de uma guerra que não compreendiam nem queriam.

2 – Nas terras longínquas de África e em difíceis condições, apesar da desarticulação dos apoios logísticos nas localidades onde estavam aquartelados; apesar de serem injustamente criticados e confrontados com o desespero dos “retornados”, os Combatentes portugueses deram ao mundo um grande exemplo de valentia e mantiveram a necessária segurança até à evacuação de todos os que foram forçados a abandonar os seus empregos e os seus bens para regressarem à metrópole. Para quem tem memória, lembramos que mais de mil militares e colonos brancos Belgas foram chacinados no Congo Belga, aquando da sua independência, porque as tropas não conseguiram suster a rebelião no meio da confusão e do terror. Situações semelhantes não aconteceram nas nossas colónias, graças ao empenho e resistência das nossas tropas.

3 - Com a sua resiliência em surdina, construíram os caminhos para acabar com a ditadura e realizar a revolução de Abril de 1974, que nos trouxe a ambicionada democracia, a liberdade e o fim da guerra e esperança de vida melhor.

4 – Apesar de esquecidos pelos governantes; apesar de abandonados à sua sorte, muitos com graves perturbações físicas e mentais, os Combatentes mais capazes integraram-se na sociedade, no mundo empresarial e no trabalho, produzindo bens para a riqueza do país.

5 – Ora, como em todas as guerras, cerca de um quarto (250 mil) cedo começaram a sentir os efeitos nefastos do stress de guerra, não conseguindo empregos nem meios de sobrevivência para uma vida digna, continuando com baixos proventos até nas pensões de reforma.

6 – Sem desprimor para outras “reinvindicações” que vos foram apresentadas, o que propomos para o Estatuto dos Combatentes, na 3ª versão do documento subscrito pelo “Grupo de Trabalho” das Associações aderentes, não é mais do que uma singela parcela daquilo que, por direito, têm a receber da nação que, injustamente e vergonhosamente, os desprezou durante mais de quarenta anos. Os mais de 450 mil Combatentes, ainda vivos, merecem respeito para viverem o resto das suas vidas com dignidade. A Pátria não pode recusar mais este designo do nosso merecimento.

7 – É importante entender que o Estado será o maior beneficiário dos proventos que vier a pagar aos Combatentes. Porque, com mais algum dinheiro, podem melhorar o seu estado geral de saúde, alimentar-se melhor e adquirir os medicamentos compatíveis com as suas doenças; só por estes factos, os gastos com tratamentos médicos e internamentos hospitalares serão reduzidos e o Estado poupará muitos milhões de euros.

8 – Atendendo à dificuldade de mobilidade, esse dinheiro será gasto em proveito do desenvolvimento da economia do país e do comércio local.

9 – Qualquer falta de compreenção das nossas considerações com sentido prático na satisfação dos nossos propósitos na aprovação de um Estatuto dos Combatentes, justo e dígno, além da reprovação pelos nossos filhos e netos, merecerá o nosso repúdio e protesto generalizado em acções futuras, porque estaremos sempre ao lado dos Combatentes mais desfavorecidos e de outros movimentos e associações que reclamam “Reivindicações” para a generalidade dos Combatentes.

10 - Extrato de “Notícias da Guerra”:

“Agora andamos há 60 anos a esconder a guerra que fizemos nas colónias. Isto, apesar de que, no cair do pano em 1974, todas as famílias portuguesas integravam alguém que esteve na guerra. Que ficou ferido. Que contraiu doença. Que morreu. Ainda hoje se manipulam ou censuram os resultados do desastre coletivo que constituiu a Guerra Colonial do século 20.
O preço do nosso colonialismo – chegados ao 25 de abril – passa por um milhão e meio de emigrantes, 40% de analfabetos numa população com pouco mais de 8 milhões de habitantes. E a fatura mais pesada: 10.500 mortos, mais de 40.000 estropiados e 230.000 (140 mil combatentes, mais 80 mil mulheres que os esperavam) sofrendo de Síndrome Pós-Traumático do Stresse de Guerra. Em apenas duas gerações, os portugueses já apresentam muita dificuldade em falar sobre esta Guerra Colonial. Experimentamos dois dos piores sentimentos: perda (pessoal e coletiva) e vergonha.
A importância e o peso da Guerra Colonial, a forma como caiu o Império, as derrotas militares e as pesadas consequências com que a sociedade foi castigada não permitiram, durante muito tempo, avaliar estragos. Até que chegamos ao perverso desabafo «Isso agora já não interessa. Já passou!» Mas não passou, ainda cá estão muitos…

10 de Junho de 2020

Movimento Cívico de Antigos Combatentes – Associação MAC




Defesa da honra

na União dos Antigos Combatentes do Ultramar Português

 Será que a publicação ( partilha ) feita hoje, pelo nosso colega de Administração Joaquim Coelho, estará dentro do âmbito do nosso Grupo ? Não irá abrir a porta para que outros Membros aproveitem a deixa e venham com outras semelhantes ou piores ? Deixo à vossa consideração.

 Eu; Joaquim Coelho jamais deixarei de lutar contra todas as formas de ditaduras. Passei 40 anos da minha vida com actividades culturais, cívicas e sociais em prol de uma sociedade mais humanista e igualitária, sem açaimos na liberdade de opinião, embora com alguns prejuízos para a minha família. Pois, porei toda a minha influência cívica na defesa dos nossos legítimos direitos. Para tal, conto com um numeroso grupo de Amigos incondicionais. Já deixei outro protesto que foi eliminado pelo sistema! Volto a publicar.

Joaquim Coelho reclama: Prezados Amigos Administradores, fica ao Vosso inteiro critério cortar ou não este tipo de alertas sobre a nossa liberdade de opinião franca e aberta. Acontece que não deixarei de lutar por barrar o caminho a toda a forma de ditadura, piedosos defensores da verdade (deles), manipuladores das mentes fracas e carentes de votantes imbecis. Nos meus tempos de repórter, custou-me ver pessoas ignorantes e burras a censurar os meus escritos e fotografias que só mostravam a verdade do sofrimento de um povo morrendo à fome, nas guerras ultramarinas e nos trilhos de fronteira da emigração clandestina. Alguém se preocupou com os artigos de opinião que têm sido publicados acusando os Combatentes de assassinos, de racistas, de drogados e cambada de alcoólicos; e da tentativa de serem averiguados todos os "massacres cometidos pelas tropas portuguesas"? Pois, isso está a acontecer para desonra e ofensa a mais de um milhão de Antigos Combatentes. Ainda há dias fui testemunhar num processo por atentado contra a honra e com pedido de indemnizações, que corre no Ministério Público, contra um jornal, por causa dos ditos artigos difamatórios.

O "estado totalitário" controla quem diz mal dele, essa é que é essa. Logo, isto é uma ameaça à democracia, tal qual a conhecemos. Querem pior? Pior que isto só ir viver para a Coreia do Norte, Venezuela, Cuba, China, Rússia, etc. Lá nem liberdade de acesso às redes sociais têm mas aqui já estão vigiadas e de que maneira...

Mário Pinto

Excelência só quem sentiu na pele tal como eu e pessoal do meu Batalhão... a que eu pertenci 30 meses, pode dar o valor, o resto é letra. Queremos actos urgentes. Tenha uma continuação de boa tarde.