domingo, 2 de janeiro de 2022

Estratégias Políticas Perigosas

 

O GÁS RUSSO E O FRIO NA EUROPA

Por ser um assunto importante para a estabilidade política na Europa e no mundo, deixo este artigo com rigorosa análise da situação actual (europeus podem morrer de frio):

Sair do Nord Stream 2, entrar no Power of Siberia 2

(Grandes linhas de gasodutos em construção)

– A superpotência militar russa fartou-se das intimidações EUA-NATO e agora dita os termos de um novo acordo

Pepe Escobar [*]

Vindo directamente do Presidente Putin, isto soa como um raio caído do céu:

"Precisamos de garantias a longo prazo juridicamente vinculativas, mesmo sabendo que nelas não se pode confiar, pois os EUA frequentemente retiram-se de tratados que se tornam desinteressantes para eles. Mas isto é alguma coisa, não apenas garantias verbais".

E é assim que as relações Rússia-EUA chegam à crise definitiva – após uma série interminável de polidos alertas vermelhos vindos de Moscovo.

Putin teve de especificar mais uma vez que a Rússia procura uma "segurança indivisível e equitativa" – um princípio estabelecido desde Helsínquia em 1975 – apesar de já não encarar os EUA como um "parceiro" confiável, aquela delicadeza diplomática tão degradada pelo Império desde o fim da URSS.

O trecho da "retirada frequente dos tratados" pode facilmente referir-se ao modo como Washington em 2002, sob a égide de Bush Jr., retirou-se do tratado ABM que fora assinado entre os EUA e a URSS em 1972. Ou pode referir-se ao modo como os EUA sob Trump, destruiu o JCPOA assinado com o Irão e garantido pela ONU. Os precedentes abundam.

Putin estava mais uma vez a exercer a paciência taoista tão característica do ministro dos Negócios Estrangeiros Sergey Lavrov: explicando o óbvio não só a um público russo mas também a um público global. O Sul Global pode facilmente compreender esta referência: "Quando o direito internacional e a Carta da ONU interferem, eles [os EUA] declaram tudo obsoleto e desnecessário".

Anteriormente, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Alexander Grushko fora invulgarmente assertivo – sem deixar nada para a imaginação:

"Simplesmente deixamos claro que estamos prontos a falar sobre a passagem de um cenário militar ou militar-técnico para um processo político que reforçará a segurança de todos os países na área da OCSE, euro-atlântica e euro-asiática. Se isso não resultar, assinalámos-lhes [NATO] que também passaremos à criação de contra ameaças, mas então será demasiado tarde para nos perguntarem porque razão tomámos estas decisões e porque razão implantamos estes sistemas".

Assim, no final das contas, trata-se de europeus que enfrentam "a perspectiva de transformar o continente num campo de confrontação militar". Esta será a consequência inevitável de uma "decisão" da NATO que foi realmente decidida em Washington.

A propósito: qualquer possível e futura "contra-ameaça" será coordenada entre a Rússia e a China.

O Sr. Zircon está em linha, Senhor

Todos os seres sensíveis, desde as costas atlânticas até as estepes eurasiáticas, agora já sabem o conteúdo dos rascunhos russos de acordos sobre garantias de segurança apresentados aos americanos, tais como pormenorizados pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Sergey Ryabkov.

As principais disposições incluem a não continuação da expansão da NATO; a não admissão da Ucrânia; a não existência de travessuras da NATO na Ucrânia, Europa Oriental, Transcaucásia e Ásia Central; o acordo entre a Rússia e a NATO no sentido de não instalarem mísseis de médio e curto alcance em áreas de onde possam atingir o território um do outro; a criação de linhas directas (hotlines); e o Conselho NATO-Rússia activamente envolvido na resolução de litígios.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia reiterou amplamente que os americanos receberam "explicações pormenorizadas sobre a lógica da abordagem russa", pelo que a bola está no campo de Washington.

Bem, o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan pareceu inicialmente chutar a bola, quando admitiu, em acta, que Putin pode não querer "invadir" a Ucrânia.

Depois houve rumores de que os americanos voltariam a Moscovo esta semana com as suas próprias "propostas concretas de segurança", depois de terem escrito de facto o guião dos seus lacaios da NATO, invariavelmente transmitido de forma espectacularmente medíocre pelo secretário-geral Jens Stoltenberg.

A narrativa da Ucrânia não mudou nem um centímetro: "medidas severas" – de natureza económica e financeira – permanecem na calha se a Rússia se envolver numa "nova agressão" na Ucrânia.

Moscovo não se deixou enganar. Ryabkow teve de especificar, mais uma vez, que as propostas russas eram numa base bilateral. Tradução: falamos apenas com quem tem poder de decisão, não com lacaios. O envolvimento de outros países, disse Ryabkov, "irá privá-los do seu significado".

Desde o início, a resposta da NATO era previsivelmente óbvia:   A Rússia está a conduzir uma "acumulação militar substancial, não provocada e injustificada" ao longo da sua fronteira com a Ucrânia e está a fazer "falsas ... reivindicações de provocações ucranianas e da NATO".

Isso provou mais uma vez que é uma monumental perda de tempo discutir com caniches a ladrarem da variedade Stoltenberg, para quem "a expansão da NATO vai continuar, quer a Rússia goste ou não".

De facto, quer os funcionários dos EUA e da NATO gostem ou não, o que está realmente a acontecer no reino da realpolitk é a Rússia a ditar novos termos a partir de uma posição de poder. Em resumo: podem aprender o novo jogo de uma maneira pacífica, incluindo o diálogo civilizado, ou aprenderão do modo mais difícil através de um diálogo com o Sr. Iskandr, o Sr. Kalibr, o Sr. Khinzal e o Sr. Zircon.

O inestimável Andrei Martyanov analisou extensamente durante anos todos os pormenores da dominância militar esmagadora da Rússia, hipersónica e não só, através do espaço europeu – bem como as consequências terríveis se os lacaios dos EUA e da NATO "decidirem que querem continuar a fazer-se de parvos".

Martyanov observou também que a Rússia "compreende a divisão com o Ocidente e está pronta a assumir quaisquer consequências, incluindo a retracção do comércio, já em declínio, e a redução do fornecimento de hidrocarbonetos à UE".

É aí que todo o ballet em torno das garantias de segurança se cruza com o ângulo crucial do Pipelinistão. Para resumir tudo:   sair do Nord Stream 2, entrar no Power of Siberia 2.

Então reexaminemos porque é que a catástrofe energética que se avizinha da UE não está a forçar ninguém na Rússia a perder o seu sono.

A dançar na noite siberiana

Um dos pontos altos da conferência estratégica por vídeo Putin-Xi na semana passada foi o futuro imediato do Power of Siberia 2 o qual serpenteará através da Mongólia a fim de fornecer até 50 mil milhões de metros cúbicos de gás natural por ano à China.

Assim, não foi por acaso que Putin recebeu o Presidente mongol Ukhnaagiin Khurelsukh no Kremlin, no dia seguinte à sua conversa com Xi, para discutir o Poder da Sibéria 2. Os parâmetros-chave do gasoduto já foram estabelecidos, um estudo de factibilidade será concluído no início de 2022 e o acordo – menos as afinações de preços de última hora – está praticamente concluído.

Gasoduto Power of Siberia 1.

O Power of Siberia 2 segue-se ao Power of Siberia 1 com 2.200 km de comprimento, lançado em 2019 da Sibéria Oriental para o norte da China e o foco de um acordo de US$400 mil milhões fechado entre a Gazprom e o CNPC da China. A plena capacidade do Power of Sibéria 1 será atingida em 2025, quando estará a fornecer 38 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano.

O Power of Sibéria 2, uma operação muito maior, foi planeado há anos, mas foi difícil encontrar consenso sobre a rota final. A Gazprom queria a Sibéria Ocidental para Xinjiang através das montanhas de Altai. Os chineses queriam trânsito através da Mongólia directamente para a China central. Os chineses acabaram por prevalecer. A rota final através da Mongólia foi decidida apenas há dois meses atrás. A construção deveria começar em 2024.

Trata-se de um gigantesco jogo geoeconómico, totalmente de acordo com a parceria estratégica Rússia-China, cada vez mais refinada. Mas é também extremamente importante do ponto de vista geopolítico (Recorde-se Xi: a China apoia os "interesses fundamentais" da Rússia).

O gás para o Power of Sibéria 2 virá dos mesmos campos que abastecem actualmente o mercado da UE. Sejam quais forem os cozinhados dementes que a Comissão Europeia – e o novo governo alemão – possam aplicar no retardamento da operação do Nord Stream 2, o foco principal da Gazprom será a China.

Não importa para a Gazprom que a China, como cliente no futuro próximo, não venha a substituir totalmente todo o mercado da UE. O que importa é o fluxo comercial estável e a ausência de politicagem infantil. Para a China, o que importa é uma rota extra e garantida de fornecimento terrestre, impulsionando a sua estratégia de "fuga [do estreito] de Malaca":   a possibilidade, no caso de a Guerra Fria 2.0 se tornar quente, de que a US Navy acabasse por bloquear o transporte marítimo de fontes de energia através do Sudeste Asiático para a China.

Arctic pipeline.

Pequim, claro, está em toda parte quando se trata de comprar gás natural russo. Os chineses têm uma participação de 30% no projecto Yamal da Novatek, de US$27 mil milhões, e uma participação de 20% no projecto Árctico de US$21 mil milhões.

Portanto, bem-vindos a 2022 e às novas altas apostas do Realpolitik Great Game.

As elites dos EUA tinham medo de jogar a Rússia contra a China por temerem que isso levasse a Alemanha a aliar-se à Rússia e à China – deixando o Império do Caos no frio.

E isso leva ao "mistério" dentro do enigma de todo o caso ucraniano:   usar a Ucrânia para forçar a UE a afastar-se dos recursos naturais russos.

A Rússia está a virar todo o espectáculo de cabeça para baixo. Como superpotência energética, ao invés de uma UE corroída internamente e comandada pela NATO, a Rússia ficará concentrada sobretudo nos seus clientes asiáticos.

Em paralelo, a superpotência militar russa, tendo-se fartado da intimidação EUA-NATO, está agora a ditar os termos de um novo acordo. Lavrov confirmou que a primeira ronda de conversações Rússia-EUA sobre garantias de segurança será realizada no início de 2022.

Serão ultimatos? Nem por isso. Parece que Ryabkov, com um didactismo notável, terá de continuar a explicá-lo vezes sem conta:   "Não falamos com ninguém na linguagem dos ultimatos. Temos uma atitude responsável em relação à nossa própria segurança e à segurança dos outros. A questão não é que tenhamos emitido um ultimato, de forma alguma, mas que a seriedade da nossa advertência não deve ser subestimada".

25/Dezembro/2021




























domingo, 26 de dezembro de 2021

Aos Deputados da Nação

 

Aos Órgãos de Comunicação Social,

Ao Ministério da Defesa Nacional,

Aos Grupos Parlamentares na Assembleia da República.

PELO ESTATUTO DOS COMBATENTES

Considerações pertinentes a ter em conta antes da VOTAÇÂO:

1 – Os Combatentes das guerras ultramarinas cumpriram o dever patriótico que ao tempo lhes foi exigido, sofrendo as agruras de uma guerra que não compreendiam nem queriam.

2 – Nas terras longínquas de África e em difíceis condições, apesar da desarticulação dos apoios logísticos nas localidades onde estavam aquartelados; apesar de serem injustamente criticados e confrontados com o desespero dos “retornados”, os Combatentes portugueses deram ao mundo um grande exemplo de valentia e mantiveram a necessária segurança até à evacuação de todos os que foram forçados a abandonar os seus empregos e os seus bens para regressarem à metrópole. Para quem tem memória, lembramos que mais de mil militares e colonos brancos Belgas foram chacinados no Congo Belga, aquando da sua independência, porque as tropas não conseguiram suster a rebelião no meio da confusão e do terror. Situações semelhantes não aconteceram nas nossas colónias, graças ao empenho e resistência das nossas tropas.

3 - Com a sua resiliência em surdina, construíram os caminhos para acabar com a ditadura e realizar a revolução de Abril de 1974, que nos trouxe a ambicionada democracia, a liberdade e o fim da guerra e esperança de vida melhor.

4 – Apesar de esquecidos pelos governantes; apesar de abandonados à sua sorte, muitos com graves perturbações físicas e mentais, os Combatentes mais capazes integraram-se na sociedade, no mundo empresarial e no trabalho, produzindo bens para a riqueza do país.

5 – Ora, como em todas as guerras, cerca de um quarto (250 mil) cedo começaram a sentir os efeitos nefastos do stress de guerra, não conseguindo empregos nem meios de sobrevivência para uma vida digna, continuando com baixos proventos até nas pensões de reforma.

6 – Sem desprimor para outras “reinvindicações” que vos foram apresentadas, o que propomos para o Estatuto dos Combatentes, na 3ª versão do documento subscrito pelo “Grupo de Trabalho” das Associações aderentes, não é mais do que uma singela parcela daquilo que, por direito, têm a receber da nação que, injustamente e vergonhosamente, os desprezou durante mais de quarenta anos. Os mais de 450 mil Combatentes, ainda vivos, merecem respeito para viverem o resto das suas vidas com dignidade. A Pátria não pode recusar mais este designo do nosso merecimento.

7 – É importante entender que o Estado será o maior beneficiário dos proventos que vier a pagar aos Combatentes. Porque, com mais algum dinheiro, podem melhorar o seu estado geral de saúde, alimentar-se melhor e adquirir os medicamentos compatíveis com as suas doenças; só por estes factos, os gastos com tratamentos médicos e internamentos hospitalares serão reduzidos e o Estado poupará muitos milhões de euros.

8 – Atendendo à dificuldade de mobilidade, esse dinheiro será gasto em proveito do desenvolvimento da economia do país e do comércio local.

9 – Qualquer falta de compreenção das nossas considerações com sentido prático na satisfação dos nossos propósitos na aprovação de um Estatuto dos Combatentes, justo e dígno, além da reprovação pelos nossos filhos e netos, merecerá o nosso repúdio e protesto generalizado em acções futuras, porque estaremos sempre ao lado dos Combatentes mais desfavorecidos e de outros movimentos e associações que reclamam “Reivindicações” para a generalidade dos Combatentes.

10 - Extrato de “Notícias da Guerra”:

“Agora andamos há 60 anos a esconder a guerra que fizemos nas colónias. Isto, apesar de que, no cair do pano em 1974, todas as famílias portuguesas integravam alguém que esteve na guerra. Que ficou ferido. Que contraiu doença. Que morreu. Ainda hoje se manipulam ou censuram os resultados do desastre coletivo que constituiu a Guerra Colonial do século 20.
O preço do nosso colonialismo – chegados ao 25 de abril – passa por um milhão e meio de emigrantes, 40% de analfabetos numa população com pouco mais de 8 milhões de habitantes. E a fatura mais pesada: 10.500 mortos, mais de 40.000 estropiados e 230.000 (140 mil combatentes, mais 80 mil mulheres que os esperavam) sofrendo de Síndrome Pós-Traumático do Stresse de Guerra. Em apenas duas gerações, os portugueses já apresentam muita dificuldade em falar sobre esta Guerra Colonial. Experimentamos dois dos piores sentimentos: perda (pessoal e coletiva) e vergonha.
A importância e o peso da Guerra Colonial, a forma como caiu o Império, as derrotas militares e as pesadas consequências com que a sociedade foi castigada não permitiram, durante muito tempo, avaliar estragos. Até que chegamos ao perverso desabafo «Isso agora já não interessa. Já passou!» Mas não passou, ainda cá estão muitos…

10 de Junho de 2020

Movimento Cívico de Antigos Combatentes – Associação MAC




Defesa da honra

na União dos Antigos Combatentes do Ultramar Português

 Será que a publicação ( partilha ) feita hoje, pelo nosso colega de Administração Joaquim Coelho, estará dentro do âmbito do nosso Grupo ? Não irá abrir a porta para que outros Membros aproveitem a deixa e venham com outras semelhantes ou piores ? Deixo à vossa consideração.

 Eu; Joaquim Coelho jamais deixarei de lutar contra todas as formas de ditaduras. Passei 40 anos da minha vida com actividades culturais, cívicas e sociais em prol de uma sociedade mais humanista e igualitária, sem açaimos na liberdade de opinião, embora com alguns prejuízos para a minha família. Pois, porei toda a minha influência cívica na defesa dos nossos legítimos direitos. Para tal, conto com um numeroso grupo de Amigos incondicionais. Já deixei outro protesto que foi eliminado pelo sistema! Volto a publicar.

Joaquim Coelho reclama: Prezados Amigos Administradores, fica ao Vosso inteiro critério cortar ou não este tipo de alertas sobre a nossa liberdade de opinião franca e aberta. Acontece que não deixarei de lutar por barrar o caminho a toda a forma de ditadura, piedosos defensores da verdade (deles), manipuladores das mentes fracas e carentes de votantes imbecis. Nos meus tempos de repórter, custou-me ver pessoas ignorantes e burras a censurar os meus escritos e fotografias que só mostravam a verdade do sofrimento de um povo morrendo à fome, nas guerras ultramarinas e nos trilhos de fronteira da emigração clandestina. Alguém se preocupou com os artigos de opinião que têm sido publicados acusando os Combatentes de assassinos, de racistas, de drogados e cambada de alcoólicos; e da tentativa de serem averiguados todos os "massacres cometidos pelas tropas portuguesas"? Pois, isso está a acontecer para desonra e ofensa a mais de um milhão de Antigos Combatentes. Ainda há dias fui testemunhar num processo por atentado contra a honra e com pedido de indemnizações, que corre no Ministério Público, contra um jornal, por causa dos ditos artigos difamatórios.

O "estado totalitário" controla quem diz mal dele, essa é que é essa. Logo, isto é uma ameaça à democracia, tal qual a conhecemos. Querem pior? Pior que isto só ir viver para a Coreia do Norte, Venezuela, Cuba, China, Rússia, etc. Lá nem liberdade de acesso às redes sociais têm mas aqui já estão vigiadas e de que maneira...

Mário Pinto

Excelência só quem sentiu na pele tal como eu e pessoal do meu Batalhão... a que eu pertenci 30 meses, pode dar o valor, o resto é letra. Queremos actos urgentes. Tenha uma continuação de boa tarde.





quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Futuro com Esperança

 

FUGA À ESCRAVIDÃO

 

Ao longo do tempo tenho sido incomodado com os ataques do “sistema da globalização” às liberdades individuais e à liberdade castradora dos direitos do homem definidas para o trabalho remunerado na justa valorização da produção; pois, o monstro da globalização económica e financeira é a causa da rejeição do humanismo enquanto conceito da valorização humana.

A veneração dos objectos que confortam o ego é a causa de muitos malefícios cognitivos que sufocam a vontade de fugir à frivolidade das coisas supérfluas e à vulgaridade dos princípios éticos que caracterizam a actualidade.

Nada está predestinado na nossa vida; as circunstâncias de cada momento devem ser aproveitadas para consolidar os planos que nos hão-de levar ao cumprimento dos fins da nossa existência no mundo, consolidando os objectivos da criação. Se aceitamos seguir no caminho da vulgaridade das aparências que nos cercam, submetemo-nos às leis do consumismo e seremos tragados pelos agiotas que nos sugam as últimas forças de defesa e nos atiram para o meio dos jogadores da globalização; enfraquecidos e deprimidos, os pensamentos serão asfixiados e a vontade torturada até definharmos perante as adversidades que oprimem e matam.

Perante a degradação dos valores humanos, o sofisma dos idealismos não terá mais sentido; recusar a resignação é lutar contra o aniquilamento das vontades individuais que dão consistência ao colectivismo como forma de seguirmos em frente; assim, cada um ocupará o lugar que lhe pertence por direito no conceito da sociedade civilizada.

Se soubermos viver em parceria, sem as demais idolatrias que só prejudicam os ideais do humanismo, poderemos aproveitar os conhecimentos e experiências adquiridas para relançar as bases da sociedade solidária que nos falta e seguir o caminho da imunização contra as formas de escravatura a que as instituições fantasma nos querem submeter.

Os tempos deverão ser de empatia e solidariedade, porque só a união de esforços e de vontades poderá minorar os efeitos da invasão da nossa privacidade e limitação dos nossos legítimos direitos, com vista à plena satisfação dos nossos anseios de vida partilhada com respeito e dignidade. Se seguirmos o caminho do “salve-se quem puder”, dentro de pouco tempo não restará nada que nos possa fazer viver a vida humanamente feliz, porque a esperança definhará e o futuro de paz estará mais longínquo.

 

Vila Nova de Gaia, 2 de Janeiro de 2014

Joaquim Coelho













quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Protestos e Frouxos

 Um senhor, com responsabilidades na decadência da Democracia, escreveu só para incendiar os ânimos:

Os novos cantores de protesto

Das boinas, dos cânticos e dos gritos de guerra

Tenho idade e experiência de vida para não ser ingénuo. E também para reconhecer técnicas velhas de manipulação, mesmo modernizadas.

A manifestação de grupos de antigos militares no dia do Exército a propósito de cânticos, gritos e boinas é uma evidente ação política de agitação, agitprop.

O canto coral em marcha de desfile é uma moda recente nas forças armadas portuguesas. As tropas especiais nunca cantaram a marchar nos desfiles dos dias solenes, nem antes nem depois do 25 de Abril de 1974, do 10 de Junho, 25 de Abril, dias das Forças Armadas, guardas de honra.

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Nesta assuada do dia 23 de Outubro os cidadãos em geral assistiram, e os organizadores quiseram-nos cúmplices, de um grosseiro aproveitamento de emoções, de desconhecimento do passado das instituições por parte de demagogos e de políticos sem escrúpulos.

Esta assuada não teve por fundo o espirito de corpo, nem a dignidade das forças militares. Foi a sua negação e pretendeu minar os fundamentos do Estado e das suas grandes instituições. Estamos perante sapadores do Estado de Direito e não de cantores de protesto.

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Carlos Matos Gomes

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Protestos… aqui vai o meu PROTESTO

Tenho pena do senhor Carlos Matos Gomes, porque não sabe do que fala ou, se não é ingénuo, é estrábico ou pitosga.

Tenha vergonha senhor pseudo-historiador da Pátria dos frouxos. Por causa dos frouxos e acomodados como o senhor, é que a democracia está em decadência… perto do suicídio.

Foi entre as matas e savanas africanas, nos confins das terras desconhecidas, nos aquartelamentos plantados no cu de judas, esquecidos das coisas primárias da civilização, que uma cepa de militares corajosos e valentes, usando todas as formas de sobrevivência perante os bombardeamentos inimigos, sob o fogo das emboscadas e perigo das minas nas picadas, que se forjaram os homens de mentes abertas e sedentas de liberdade. A revolução não se fez em Abril de 1974; começou muitos anos antes, através dos corajosos militares que transmitiam novas ideias e avivavam a lucidez aos camaradas menos informados; opositores à guerra com capacidade para afrontar o sistema; sim, se não fossem aqueles que sofreram os isolamentos e as privações dentro dos aquartelamentos, jamais os senhores abrilentos teriam ambiente propício para suportar uma revolução.

Mas, o drama dos nossos Antigos Combatentes começou com o alvorecer da liberdade! Os militares abrilentos, depois de sentados nos lugares cimeiros do poder, rapidamente esqueceram os milhares de soldados desterrados nas longínquas terras africanas. Esqueceram que as cadeias da logística se desfizeram; esqueceram que a guerra não tinha acabado – os nossos militares continuaram a morrer por uma Pátria que os abandonava lentamente.

Os dramas dos “apanhados pelo clima” multiplicavam-se à medida que eram desmobilizados e mandados para as suas terras, sem qualquer apoio social e na saúde.

Mas os senhores abrilentos, trataram dos seus interesses egoístas, agarrando tudo que lhes garantisse um futuro principesco. Assim planearam e assim conseguiram manietar os patriotas mais credíveis, abrindo caminho ao regresso dos conhecidos carrascos dos trabalhadores e do povo.

Afinal, os abrilentos, depois de colherem as benesses e as promoções a saldo, acomodaram-se com o sistema sem moverem uma única chaimite contra os abusos que se evidenciavam manipuladores da democracia nos anos 80.

Bem, senhor pseudo-historiador, porque anda distraído ou tenta manipular as mentes perdidas nos meandros das dificuldades da vida que o senhor Matos Gomes desconhece – miséria encrustada numa sociedade que os seus correligionários protegem, porque a ração de combate é abundante, embora imerecida.

Cerimónias solenes, desfiles e marchas com os militares cantando os seus hinos e canções acontecem todos os anos. Mas, o senhor coronel Carlos Matos Gomes deve andar lá pelas arábias e não vê nem sabe do que fala.

As Forças Armadas Portuguesas merecem chefes com mais sentido patriótico, que as dignifiquem, respeitadores das tradições, dos símbolos que formam a mística das diversas especialidades que são, afinal, a génese da formação específica para a eficácia e sucesso nas missões que lhes são atribuídas. Tratem de melhorar as condições de vida dentro das Forças Armadas, mais apetecível para a formação da juventude, porque somos uma Nação milenar, com uma história recheada de grandes feitos e heróis, que não deve ser ignorada, porque precisa da juventude com sentido patriótico, amor à terra dos seus antepassados.  

Temas actuais – 26 de Outubro de 2021

Joaquim Coelho









domingo, 17 de outubro de 2021

A Epopeia dos Descobrimentos

 


Os Descobrimentos Portugueses – Cronologia

 Reinado de D. João I (1385-1433)

1415 - Conquista de Ceuta
1418 - João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz descobrem a Ilha de Porto Santo
1419 - João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz descobrem a Ilha da Madeira
1427 - Diogo de Silves descobre as Ilhas dos Açores

Reinado de D. Duarte (1433-38)
1434 - Gil Eanes dobra o Cabo Bojador

Reinado de D. Afonso V (1438-1481)
1441 - Nuno Tristão conduz a expedição ao Cabo Branco, na Costa de África
1445 - Nuno Tristão conduz a expedição ao Senegal

Reinado de D. João II (1481-95)
1460 - Diogo Gomes descobre o arquipélago de Cabo Verde
1471 - Descoberta das ilhas de Fernão Pó, São Tomé, Príncipe e Ano Bom
1483 - Diogo Cão descobre a foz do Rio Congo
1485 - Diogo Cão chega à Namíbia
1488 - Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança

Reinado de D. Manuel I (1495-1521)
1498 - Vasco da Gama descobre o Caminho Marítimo para a Índia
1500 - Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil
1501 - Gaspar Corte Real chega à Terra Nova
1510 - Afonso de Albuquerque conquista Goa
1511 - Os navegadores portugueses chegam às Ilhas Molucas
1513 - Portugueses estabelecem feitorias na China, Macau e Cantão
1519 - O português Fernão de Magalhães inicia a primeira viagem de circum-navegação do globo, que termina em 1522

Reinado de D. João III (1521-57)
1543 - Os navegadores portugueses chegam ao Japão

 

Os Descobrimentos portugueses

Privilegiados com uma longa costa marítima de Norte a Sul, os marinheiros portugueses sempre sentiram grande fascínio pelo mar, o que ocasionou vontade e ambição de desenvolver aptidões para os conhecimentos náuticos altamente avançados para a época. Ora, o mar ofertava alternativas mais ousadas para o comércio externo e a necessidade de conquistar novas terras, obter matérias-primas e metais preciosos, levaram os iluminados com ideias inovadoras, financiados e apoiados pela alta burguesia e com colaboração da igreja católica, se lançassem na organização de projectos de construção de maiores e mais bem apetrechados navios com capacidade para vencerem a força das ondas marítimas, navegando com arte no aproveitamento das correntes do vento, através dos oceanos.

A visão futurista do Infante D. Henrique fomentou a criação de escolas náuticas capazes de formarem bons marinheiros e estudar formas de conservar alimentos e meios de sobrevivência em longas distâncias e sujeitos ao rigor das alterações climáticas locais, ao longo das rotas marítimas de finais imprevisíveis.

Sabia-se que os muçulmanos eram conhecidos como os principais negociantes do comércio de especiarias desde as costas do Malabar até ao oriente médio, utilizando o Mar Mediterrâneo e a rota de Omar. Esse monopólio do comércio dificultava a vida aos negociantes portugueses, agravado com a tomada de Constantinopla pelos Otomanos. Havia que encontrar uma via alternativa – a via marítima até à India.

Mas, os descobrimentos portugueses começam em 1415, quando Portugal descobriu Ceuta, no norte de África. Em pouco tempo, formaram uma base naval de onde podiam controlar os movimentos marítimos no Estreito de Gibraltar e dar apoio logístico aos naus que navegaram para o Atlântico.

Os membros da  Ordem dos Templários e a Igreja Católica, ajudaram a descobrir a Ilha da Madeira em 1418 e em 1427 a Ilha dos Açores. A intenção dessa aliança era estabelecer o cristianismo e expulsar os muçulmanos por onde passassem.

Em 1434, os portugueses passam o estreito entre as ilhas Canárias e a Mauritânia – Cabo Bojador; em 1441, passam o Cabo Branco; em 1445 chegam ao Senegal e Guiné-Bissau; em 1460, descobrem o arquipélago de Cabo Verde; em 1471, descobrem as ilhas de S. Tomé e Principe, Fernando Pó, ilha de Ano Bom, no oceano Atlântico.

As caravelas e naus portuguesas continuaram a navegar na costa africana, descobrindo as terras e foz do rio Congo em 1483; passando pelas costas de Angola, descobriram a Namíbia em 1485; chegando ao sul da África, dobram o Cabo da Boa Esperança em 1488, local tormentoso para a navegação.

Com caravelas e naus mais aperfeiçoadas e velas mais enquadradas, Vasco da Gama parte a caminho da India, chegando a Moçambique, “rio dos bons sinais” foz do rio Quelimane, chegando à ilha de Moçambique em 1497. Percebendo a grande influência dos comerciantes muçulmanos na região, vindo de Zanzibar, negociei com eles e consegue estabelecer uma feitoria chefiada por um Xeque, dependente do Sultão de Zanzibar. Com essa praça forte e importante apoio à frota portuguesa a caminho da Índia, a expedição Portuguesa chegou às costas indianas em 1498. Estava encontrado um novo caminho para a comercialização das especiarias.

Entretanto, Cristóvão Colombo, genovês, aproveitava os conhecimentos do irmão cartógrafo, planeava atingir as Índias seguindo uma rota para oeste, rumo à América. Apresentou os seus planos ao rei D. João II de Portugal, pedindo financiamento. Como Bartolomeu Dias já tinha dobrado a Cabo da Boa Esperança, contornando a África, o rei recusou tal plano. Colombo não desistiu e pediu apoio aos reis de Aragão e Castela, apesar das negas de D. Isabel e D. Fernando; finalmente, em Agosto de 1492, Colombo partiu para oeste atravessando o oceano Atlântico até ao Novo Mundo (América). Logo os reis portugueses viram que poderiam perder o direito de descobrir nesse continente e providenciaram e conseguiram o Tratado de Tordesilhas, em Julho de 1494, o qual dividiu os territórios entre as descobertas portuguesas e espanholas.   

Pedro Álvares Cabral, em 1500, liderou uma expedição extraordinária que mudaria para sempre a vida desses dois territórios – Portugal e Brasil. Saindo de Cabo Verde, chegou à terra de Vera Cruz, mais tarde o Brasil, tornada a colónia mais rica de Portugal. Chegou a ser Reino Unido do país abrigando a coroa portuguesa por vários anos, mas também foi a primeira colónia a tornar-se independente. Entre 1521-1557 foram iniciadas as primeiras capitanias de ocupação efetiva desse local.

Os portugueses continuaram na senda das descobertas e, em 1501, descobrem a Terra Nova-Canadá; em, 1510, Afonso de Albuquerque ocupou Goa, na Índia. No ano seguinte ocuparam Malaca, na Malásia, onde não havia sinais de contactos com europeus no Oriente. Expandindo as trocas comerciais com os árabes e povos locais, em 1513 ocuparam Macau, estabelecendo feitorias na China e Cantão. Assim se tornaram os mais eficientes na diplomacia e no comércio das sedas e louças entre chineses e japoneses.

Nesta competição das descobertas entre Portugal e Espanha, Fernão de Magalhães, querendo provar que a terra era redonda, desentendeu-se com o monarca português e foi oferecer os seus préstimos ao Rei de Espanha. Em 1519 partiu para a viagem de circum-navegação, tendo passado pela Argentina e Chile, chegou às Filipinas, onde se apercebeu que estava no hemisfério de jurisdição portuguesa (segundo o Tratado de Tordesilhas), tendo ficado desorientado e entrado em luta com os locais, onde foi morto. Assumiu o comando o espanhol Elcano, tentando desviar-se das naus portuguesas, com medo de ser aprisionado; mas perdeu navios e marinheiros, tendo sido ajudado pelos navegadores portugueses para encontrar uma rota de regresso a Espanha, contornando a África; regressou a Sevilha com um navio e 18 marinheiros, dos 234 que haviam partido com Fernão Magalhães.

Tanto os navegadores portugueses como os espanhóis tiveram grandes confrontos com os “piratas” financiados pelos ingleses, holandeses e outros países invejosos da eficiência dos comerciantes portugueses, causaram grandes perdas de homens e navios, em renhidos confrontos nas rotas marítimas das américas e da índia. Muitos dos carregamentos de matérias-primas, ouro e especiarias foram pilhados em pleno mar, muitas vezes perdidos com o afundamento dos navios..

Os portugueses descobriram, desenvolveram, evangelizaram, ocuparam e colonizaram territórios e povos em diversas partes do mundo, levando consigo a sua cultura, a inovação na agricultura e novas fontes de alimentação, a fé, as tradições e a língua, ainda hoje bem aceites.

                    


















sábado, 9 de outubro de 2021

Estatuto dos Combatentes e Comentários

 A propósito dos abusos de linguagem ofensiva

Movimento Cívico de Antigos Combatentes

22 de junho de 2020  ·

Grupos, Ratazanas e Gabirus

Mensagem de Joaquim Coelho, presidente do MAC e coordenador do “Grupo de Trabalho” das associações aderentes para o “Estatuto dos Antigos Combatentes”.

“Fico grato aos promotores da homenagem do dia 13 de Junho de 2020, mas devo lembrar que sem o apoio de um numeroso grupo de voluntariosos, não teríamos sucesso. Com esforço e persistência, os membros da Associação MAC, conseguiram obrigar os governantes e outras instituições a avançar com o “Estatuto dos Antigos Combatentes”. Em breve, será APROVADO na Assembleia da República. Pode não satisfazer todas as nossas pretensões, mas é um princípio do reconhecimento dos nossos préstimos à Pátria. Continuaremos a lutar para melhorar os benefícios para todos os Combatentes das guerras ultramarinas.

GRUPOS: Por definição lógica e racional, os Grupos formam-se com a finalidade de estabelecerem laços de afinidade duradoiros entre pessoas que comungam de princípios e valores solidários e vantajosos para a comunidade, sem distinção de posições sociais ou edeológicas. O seu funcionamento passa por aglutinar meios e organizar eventos que satisfaçam os membros aderentes, para convívios salutares e apoios mútuos numa dinâmica de cumplicidade na alegria contagiante que traga mais felicidade à vida de cada um.

Ora, lamentavelmente, nem sempre os membros dos Grupos se comportam dentro desses princípios, o que causa instabilidade e aborrecimentos indesejáveis, quando não a própria destruição do grupo.

Por experiência social entre povos de diversas culturas e posições geográficas, habituei-me a conviver naturalmente e a respeitar as diferenças e os hábitos de cada um. Este propósito, exige o respeito mútuo, sem reparos ou manhas.

Vem este reparo a propósito das atoardas, lamechices, choradinhos, chorrilhos de queixinhas, patéticas ofensas pessoais e outras lamentáveis parvoíces que atiram por terra qualquer forma de cidadania no suporte da amizade que se apregoa.

Meus Amigos, vamos deixar de ser egocêntricos e perdulários do tempo que nos resta para viver. Saibamos aproveitar cada momento para sermos alegres e felizes, dando uma lufada de felicidade aos nossos familiares e amigos. Por brio ou por defeito, nunca vacilei perante as dificuldades em construir grupos de pessoas com afinidade para avançar com projectos de vida social e solidária de grande efeito na melhoria da qualidade de vida da minha comunidade; para tal, sempre tive excelentes colaboradores que se dispunham a intervir com determinação cívica e voluntariosa.

Ando na Net e redes sociais desde que apareceram; pelo que entendo isto como amplas janelas abertas ao mundo da comunicação com amizade. Colaboro em 8 Grupos, organizei 5 Sites e 8 Blogs, além da publicação de mais de 500 vídeos no Youtube e Sapo. Portanto, sirvo-me destes meios para divulgar conhecimento e diversão com natural prazer.

Caros Amigos, vamos serenar os ânimos, despir as camisolas incolores, fomentar encontros saudáveis e respeitar as diferenças sem azedumes.”