Como será o resto das nossas Vidas
A sequência de confinamentos abusivos está a causar mais estragos sociais e mentais do que danos na economia. Estamos a perder a noção do tempo e a utilidade dos pequenos negócios que se debatem com tremendas dificuldades perante a criminosa lei do confinamento, cheia de incongruências desconexas.
O mundo fecha-se nas catacumbas dos destruidores de
sonhos. Pouco nos resta para respirar com esperança de manter a lucidez intacta
a tanta maldade que nos atinge no íntimo das nossas vidas.
A realidade é tremendamente uma incerteza, mas temos de
acreditar que o presente está nas nossas mãos e o futuro é uma incógnita que
não podemos deixar de desvendar; basta que estejamos unidos contra os poderes que
nos maltratam, dando as mãos com sentido de reposição dos direitos de liberdade
criminosamente usurpados, para deixarmos de ver o mundo pela vidraça da janela
do nosso lar familiar, onde nos querem prisioneiros sem sentença confirmada.
Não podemos continuar a sofrer os efeitos dos planos
malévolos que nos afligem e entorpeçam, criando a sensação de insatisfação sem
reagir concertadamente até à reposição de todos os direitos e bens extorquidos;
só assim escaparemos à aparente derrota imerecida, fugindo ao estigma da
solidão por falta de consensos na razão do nosso ideal de vida.
Se nos isolamos uns dos outros, damos campo de manobra ao
inimigo comum para nos trucidar nas engrenagens dos poderosos. Devemos criar
cada vez mais motivos de empatia, eliminando a aparente distância de interesses
comuns, para evitarmos o perigo do individualismo que nos empurra para um
buraco da sociedade que nos pode causar grande sofrimento e desconforto.
A realidade que nos rodeia é de aparente apatia; sensação
de que a luta é inútil, porque as pessoas não se dão conta que o isolamento
limita o seu lugar no mundo global que nos cerca irremediavelmente. Cada um a
seu modo, em perfeita sintonia de grupo, deve tomar consciência desta realidade
agir em conformidade contra o perigo do estado de apatia generalizada.
A apatia social pode ocorrer em qualquer época do ano,
mas com os continuados confinamentos, passamos mais tempo em casa, num
isolamento doentia e perigoso, porque a perda dos relacionamentos, das
conversas nos convívios, das piadas provocadoras de risos divertidos.